Com foco em plaquetas, HAJ lança Junho Vermelho
Este ano o Junho Vermelho, mês de conscientização para a doação de sangue, do Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ) vai ser diferente. Diante da drástica redução no número de doadores de plaquetas, a instituição, que devido a alta demanda transfusional possui seu próprio Banco de Sangue, vai focar esforços na conscientização sobre a importância deste tipo de procedimento: que nada mais é do que uma coleta parcial, na qual somente as plaquetas são retiradas.
O tipo de doação ganhou espaço na mídia devido a escalada dos casos de dengue em Goiás – região que tem se destacado nacionalmente pelo quadro crítico da doença. Segundo boletim epidemiológico do Ministério da Sáude (MS), a cada 100 mil moradores de Goiás, 1,3 mil têm ou tiveram dengue este ano.
Na prática, o que muda para o doador é o tempo que ele fica no Banco de Sangue, já que é preciso separar apenas as plaquetas, o que pode levar, em média, 1h30. Do lado do paciente, no entanto, as vantagens são inúmeras – lista que é encabeçada pelo fato de que o procedimento retira de uma única vez a quantidade de plaquetas existentes em oito bolsas de sangue provenientes da doação tradicional, otimizando, e muito, um processo que pode demorar até dois dias.
Por isso, doadores de plaquetas são tão esperados nos Bancos de Sangue, o que não diminui a necessidade das doações tradicionais. No Araújo Jorge, por exemplo, a unidade de captação de sangue já trabalha com estoques quase 30% abaixo do nível de segurança – uma das estatísticas mais graves dos últimos anos.
Luta contra o tempo
No caso dos hospitais oncológicos, como o HAJ, a agilidade vale ouro, visto que a grande maioria das unidades do tipo ainda não conseguiram se recuperar da queda no fluxo de doadores/semana registrada desde o início da pandemia de Covid-19. O fato, combinado com a impossibilidade do adiamento de cirurgias, característica comum nas unidades ontológicas, onde os pacientes lutam contra o tempo, fez com que a instituição chegasse a cogitar, no final do ano passado, o fechamento temporário do Centro Cirúrgico, o que não aconteceu devido a solidariedade da população.
É que sem vínculo com o Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz (Hemogo), o Banco de Sangue do Araújo Jorge acabou registrando, no pico da pandemia, uma redução de 71% no estoque de bolsas de sangue. Na ocasião, a situação ficou ainda mais delicada diante do aumento do número de cirurgias, um reflexo direto da ausência dos pacientes por medo da Covid-19, e o consequente atraso no início do tratamento. O resultado foi o recebimento de pessoas com cânceres em estágios mais avançados, o que obrigou o HAJ a tratar grande parte dos casos no Centro Cirúrgico.
Vale lembrar que a criticidade no nível dos estoques é particularmente preocupante já que, ao contrário dos Banco de Sangue tradicionais, o do HAJ não trabalha com os chamados período sazonais. “Precisamos de sangue durante o ano inteiro porque durante 365 dias lutamos contra o câncer. Das 160 pessoas atualmente internadas na unidade, estima-se que 45 façam uso diário do sangue armazenado aqui”, explica a hematologista e chefe do Banco de Sangue do HAJ, Carolina Iracema.
Segurança em primeiro lugar
A médica faz questão de destacar que os postos de coleta estão seguindo todas as orientações sanitárias para garantir a segurança do doador. No Banco de Sangue do HAJ, por exemplo, as doações estão sendo feitas com uma distância segura entre os doadores e depois de uma triagem ainda mais criterioso.
“Durante a entrevista que antecede a doação de sangue, avaliamos o estado de saúde do doador, visando à proteção de sua saúde e da saúde do receptor. Desde os primeiros casos de Covid-19, estamos investigando também qualquer mínimo sintoma relacionado ao novo coronavírus”, adianta.
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O Banco de Sangue funciona de segunda à sexta, das 7 às 17 horas, na Rua 239, nº 181, Setor Leste Universitário. Informações pelo telefone (62) 3243-7031.
