Setembro em Flor: o câncer de colo de útero e a diferença da acessibilidade a screening ou rastreamento
Nesta edição da coluna “Fala, doutor”, a Dra. Andrea Gadelha conta um pouco mais sobre o câncer de colo de útero e a acessibilidade ao seu rastreamento
Este ano, a campanha “Setembro em Flor” de conscientização do câncer ginecológico vem trazendo a temática de “Diversidade, inclusão e a busca por equidade de assistência a pacientes com câncer ginecológico” através de diferentes tipos de conteúdo e discussões.
Por isso, hoje quero trazer até vocês um pouco das barreiras do câncer ginecológico, especificamente quando se trata do seu rastreamento (screening) de tumores no colo do útero para uma descoberta precoce e melhor eficácia do tratamento.
Quando falamos em tumores ginecológicos, o câncer de colo de útero é um dos mais incidentes entre as mulheres e com sinais e sintomas mais tímidos. Por isso, merece uma atenção constante.
1º Câncer de Mama
2º Câncer Colorretal
3º Câncer de colo de útero
- Cerca de 17.010 novos casos no triênio (2023-2025)
- São quase 15,38 novos casos a cada 100 mil mulheres
- Aproximadamente 6.627 mortes por ano
Fonte: INCA – Instituto Nacional do Câncer
Apesar de ser um problema de saúde pública mundial, este é um tumor passível de prevenção, diagnóstico precoce e cura, através de medidas como vacinação contra HPV, prevenção de rotina e tratamento precoce de lesões precursoras do câncer. Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma estratégia global para acelerar a eliminação do câncer de colo útero no mundo, incluindo as seguintes metas (que devem ser alcançadas até 2030):
> 90% das meninas totalmente vacinadas contra HPV aos 15 anos
> 70% das mulheres submetidas a um teste de rastreamento de alta performance aos 35 e aos 45 anos
> 90% das mulheres identificadas com lesões precursoras e câncer recebendo tratamento
Screening ou rastreamento do câncer de colo de útero no Brasil
Atualmente, o método de rotina de rastreamento de câncer de colo de útero na rede pública de saúde é o Papanicolaou ou citologia cervico-vaginal, que é realizado anualmente – ou a cada 3 anos, após 2 exames anuais seguidos com resultado normal – em mulheres de 25 a 64 anos, após o início da atividade sexual e tem o objetivo de detectar lesões pré-cancerígenas causados pelo HPV.
A boa notícia, é que, recentemente, as sociedades médicas nacionais e internacionais têm sugerido a análise molecular do DNA do vírus do HPV como rastreio isolado ou combinado à citologia-cervico vaginal. Tudo isso pensando em identificar o vírus, seu tipo e risco. Vale dizer também que este teste tem uma sensibilidade superior ao que é praticado hoje, principalmente para pacientes a partir dos 30 anos.
Ele ainda promete aumentar o intervalo do rastreio para cada a 3 ou 5 anos, identificar pacientes com maior risco de câncer e proporcionar um monitoramento mais rigoroso.
Infelizmente, ainda não temos este teste disponível na rede pública de saúde do país, somente na suplementar. Fato que reforça ainda mais a importância de falarmos do assunto e da possibilidade de contribuirmos na inclusão deste no rastreamento o quanto antes.
Escrito por Dra. Andréa Paiva Gadêlha Guimarães.
Fonte: A.C Camargo
Nesta edição da coluna “Fala, doutor”, a Dra. Andrea Gadelha conta um pouco mais sobre o câncer de colo de útero e a acessibilidade ao seu rastreamento
Este ano, a campanha “Setembro em Flor” de conscientização do câncer ginecológico vem trazendo a temática de “Diversidade, inclusão e a busca por equidade de assistência a pacientes com câncer ginecológico” através de diferentes tipos de conteúdo e discussões.
Por isso, hoje quero trazer até vocês um pouco das barreiras do câncer ginecológico, especificamente quando se trata do seu rastreamento (screening) de tumores no colo do útero para uma descoberta precoce e melhor eficácia do tratamento.
Quando falamos em tumores ginecológicos, o câncer de colo de útero é um dos mais incidentes entre as mulheres e com sinais e sintomas mais tímidos. Por isso, merece uma atenção constante.
1º Câncer de Mama
2º Câncer Colorretal
3º Câncer de colo de útero
- Cerca de 17.010 novos casos no triênio (2023-2025)
- São quase 15,38 novos casos a cada 100 mil mulheres
- Aproximadamente 6.627 mortes por ano
Fonte: INCA – Instituto Nacional do Câncer
Apesar de ser um problema de saúde pública mundial, este é um tumor passível de prevenção, diagnóstico precoce e cura, através de medidas como vacinação contra HPV, prevenção de rotina e tratamento precoce de lesões precursoras do câncer. Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma estratégia global para acelerar a eliminação do câncer de colo útero no mundo, incluindo as seguintes metas (que devem ser alcançadas até 2030):
> 90% das meninas totalmente vacinadas contra HPV aos 15 anos
> 70% das mulheres submetidas a um teste de rastreamento de alta performance aos 35 e aos 45 anos
> 90% das mulheres identificadas com lesões precursoras e câncer recebendo tratamento
Screening ou rastreamento do câncer de colo de útero no Brasil
Atualmente, o método de rotina de rastreamento de câncer de colo de útero na rede pública de saúde é o Papanicolaou ou citologia cervico-vaginal, que é realizado anualmente – ou a cada 3 anos, após 2 exames anuais seguidos com resultado normal – em mulheres de 25 a 64 anos, após o início da atividade sexual e tem o objetivo de detectar lesões pré-cancerígenas causados pelo HPV.
A boa notícia, é que, recentemente, as sociedades médicas nacionais e internacionais têm sugerido a análise molecular do DNA do vírus do HPV como rastreio isolado ou combinado à citologia-cervico vaginal. Tudo isso pensando em identificar o vírus, seu tipo e risco. Vale dizer também que este teste tem uma sensibilidade superior ao que é praticado hoje, principalmente para pacientes a partir dos 30 anos.
Ele ainda promete aumentar o intervalo do rastreio para cada a 3 ou 5 anos, identificar pacientes com maior risco de câncer e proporcionar um monitoramento mais rigoroso.
Infelizmente, ainda não temos este teste disponível na rede pública de saúde do país, somente na suplementar. Fato que reforça ainda mais a importância de falarmos do assunto e da possibilidade de contribuirmos na inclusão deste no rastreamento o quanto antes.
Escrito por Dra. Andréa Paiva Gadêlha Guimarães.
Fonte: A.C Camargo