Um cisto no ovário pode estar relacionado a um câncer?
Entenda o que é e como é possível tratar esta pequena lesão, muito comum nas mulheres durante o ciclo menstrual
O cisto no ovário é uma preocupação que pode surgir para algumas mulheres ao relacioná-lo com tumores no ovário. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de 6.650 novos casos de câncer de ovário no Brasil em 2022, sendo o sétimo tipo de câncer mais comum no país entre elas.
Os ovários são órgãos responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos e pelo armazenamento dos óvulos. São duas glândulas localizadas na cavidade pélvica da mulher, com formato parecido ao de uma amêndoa.
A partir de exames periódicos, caso do ultrassom, algumas mulheres podem perceber o surgimento de um cisto no ovário, ou seja, uma alteração na formação dos óvulos que não apresenta sintomas, a depender de seu tamanho.
Cisto no ovário: o que é?
Primeiramente, é preciso entender o que são essas alterações. Antes da ovulação, os ovários trabalham continuamente para desenvolver óvulos, necessários para gerar uma vida. Neste período, a pessoa produz mensalmente o cisto folicular, formado pelos óvulos em desenvolvimento, que acumulam líquidos para ficarem maiores no período de ovulação.
Caso não haja concepção, ou seja, se o óvulo não for fecundado, esse cisto vira um corpo lúteo, que se desintegra do ovário cerca de 14 dias após a ovulação. Os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona caem e ocorre a menstruação.
Contudo, algumas vezes, esses cistos viram bolsas cheias de líquido que se formam dentro do ovário, o que pode causar desconforto se a formação for volumosa ou se estiver relacionada com sangramento ou torção do ovário, por exemplo.
A grande maioria desses casos não apresenta sintomas e surge durante a vida reprodutiva da mulher. Alguns cistos podem não ter relação com ovulação e estes podem crescer lentamente e não regredir.
Como os cistos são parte natural da fisiologia humana, não existe prevenção. Já a detecção é feita a partir de um diagnóstico clínico pós-ultrassom pélvico.
Cisto no ovário pode virar câncer?
Boa notícia: não. Cistos benignos não são lesões pré-câncer e só é recomendada a retirada caso traga desconforto para a paciente.
Além disso, contrariando os boatos, quem tem cisto no ovário não desenvolve tendência a ganhar peso.
Não há também correlação com a síndrome do ovário policístico (SOP) – quando não há ovulação e os ovários apresentam vários cistos pequenos.
Sobre o câncer de ovário
O câncer de ovário é silencioso, demora a apresentar sintomas e pode crescer bastante antes de ser detectado. Por isso, cerca de 75% dos casos têm o diagnóstico quando a doença já está avançada. Cerca de 10% dos casos têm um componente genético e podem estar relacionados com a síndrome familial de mama e ovário.
Clique aqui e saiba mais.
Sobre os tumores ginecológicos
Os tumores ginecológicos atingem, a cada ano, mais de 30 mil mulheres, de acordo com o INCA.
A alta incidência decorre da descoberta tardia, uma vez que os sintomas são ausentes ou inespecíficos na fase inicial do tumor.
No entanto, baseado no histórico da paciente, nos exames clínicos e na análise anatomopatológica, é possível antecipar o diagnóstico e obter um tratamento mais efetivo.
Fonte: Doutor Glauco Baiocchi Neto, líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo
Entenda o que é e como é possível tratar esta pequena lesão, muito comum nas mulheres durante o ciclo menstrual
O cisto no ovário é uma preocupação que pode surgir para algumas mulheres ao relacioná-lo com tumores no ovário. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de 6.650 novos casos de câncer de ovário no Brasil em 2022, sendo o sétimo tipo de câncer mais comum no país entre elas.
Os ovários são órgãos responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos e pelo armazenamento dos óvulos. São duas glândulas localizadas na cavidade pélvica da mulher, com formato parecido ao de uma amêndoa.
A partir de exames periódicos, caso do ultrassom, algumas mulheres podem perceber o surgimento de um cisto no ovário, ou seja, uma alteração na formação dos óvulos que não apresenta sintomas, a depender de seu tamanho.
Cisto no ovário: o que é?
Primeiramente, é preciso entender o que são essas alterações. Antes da ovulação, os ovários trabalham continuamente para desenvolver óvulos, necessários para gerar uma vida. Neste período, a pessoa produz mensalmente o cisto folicular, formado pelos óvulos em desenvolvimento, que acumulam líquidos para ficarem maiores no período de ovulação.
Caso não haja concepção, ou seja, se o óvulo não for fecundado, esse cisto vira um corpo lúteo, que se desintegra do ovário cerca de 14 dias após a ovulação. Os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona caem e ocorre a menstruação.
Contudo, algumas vezes, esses cistos viram bolsas cheias de líquido que se formam dentro do ovário, o que pode causar desconforto se a formação for volumosa ou se estiver relacionada com sangramento ou torção do ovário, por exemplo.
A grande maioria desses casos não apresenta sintomas e surge durante a vida reprodutiva da mulher. Alguns cistos podem não ter relação com ovulação e estes podem crescer lentamente e não regredir.
Como os cistos são parte natural da fisiologia humana, não existe prevenção. Já a detecção é feita a partir de um diagnóstico clínico pós-ultrassom pélvico.
Cisto no ovário pode virar câncer?
Boa notícia: não. Cistos benignos não são lesões pré-câncer e só é recomendada a retirada caso traga desconforto para a paciente.
Além disso, contrariando os boatos, quem tem cisto no ovário não desenvolve tendência a ganhar peso.
Não há também correlação com a síndrome do ovário policístico (SOP) – quando não há ovulação e os ovários apresentam vários cistos pequenos.
Sobre o câncer de ovário
O câncer de ovário é silencioso, demora a apresentar sintomas e pode crescer bastante antes de ser detectado. Por isso, cerca de 75% dos casos têm o diagnóstico quando a doença já está avançada. Cerca de 10% dos casos têm um componente genético e podem estar relacionados com a síndrome familial de mama e ovário.
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Sobre os tumores ginecológicos
Os tumores ginecológicos atingem, a cada ano, mais de 30 mil mulheres, de acordo com o INCA.
A alta incidência decorre da descoberta tardia, uma vez que os sintomas são ausentes ou inespecíficos na fase inicial do tumor.
No entanto, baseado no histórico da paciente, nos exames clínicos e na análise anatomopatológica, é possível antecipar o diagnóstico e obter um tratamento mais efetivo.
Fonte: Doutor Glauco Baiocchi Neto, líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo