Medicina nuclear e radioterapia: tendências e novidades para câncer de rim

Medicina nuclear e radioterapia: tendências e novidades para câncer de rim

Radioterapia in loco para câncer renal

Antigamente, acreditava-se que o câncer renal era mais resistente, então muitos dos trabalhos e pesquisas que existiam não conseguiam mostrar os benefícios da radioterapia no câncer renal. Mas, uma novidade chegou para mudar esta realidade.

Existe uma tecnologia chamada SBRT (stereotactic body radiotherapy), onde a aplicação da radioterapia é localizada, sendo assim possível aumentar as doses de radiação e, ao mesmo tempo, reduzir as chances de comprometer os órgãos e tecidos que estão ao redor. Daí então viu-se a oportunidade de testar o mesmo tratamento em casos renais.

“Com esta dose mais alta de radioterapia e a preservação aos tecidos próximos temos mais chances de ultrapassar a resistência que as células do câncer renal apresentam, por isso começamos a avaliar a possibilidade de utilizar essa técnica em câncer de rim.”. explica o Dr. Henderson Ramos, radioterapeuta membro do nosso Centro de Referência em Tumores Urológicos.

No final do ano passado, o principal trabalho feito até agora, foi de um grupo de pesquisadores australianos, com resultados publicados na ASTRO (Congresso Americano de Radioterapia), que mostra um controle muito positivo da radioterapia sem causar um dano muito grande no rim. Em muitas situações, ainda não é possível substituir a cirurgia, mas em casos iniciais onde o tumor não é maior do que 10 cm e de pacientes com rim único, por exemplo, há grandes possibilidade de seguir com o tratamento que evita a cirurgia.

E este é um tratamento já disponível nas nossas unidades!    

Medicina nucelar: PET-CT + PSMA para casos de câncer de rim

A medicina nuclear é uma especialidade médica com papel bem estabelecido na oncologia, tanto para tratamento, quanto para diagnóstico de algumas doenças. A combinação dessas duas abordagens é conhecida como teranóstica, um conceito formal que junta terapia e diagnóstico em um único procedimento. 

Isso permite a realização simultânea de exames de imagem e a aplicação de tratamentos específicos, aumentando a precisão e eficácia terapêutica. Conforme explica o Dr. André Ribeiro, especialista em medicina nuclear do nosso Centro de Referência em Tumores Urológicos, “vemos o que tratamos e tratamos o que vemos”.

Dentro desta especialidade, o exame de PET-CT é um dos métodos diagnósticos utilizados para rastrear o câncer de rim. No entanto, o diagnóstico dessa doença enfrenta um desafio significativo: a biópsia. “Realizar uma biópsia de rim pode não ser a melhor opção, pois pode ser mais complicada do que a própria cirurgia. Assim, a maioria dos casos de nódulos detectados, mesmo em exames de rotina, acabam sendo direcionados para a nefrectomia, ou seja, cirurgia”, explica o Dr. André.

Em resposta a esse desafio, o Dr. André está desenvolvendo um trabalho de doutorado no A.C.Camargo, baseado em pesquisas internacionais sobre uma prática utilizada no rastreio de câncer de próstata, agora aplicada a casos de câncer de rim: o PET-CT com PSMA. 

Essa combinação tem como um dos objetivos secundários tentar diferenciar tumores malignos de benignos, com a intenção de evitar que pacientes sejam submetidos a cirurgias desnecessárias.

Com avanços como esses em medicina nuclear e radioterapia, estamos cada vez mais próximos de focar no que é melhor para o paciente e sua qualidade de vida, além de simplesmente tratar o tumor em si.

 

Fonte: A.C Camargo

Radioterapia in loco para câncer renal

Antigamente, acreditava-se que o câncer renal era mais resistente, então muitos dos trabalhos e pesquisas que existiam não conseguiam mostrar os benefícios da radioterapia no câncer renal. Mas, uma novidade chegou para mudar esta realidade.

Existe uma tecnologia chamada SBRT (stereotactic body radiotherapy), onde a aplicação da radioterapia é localizada, sendo assim possível aumentar as doses de radiação e, ao mesmo tempo, reduzir as chances de comprometer os órgãos e tecidos que estão ao redor. Daí então viu-se a oportunidade de testar o mesmo tratamento em casos renais.

“Com esta dose mais alta de radioterapia e a preservação aos tecidos próximos temos mais chances de ultrapassar a resistência que as células do câncer renal apresentam, por isso começamos a avaliar a possibilidade de utilizar essa técnica em câncer de rim.”. explica o Dr. Henderson Ramos, radioterapeuta membro do nosso Centro de Referência em Tumores Urológicos.

No final do ano passado, o principal trabalho feito até agora, foi de um grupo de pesquisadores australianos, com resultados publicados na ASTRO (Congresso Americano de Radioterapia), que mostra um controle muito positivo da radioterapia sem causar um dano muito grande no rim. Em muitas situações, ainda não é possível substituir a cirurgia, mas em casos iniciais onde o tumor não é maior do que 10 cm e de pacientes com rim único, por exemplo, há grandes possibilidade de seguir com o tratamento que evita a cirurgia.

E este é um tratamento já disponível nas nossas unidades!    

Medicina nucelar: PET-CT + PSMA para casos de câncer de rim

A medicina nuclear é uma especialidade médica com papel bem estabelecido na oncologia, tanto para tratamento, quanto para diagnóstico de algumas doenças. A combinação dessas duas abordagens é conhecida como teranóstica, um conceito formal que junta terapia e diagnóstico em um único procedimento. 

Isso permite a realização simultânea de exames de imagem e a aplicação de tratamentos específicos, aumentando a precisão e eficácia terapêutica. Conforme explica o Dr. André Ribeiro, especialista em medicina nuclear do nosso Centro de Referência em Tumores Urológicos, “vemos o que tratamos e tratamos o que vemos”.

Dentro desta especialidade, o exame de PET-CT é um dos métodos diagnósticos utilizados para rastrear o câncer de rim. No entanto, o diagnóstico dessa doença enfrenta um desafio significativo: a biópsia. “Realizar uma biópsia de rim pode não ser a melhor opção, pois pode ser mais complicada do que a própria cirurgia. Assim, a maioria dos casos de nódulos detectados, mesmo em exames de rotina, acabam sendo direcionados para a nefrectomia, ou seja, cirurgia”, explica o Dr. André.

Em resposta a esse desafio, o Dr. André está desenvolvendo um trabalho de doutorado no A.C.Camargo, baseado em pesquisas internacionais sobre uma prática utilizada no rastreio de câncer de próstata, agora aplicada a casos de câncer de rim: o PET-CT com PSMA. 

Essa combinação tem como um dos objetivos secundários tentar diferenciar tumores malignos de benignos, com a intenção de evitar que pacientes sejam submetidos a cirurgias desnecessárias.

Com avanços como esses em medicina nuclear e radioterapia, estamos cada vez mais próximos de focar no que é melhor para o paciente e sua qualidade de vida, além de simplesmente tratar o tumor em si.

 

Fonte: A.C Camargo