Cientistas descobrem mecanismo que pode melhorar terapia contra câncer
Eleita o avanço do ano pelos participantes do congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) em maio passado e considerada pela revista Nature uma das mais promissoras terapias para cânceres hematológicos, as células Car-t representam uma esperança a pessoas que não respondem ao tratamento convencional. Estudos clínicos têm obtido bons resultados, com alguns chegando a mais de 90% na remissão da doença. Porém, os mecanismos por trás dessas estruturas retiradas do corpo e modificadas geneticamente em laboratório para, depois, retornarem ao organismo não são completamente conhecidos. Assim, cientistas continuam sem saber o porquê de a eficácia ser muito desigual entre pacientes, o motivo por trás dos relapsos, e como evitar os efeitos colaterais que podem, inclusive, ser letais.
Agora, uma equipe de pesquisadores do Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, nos Estados Unidos, conseguiu desvendar os padrões de comportamento dessas células. Usando a tecnologia da espectrometria de massa, os cientistas, pela primeira vez, fizeram um perfil das duas variantes mais comuns dos tratamentos à base das Car-t. Em um artigo publicado na revista Science Signaling, eles afirmaram que o estudo vai ajudar a diminuir os efeitos colaterais, melhorar a eficácia do tratamento e estendê-lo a tumores sólidos — atualmente, esse tipo de imunoterapia só é aplicado nos casos de cânceres do sangue, como leucemia e linfomas.
Quando o sistema imunológico está saudável, células que desempenham o papel de sentinelas percorrem o corpo atrás de invasores, como vírus e bactérias. Elas conseguem detectá-los por meio de receptores, que seriam, para comparação, como “antenas”. Uma vez que os agentes externos entram no organismo e são identificados, os soldados enviam um sinal para um grupo especial de combatentes, as células-T citotóxicas, que, então, partem para o ataque. No caso do câncer, esse mecanismo é prejudicado pelo fato de as células tumorais conseguirem se esconder das que compõem o sistema imunológico. Dessa forma, as “antenas” são incapazes de rastreá-las e, muito menos, de sinalizar para as T entrarem em ação.
Fonte: Correio Braziliense
Eleita o avanço do ano pelos participantes do congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) em maio passado e considerada pela revista Nature uma das mais promissoras terapias para cânceres hematológicos, as células Car-t representam uma esperança a pessoas que não respondem ao tratamento convencional. Estudos clínicos têm obtido bons resultados, com alguns chegando a mais de 90% na remissão da doença. Porém, os mecanismos por trás dessas estruturas retiradas do corpo e modificadas geneticamente em laboratório para, depois, retornarem ao organismo não são completamente conhecidos. Assim, cientistas continuam sem saber o porquê de a eficácia ser muito desigual entre pacientes, o motivo por trás dos relapsos, e como evitar os efeitos colaterais que podem, inclusive, ser letais.
Agora, uma equipe de pesquisadores do Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, nos Estados Unidos, conseguiu desvendar os padrões de comportamento dessas células. Usando a tecnologia da espectrometria de massa, os cientistas, pela primeira vez, fizeram um perfil das duas variantes mais comuns dos tratamentos à base das Car-t. Em um artigo publicado na revista Science Signaling, eles afirmaram que o estudo vai ajudar a diminuir os efeitos colaterais, melhorar a eficácia do tratamento e estendê-lo a tumores sólidos — atualmente, esse tipo de imunoterapia só é aplicado nos casos de cânceres do sangue, como leucemia e linfomas.
Quando o sistema imunológico está saudável, células que desempenham o papel de sentinelas percorrem o corpo atrás de invasores, como vírus e bactérias. Elas conseguem detectá-los por meio de receptores, que seriam, para comparação, como “antenas”. Uma vez que os agentes externos entram no organismo e são identificados, os soldados enviam um sinal para um grupo especial de combatentes, as células-T citotóxicas, que, então, partem para o ataque. No caso do câncer, esse mecanismo é prejudicado pelo fato de as células tumorais conseguirem se esconder das que compõem o sistema imunológico. Dessa forma, as “antenas” são incapazes de rastreá-las e, muito menos, de sinalizar para as T entrarem em ação.
Fonte: Correio Braziliense