Entenda como funciona este protocolo e quais vantagens ele apresenta

A cirurgia oncológica foi a primeira modalidade de tratamento do câncer. Trata-se de uma técnica que continua sendo necessária no tratamento em cerca de mais de 80% dos casos.

Em 2020, por exemplo, foram realizados no A.C.Camargo 17.884 procedimentos cirúrgicos. 

No meio disso, por vezes, é implementada a abreviação do jejum pré-operatório.

Jejum pré-operatório na cirurgia oncológica: por que abreviar?

A abreviação do jejum pré-operatório é uma prática clínica implementada para alguns pacientes que são submetidos a uma cirurgia eletiva. 

Consiste na oferta de um suplemento nutricional específico durante o período de jejum que ocorre antes da cirurgia. 

Esta prática auxilia nos resultados cirúrgicos, como já demonstrado em diversos estudos científicos, sobretudo otimizando a recuperação no período pós-operatório.

Entre os benefícios, minimiza o grau de regurgitação do conteúdo gástrico, o risco de broncoaspiração e de problema glicêmicos, além de poder reduzir o tempo de hospitalização.

E, por isso, a abreviação do jejum pré-operatório é recomendada pelas principais diretrizes mundiais sobre o assunto. 

Conforto para os pacientes 

Além dos benefícios acima citados, este protocolo, que é realizado quando o paciente é internado, traz conforto a ele: reduz a sensação de fome e sede.

Isso foi observado, inclusive, em um estudo realizado pelo departamento de Nutrição do A.C.Camargo.

Na pesquisa, os pacientes que receberam este suplemento relataram que tiveram uma sensação de maior conforto durante o jejum pré-operatório. 

Pacientes elegíveis 

A indicação da abreviação do jejum pré-operatório para um paciente depende da avaliação do anestesista e da nutricionista. 

Caso você tenha perfil, será orientado(a) pela equipe do A.C.Camargo.

Fonte: Thais Miola, Coordenadora da Residência Multiprofissional em Nutrição e Supervisora de Nutrição do A.C.Camargo