VOCÊ SABE TUDO SOBRE CÂNCER DE PELE?
O câncer de pele não melanoma é o câncer mais incidente em nosso país, representando 30% dos tumores malignos registrados. A estimativa* para o biênio 2018-2019 é de mais de 165 mil novos casos. A boa notícia é que, se diagnosticado precocemente, o paciente tem maior possibilidade de ser curado. Mais raro, representando apenas 3% dos casos, o tipo melanoma é mais agressivo, com mais chances de metástase.
Com a chegada do verão, tão importante quanto adotar cuidados especiais com a pele é conhecer melhor esse tipo de câncer. Convidamos Frederico Muller, Oncologista Clínico da Fundação do Câncer, para esclarecer mitos e verdades sobre a doença. Confira!
O câncer de pele surge somente nas partes mais expostas ao sol.
Errado. O tipo não melanoma pode se desenvolver em qualquer região do corpo. Pode haver lesões nas palmas das mãos e na sola dos pés, nas mucosas e até mesmo nos olhos – embora esses casos sejam mais raros.
A doença tem caráter hereditário.
Certo. Pessoas que possuem histórico de câncer de pele na família têm mais chances de desenvolver a doença.
Pessoas de pele negra têm menos chances de desenvolver o câncer de pele.
Certo. Mas isso não é motivo para não se cuidarem. A maior quantidade de melanina na pele pode, inclusive, dificultar a percepção ou o diagnóstico de uma nova lesão, portanto é necessário estar sempre atento aos sinais do corpo e seguir todas as recomendações de prevenção.
Crianças podem ter câncer de pele.
Certo, mas os casos são raros. Mais comum em pessoas com mais de 40 anos, o câncer de pele não melanoma é raro em crianças e pessoas de pele negra – com exceção daquelas que já têm doenças cutâneas. No entanto, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes com diagnóstico da doença vem diminuindo.
Uma única aplicação de protetor solar é suficiente para proteger a pele ao longo do dia.
Errado. O protetor solar deve ser reaplicado a cada duas horas, ou menos, se a pessoa estiver em contato com a água ou suando muito. Há diversos tipos de protetores solares, inclusive específicos para peles oleosas. A recomendação é consultar um dermatologista para obter a indicação do produto mais adequado para o tipo de pele. É importante que os filtros tenham fator de proteção a partir de 30 e protejam dos raios UVA e UVB.
Pessoas de pele e olhos claros têm uma tendência maior a desenvolverem a doença.
Certo. Além delas, pessoas sensíveis à ação dos raios solares, com histórico pessoal ou familiar desse tipo de câncer ou com doenças cutâneas prévias são as mais propícias a desenvolverem a doença.
O fator de proteção varia de acordo com o local.
Certo. A proteção solar é necessária até para quem está em locais fechados, já que a iluminação de lâmpadas e aparelhos como televisores e computadores também afeta a pele. Ao ar livre, a recomendação é não se expor ao sol entre 10 e 16 horas, quando a incidência de raios UVA E UVB é maior. O filtro solar deve ser usado sempre, na pele e nos lábios, e o ideal é complementar com proteção física, como chapéus de abas largas e roupas adequadas. Na praia ou na piscina, o melhor é usar barracas de algodão ou lona, já que as de nylon deixam passar mais de 95% dos raios UV. Óculos escuros também são fundamentais pois, apesar de serem menos comuns, as lesões podem acometer os olhos.
A remoção cirúrgica da lesão é o principal tratamento para o câncer de pele.
Certo. Nos casos de câncer de pele em que não há metástase, a cirurgia para remover a lesão costuma ser eficaz. Já nos pacientes diagnosticados com melanoma, a chance de metástase é maior. Nesse caso, é necessário fazer uma avaliação médica do paciente para definir a forma de tratamento mais indicada, conforme o estágio da doença.
*Fonte: Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O câncer de pele não melanoma é o câncer mais incidente em nosso país, representando 30% dos tumores malignos registrados. A estimativa* para o biênio 2018-2019 é de mais de 165 mil novos casos. A boa notícia é que, se diagnosticado precocemente, o paciente tem maior possibilidade de ser curado. Mais raro, representando apenas 3% dos casos, o tipo melanoma é mais agressivo, com mais chances de metástase.
Com a chegada do verão, tão importante quanto adotar cuidados especiais com a pele é conhecer melhor esse tipo de câncer. Convidamos Frederico Muller, Oncologista Clínico da Fundação do Câncer, para esclarecer mitos e verdades sobre a doença. Confira!
O câncer de pele surge somente nas partes mais expostas ao sol.
Errado. O tipo não melanoma pode se desenvolver em qualquer região do corpo. Pode haver lesões nas palmas das mãos e na sola dos pés, nas mucosas e até mesmo nos olhos – embora esses casos sejam mais raros.
A doença tem caráter hereditário.
Certo. Pessoas que possuem histórico de câncer de pele na família têm mais chances de desenvolver a doença.
Pessoas de pele negra têm menos chances de desenvolver o câncer de pele.
Certo. Mas isso não é motivo para não se cuidarem. A maior quantidade de melanina na pele pode, inclusive, dificultar a percepção ou o diagnóstico de uma nova lesão, portanto é necessário estar sempre atento aos sinais do corpo e seguir todas as recomendações de prevenção.
Crianças podem ter câncer de pele.
Certo, mas os casos são raros. Mais comum em pessoas com mais de 40 anos, o câncer de pele não melanoma é raro em crianças e pessoas de pele negra – com exceção daquelas que já têm doenças cutâneas. No entanto, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes com diagnóstico da doença vem diminuindo.
Uma única aplicação de protetor solar é suficiente para proteger a pele ao longo do dia.
Errado. O protetor solar deve ser reaplicado a cada duas horas, ou menos, se a pessoa estiver em contato com a água ou suando muito. Há diversos tipos de protetores solares, inclusive específicos para peles oleosas. A recomendação é consultar um dermatologista para obter a indicação do produto mais adequado para o tipo de pele. É importante que os filtros tenham fator de proteção a partir de 30 e protejam dos raios UVA e UVB.
Pessoas de pele e olhos claros têm uma tendência maior a desenvolverem a doença.
Certo. Além delas, pessoas sensíveis à ação dos raios solares, com histórico pessoal ou familiar desse tipo de câncer ou com doenças cutâneas prévias são as mais propícias a desenvolverem a doença.
O fator de proteção varia de acordo com o local.
Certo. A proteção solar é necessária até para quem está em locais fechados, já que a iluminação de lâmpadas e aparelhos como televisores e computadores também afeta a pele. Ao ar livre, a recomendação é não se expor ao sol entre 10 e 16 horas, quando a incidência de raios UVA E UVB é maior. O filtro solar deve ser usado sempre, na pele e nos lábios, e o ideal é complementar com proteção física, como chapéus de abas largas e roupas adequadas. Na praia ou na piscina, o melhor é usar barracas de algodão ou lona, já que as de nylon deixam passar mais de 95% dos raios UV. Óculos escuros também são fundamentais pois, apesar de serem menos comuns, as lesões podem acometer os olhos.
A remoção cirúrgica da lesão é o principal tratamento para o câncer de pele.
Certo. Nos casos de câncer de pele em que não há metástase, a cirurgia para remover a lesão costuma ser eficaz. Já nos pacientes diagnosticados com melanoma, a chance de metástase é maior. Nesse caso, é necessário fazer uma avaliação médica do paciente para definir a forma de tratamento mais indicada, conforme o estágio da doença.
*Fonte: Instituto Nacional do Câncer (Inca).