Novos testes moleculares promovem evolução no tratamento do câncer de endométrio
Um avanço para toda a classe, tanto na classificação dos tumores, quanto em medicamentos e tratamentos
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de corpo do útero ou câncer de endométrio é o 7º mais incidente entre as mulheres e tem como estimativa 7.840 novos casos para cada ano deste triênio (2023-2025). O principal sintoma da doença é o sangramento vaginal após a menopausa (+60 anos, sendo incomum em mulheres com menos de 45 anos), o que leva milhares de mulheres a procurar auxílio médico.
O principal tratamento para o câncer de endométrio é o cirúrgico e entre as terapias complementares após a cirurgia, entra a quimioterapia e/ou radioterapia. A maioria dos diagnósticos é feito em estágio inicial e tem altos índices de cura, refletida em excelentes taxas de sobrevida. Por outro lado, há uma parcela significativa que apresenta características adversas, incluindo um cenário biologicamente mais agressivo.
Por isso, identificar o câncer de endométrio o quanto antes é importante para garantir que as mulheres recebam os cuidados adequados baseados em evidências e evitem o retorno da doença.
Os parâmetros atuais para descobrir informações como o estadiamento, grau da doença, nível de agressividade, entre outras, infelizmente, ainda leva a uma estimativa imprecisa sobre o risco de recorrência e morte. Para ajudar a evoluir este cenário, recentemente, o TCJA (The Cancer Genome Atlas) propôs, via testes moleculares, um esforço para caracterizar grupos de cânceres de endométrio com alterações genéticas e prognósticos distintos.
“Hoje, a classificação molecular é considerada uma ferramenta valiosa para selecionar pacientes que precisarão de mais intervenções de tratamento, devido ao maior risco de recorrência, como no p-53 aberrante. Por outro lado, grupos de melhor prognóstico, como o POLE ultramultado, podem não precisar de quimioterapia em estágios iniciais. As pacientes MSI-H também representam o subgrupo de maior benefício da imunoterapia na doença metastática”, explica Dr. Ronaldo Pereira Souza.
Além disso, novos medicamentos estão sendo testados em estudos clínicos, de acordo com essa classificação molecular. Também é importante mencionar que algumas pacientes deverão passar por avaliação genética para rastreio de síndrome Lynch, uma doença hereditária que predispõe risco de cânceres como colorretal e endométrio, caracterizando assim mais um avançando na medicina de precisão neste tipo de câncer.
Fonte: A.C Camargo
Um avanço para toda a classe, tanto na classificação dos tumores, quanto em medicamentos e tratamentos
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de corpo do útero ou câncer de endométrio é o 7º mais incidente entre as mulheres e tem como estimativa 7.840 novos casos para cada ano deste triênio (2023-2025). O principal sintoma da doença é o sangramento vaginal após a menopausa (+60 anos, sendo incomum em mulheres com menos de 45 anos), o que leva milhares de mulheres a procurar auxílio médico.
O principal tratamento para o câncer de endométrio é o cirúrgico e entre as terapias complementares após a cirurgia, entra a quimioterapia e/ou radioterapia. A maioria dos diagnósticos é feito em estágio inicial e tem altos índices de cura, refletida em excelentes taxas de sobrevida. Por outro lado, há uma parcela significativa que apresenta características adversas, incluindo um cenário biologicamente mais agressivo.
Por isso, identificar o câncer de endométrio o quanto antes é importante para garantir que as mulheres recebam os cuidados adequados baseados em evidências e evitem o retorno da doença.
Os parâmetros atuais para descobrir informações como o estadiamento, grau da doença, nível de agressividade, entre outras, infelizmente, ainda leva a uma estimativa imprecisa sobre o risco de recorrência e morte. Para ajudar a evoluir este cenário, recentemente, o TCJA (The Cancer Genome Atlas) propôs, via testes moleculares, um esforço para caracterizar grupos de cânceres de endométrio com alterações genéticas e prognósticos distintos.
“Hoje, a classificação molecular é considerada uma ferramenta valiosa para selecionar pacientes que precisarão de mais intervenções de tratamento, devido ao maior risco de recorrência, como no p-53 aberrante. Por outro lado, grupos de melhor prognóstico, como o POLE ultramultado, podem não precisar de quimioterapia em estágios iniciais. As pacientes MSI-H também representam o subgrupo de maior benefício da imunoterapia na doença metastática”, explica Dr. Ronaldo Pereira Souza.
Além disso, novos medicamentos estão sendo testados em estudos clínicos, de acordo com essa classificação molecular. Também é importante mencionar que algumas pacientes deverão passar por avaliação genética para rastreio de síndrome Lynch, uma doença hereditária que predispõe risco de cânceres como colorretal e endométrio, caracterizando assim mais um avançando na medicina de precisão neste tipo de câncer.
Fonte: A.C Camargo