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Para doar PLAQUETAS, é preciso:
- Já ter doado sangue anteriormente
- Estar em boas condições de saúde
- Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos só doam mediante apresentação de formulário de autorização)
- Pesar, no mínimo, 60kg
- Estar descansado (ter dormido pelo menos 8 horas nas últimas 24 horas)
- Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação)
Fonte: ACCG
Este ano o Junho Vermelho, mês de conscientização para a doação de sangue, do Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ) vai ser diferente. Diante da drástica redução no número de doadores de plaquetas, a instituição, que devido a alta demanda transfusional possui seu próprio Banco de Sangue, vai focar esforços na conscientização sobre a importância deste tipo de procedimento: que nada mais é do que uma coleta parcial, na qual somente as plaquetas são retiradas.
O tipo de doação ganhou espaço na mídia devido a escalada dos casos de dengue em Goiás – região que tem se destacado nacionalmente pelo quadro crítico da doença. Segundo boletim epidemiológico do Ministério da Sáude (MS), a cada 100 mil moradores de Goiás, 1,3 mil têm ou tiveram dengue este ano.
Na prática, o que muda para o doador é o tempo que ele fica no Banco de Sangue, já que é preciso separar apenas as plaquetas, o que pode levar, em média, 1h30. Do lado do paciente, no entanto, as vantagens são inúmeras – lista que é encabeçada pelo fato de que o procedimento retira de uma única vez a quantidade de plaquetas existentes em oito bolsas de sangue provenientes da doação tradicional, otimizando, e muito, um processo que pode demorar até dois dias.
Por isso, doadores de plaquetas são tão esperados nos Bancos de Sangue, o que não diminui a necessidade das doações tradicionais. No Araújo Jorge, por exemplo, a unidade de captação de sangue já trabalha com estoques quase 30% abaixo do nível de segurança – uma das estatísticas mais graves dos últimos anos.
Luta contra o tempo
No caso dos hospitais oncológicos, como o HAJ, a agilidade vale ouro, visto que a grande maioria das unidades do tipo ainda não conseguiram se recuperar da queda no fluxo de doadores/semana registrada desde o início da pandemia de Covid-19. O fato, combinado com a impossibilidade do adiamento de cirurgias, característica comum nas unidades ontológicas, onde os pacientes lutam contra o tempo, fez com que a instituição chegasse a cogitar, no final do ano passado, o fechamento temporário do Centro Cirúrgico, o que não aconteceu devido a solidariedade da população.
É que sem vínculo com o Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz (Hemogo), o Banco de Sangue do Araújo Jorge acabou registrando, no pico da pandemia, uma redução de 71% no estoque de bolsas de sangue. Na ocasião, a situação ficou ainda mais delicada diante do aumento do número de cirurgias, um reflexo direto da ausência dos pacientes por medo da Covid-19, e o consequente atraso no início do tratamento. O resultado foi o recebimento de pessoas com cânceres em estágios mais avançados, o que obrigou o HAJ a tratar grande parte dos casos no Centro Cirúrgico.
Vale lembrar que a criticidade no nível dos estoques é particularmente preocupante já que, ao contrário dos Banco de Sangue tradicionais, o do HAJ não trabalha com os chamados período sazonais. “Precisamos de sangue durante o ano inteiro porque durante 365 dias lutamos contra o câncer. Das 160 pessoas atualmente internadas na unidade, estima-se que 45 façam uso diário do sangue armazenado aqui”, explica a hematologista e chefe do Banco de Sangue do HAJ, Carolina Iracema.
Segurança em primeiro lugar
A médica faz questão de destacar que os postos de coleta estão seguindo todas as orientações sanitárias para garantir a segurança do doador. No Banco de Sangue do HAJ, por exemplo, as doações estão sendo feitas com uma distância segura entre os doadores e depois de uma triagem ainda mais criterioso.
“Durante a entrevista que antecede a doação de sangue, avaliamos o estado de saúde do doador, visando à proteção de sua saúde e da saúde do receptor. Desde os primeiros casos de Covid-19, estamos investigando também qualquer mínimo sintoma relacionado ao novo coronavírus”, adianta.
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O Banco de Sangue funciona de segunda à sexta, das 7 às 17 horas, na Rua 239, nº 181, Setor Leste Universitário. Informações pelo telefone (62) 3243-7031.
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Para doar PLAQUETAS, é preciso:
- Já ter doado sangue anteriormente
- Estar em boas condições de saúde
- Ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos só doam mediante apresentação de formulário de autorização)
- Pesar, no mínimo, 60kg
- Estar descansado (ter dormido pelo menos 8 horas nas últimas 24 horas)
- Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação)
Fonte: ACCG