Mamografia: saiba mais sobre os benefícios e mitos acerca do
A mamografia é um exame de imagem considerado padrão ouro na avaliação de doenças mamárias. No Dia Nacional da Mamografia (5/fev), o mastologista do Hospital Amaral Carvalho (HAC) João Ricardo Auler Paloschi fala sobre os mitos e a importância de associar o procedimento à consulta com especialista e com a realização de outros exames, além de manter hábitos para prevenir o câncer de mama.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima para este ano 66 mil novos casos novos desse, que é o tipo de câncer mais comum entre as brasileiras. De acordo com Paloschi, para alcançar melhores resultados no tratamento e aumentar as chances de cura, é imprescindível o diagnóstico em fase inicial.
O médico relata que muitas mulheres pensam que realizar a mamografia periodicamente é suficiente para evitar ou detectar o câncer. “E isso está errado! Toda avaliação de mama passa, obrigatoriamente, pela mamografia, mas é necessário considerar os resultados e o complemento com outros exames, como ultrassonografia, ressonância e, principalmente, a avaliação clínica de cada paciente”.
Para o profissional do HAC, o índice de falha do exame visto sozinho é considerável, portanto, somente com acompanhamento médico é possível afirmar se a mamografia será eficiente para indicar alguma alteração. “Muitas pacientes que chegam ao consultório com câncer de mama em estágios iniciais ou avançados, alegam até terem feito a mamografia anualmente, mas nunca procuraram atendimento médico prévio com um mastologista para avaliar o resultado. A maioria também nunca fez o autoexame nem reparou em alterações nas mamas até o surgimento de sintomas mais graves”.
Indicação
Paloschi exemplifica que assim como um simples teste de sangue deve partir de uma solicitação médica, o mesmo deve ocorrer com a mamografia. “Ela deve ser entendida dentro de um contexto, de acordo com a indicação para cada caso, então o médico saberá o momento certo de pedir o exame e como interpretar o resultado”, ressalta.
A Sociedade Brasileira de Mastologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia recomendam a realização da mamografia anualmente para mulheres a partir de 40 anos até enquanto houver perspectiva de vida. Pacientes com histórico da doença na família ou com queixas, como o surgimento de nódulos e outros sintomas, devem procurar atendimento e podem realizar o exame antes.
Mamografia e prevenção
Não é necessário esperar completar 40 anos para se cuidar. A prevenção deve ser um hábito a qualquer idade. “Quanto antes, melhor. Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, evitar a obesidade e ficar atenta às alterações no corpo são medidas simples e que devem ser rotina diária”, destaca Paloschi.
A prevenção com a mamografia pode se iniciar a partir de uma consulta aos 40 anos, mas isso é apenas parte da dela. “Não é a prevenção toda. E numa consulta mastológica em idades bem menores, pôde-se já instituir a prevenção primária que não depende de exames específicos somente, mas principalmente de orientações, dicas, exame físico, etc. Além disso, o câncer de mama pode ocorrer antes dos 40 anos em até 20% dos casos. Daí a importância das consultas precoces e não só da mamografia depois dos 40 anos”.
O médico também alerta sobre os mitos, que fazem com que muitas mulheres que precisam da mamografia, não façam. “Há quem diga que mamografia dá câncer. Fazer o exame uma vez por ano não vai desencadear a doença em ninguém. É uma radiografia feita em um equipamento moderno, com radiação extremamente baixa e que não oferece riscos”, explica.
Também é comum que as mulheres evitem a realização do exame por acharem que dói muito. O mastologista comenta que, para que a imagem fique melhor, a mama é comprimida durante a mamografia. “Umas pessoas são mais sensíveis, mas o benefício do exame compensa o desconforto por alguns minutos”, lembra.
Autor: Ariane Urbanetto
A mamografia é um exame de imagem considerado padrão ouro na avaliação de doenças mamárias. No Dia Nacional da Mamografia (5/fev), o mastologista do Hospital Amaral Carvalho (HAC) João Ricardo Auler Paloschi fala sobre os mitos e a importância de associar o procedimento à consulta com especialista e com a realização de outros exames, além de manter hábitos para prevenir o câncer de mama.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima para este ano 66 mil novos casos novos desse, que é o tipo de câncer mais comum entre as brasileiras. De acordo com Paloschi, para alcançar melhores resultados no tratamento e aumentar as chances de cura, é imprescindível o diagnóstico em fase inicial.
O médico relata que muitas mulheres pensam que realizar a mamografia periodicamente é suficiente para evitar ou detectar o câncer. “E isso está errado! Toda avaliação de mama passa, obrigatoriamente, pela mamografia, mas é necessário considerar os resultados e o complemento com outros exames, como ultrassonografia, ressonância e, principalmente, a avaliação clínica de cada paciente”.
Para o profissional do HAC, o índice de falha do exame visto sozinho é considerável, portanto, somente com acompanhamento médico é possível afirmar se a mamografia será eficiente para indicar alguma alteração. “Muitas pacientes que chegam ao consultório com câncer de mama em estágios iniciais ou avançados, alegam até terem feito a mamografia anualmente, mas nunca procuraram atendimento médico prévio com um mastologista para avaliar o resultado. A maioria também nunca fez o autoexame nem reparou em alterações nas mamas até o surgimento de sintomas mais graves”.
Indicação
Paloschi exemplifica que assim como um simples teste de sangue deve partir de uma solicitação médica, o mesmo deve ocorrer com a mamografia. “Ela deve ser entendida dentro de um contexto, de acordo com a indicação para cada caso, então o médico saberá o momento certo de pedir o exame e como interpretar o resultado”, ressalta.
A Sociedade Brasileira de Mastologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia recomendam a realização da mamografia anualmente para mulheres a partir de 40 anos até enquanto houver perspectiva de vida. Pacientes com histórico da doença na família ou com queixas, como o surgimento de nódulos e outros sintomas, devem procurar atendimento e podem realizar o exame antes.
Mamografia e prevenção
Não é necessário esperar completar 40 anos para se cuidar. A prevenção deve ser um hábito a qualquer idade. “Quanto antes, melhor. Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, evitar a obesidade e ficar atenta às alterações no corpo são medidas simples e que devem ser rotina diária”, destaca Paloschi.
A prevenção com a mamografia pode se iniciar a partir de uma consulta aos 40 anos, mas isso é apenas parte da dela. “Não é a prevenção toda. E numa consulta mastológica em idades bem menores, pôde-se já instituir a prevenção primária que não depende de exames específicos somente, mas principalmente de orientações, dicas, exame físico, etc. Além disso, o câncer de mama pode ocorrer antes dos 40 anos em até 20% dos casos. Daí a importância das consultas precoces e não só da mamografia depois dos 40 anos”.
O médico também alerta sobre os mitos, que fazem com que muitas mulheres que precisam da mamografia, não façam. “Há quem diga que mamografia dá câncer. Fazer o exame uma vez por ano não vai desencadear a doença em ninguém. É uma radiografia feita em um equipamento moderno, com radiação extremamente baixa e que não oferece riscos”, explica.
Também é comum que as mulheres evitem a realização do exame por acharem que dói muito. O mastologista comenta que, para que a imagem fique melhor, a mama é comprimida durante a mamografia. “Umas pessoas são mais sensíveis, mas o benefício do exame compensa o desconforto por alguns minutos”, lembra.
Autor: Ariane Urbanetto