Dia do Radioterapeuta: hoje, celebramos sua imensa contribuição à oncologia
Conheça mais sobre a profissão, curiosidades, dia a dia e como ela é fundamental no tratamento do câncer
Considerada um dos pilares do tratamento oncológico, a Radioterapia é uma especialidade que forma médicos no tratamento oncológico, na qual a radiação é utilizada de forma terapêutica. Mas, será que a Radioterapia tem a ver com a Radiologia também? O head de Radioterapia do A.C.Camargo Cancer Center, Dr. Cássio Pellizzon explica porque não. “Em muitas situações, ainda existe uma mistura, um engano entre o que fazem radioterapeutas e radiologistas. O radiologista é o médico que faz o diagnóstico por imagem, com equipamentos como raio-x, ultrassom, ressonância magnética, entre outros. Já o radioterapeuta, ou radio-oncologista, como se tem chamado agora, utiliza a radiação para o tratamento de cânceres”, explica.
Esta linha da medicina foi descoberta no final do século XIX, logo após a chegada do raio-x na nossa sociedade. De lá para cá, muitos avanços aconteceram e regulamentações também, o que levou a criação da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) em 1998 que, por sua vez, em 2021, decretou que o dia de sua fundação (5 de setembro) seria então o Dia do Radioterapeuta.
Como é o dia a dia deste profissional
Após realizar uma consulta e receber o diagnóstico de câncer, na maioria das vezes por um médico generalista ou especialista, em alguma das fases de seu tratamento, cerca de 70% a 75% dos casos são encaminhados ao radioterapeuta. Este fará uma análise detalhada e, conforme o protocolo terapêutico utilizado, dará início ao seu planejamento, sendo considerada a utilização da radioterapia exclusiva, pré ou pós-operatória.
Na sequência, é preciso saber, a partir de exames clínicos e da análise médica, o estadiamento do câncer. Se haverá combinações de tratamento com quimioterapia e/ou cirurgia, por exemplo e como isso impactará os planos terapêuticos. Nessa fase de planejamento radioterápico, localiza-se os órgãos que estão saudáveis e os que foram atingidos pelo câncer, o volume da doença que precisa ser tratado, entre outras variáveis para, aí sim, conseguir definir a estratégia terapêutica.
Em seguida, é definida qual será a equipe envolvida no tratamento, nunca será apenas o radioterapeuta. Este time é composto por enfermeiras, dosimetristas, físicos médicos, técnicos de radioterapia, entre outros. Na sequência, inicia-se uma prática que é comum aqui do A.C.Camargo, o processo de navegação. As enfermeiras passam a acompanhar o paciente, desde a sua chegada até a saída, entendendo necessidades, sanando dúvidas, entrando em contato caso ocorra alguma falta e encaminhando tudo da melhor forma.
Durante o período de tratamento, o paciente também volta a fazer consultas rápidas com seu radioterapeuta para acompanhar a evolução do tratamento, se haverá ajustes, alguma queixa, efeito colateral e, feito o tratamento, ele passa para a etapa de acompanhamento, follow up ou seguimento, onde segue acompanhado, mas agora com uma estratégia pós-atendimento.
Existem mitos a serem derrubados na radioterapia?
As vantagens da radioterapia em um cancer center
Dentro de um cancer center como o A.C.Camargo, além dos pacientes contarem com equipes hiperespecializadas, os procedimentos de radioterapia seguem protocolos estruturados, onde nenhuma etapa é avançada sem a anterior ser cumprida. Ex:. Se um tratamento é de quimioterapia e radioterapia, a radioterapia não é iniciada antes da quimioterapia, tudo segue o seu fluxo.
Existe também o processo de navegação, como comentamos no dia a dia do radioterapeuta. Ele foi criado para diminuir riscos, melhor orientar e entender as necessidades do paciente, controlar ausências, sanar dúvidas e também “segurar a mão” de cada um durante a rotina de tratamento.
Aqui também é um lugar de portas abertas para inovações tecnológicas de tratamento, como a SBRT (Stereotactic Body Radioation Therapy ou Radiocirurgia Estereotáxica Corpórea), braquiterapia guiada por imagem, IGRT (Radioterapia Guiada por Imagens), IMRT (Radioterapia de Intensidade Modulada), Lattice, entre outros e, vale lembrar, que seguimos protocolos internacionais de investigação clínica com análise de casos em pares.
Conheça também a nossa Radiotour
Esta é uma prática que acontece no A.C.Camargo no primeiro dia de tratamento dos nossos pacientes. Uma enfermeira mostra todo o ambiente e procedimentos ajudando, tanto na adaptação à rotina que ele terá, quanto na ansiedade, pois saberá se terá que usar uma máscara, qual será, se ela não é sufocante, conhece o tomógrafo simulador, se terá ou não que se deitar em uma cama inflável e entende como ela é, conhece a máquina de tratamento (Acelerador Linear) que é muito grande, se apaga a luz, acende a luz e por aí vai. Tudo isso já diminui muito o impacto do primeiro dia de tratamento.
E se um dia você se interessar em ser um radioterapeuta, fica a dica!
Esta especialização vem após a formação em medicina e é uma especialidade médica reconhecida pela AMB (Associação Médica Brasileira). Será preciso fazer uma residência médica especializada e a realização de uma prova de suficiência coordenada pela SBRT (Sociedade Brasileira de Radioterapia), para ter então o título de especialista em radioterapia. No total, esta formação gira em torno de 10 anos de estudos e dedicação.
Fonte: A.C Camargo
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Considerada um dos pilares do tratamento oncológico, a Radioterapia é uma especialidade que forma médicos no tratamento oncológico, na qual a radiação é utilizada de forma terapêutica. Mas, será que a Radioterapia tem a ver com a Radiologia também? O head de Radioterapia do A.C.Camargo Cancer Center, Dr. Cássio Pellizzon explica porque não. “Em muitas situações, ainda existe uma mistura, um engano entre o que fazem radioterapeutas e radiologistas. O radiologista é o médico que faz o diagnóstico por imagem, com equipamentos como raio-x, ultrassom, ressonância magnética, entre outros. Já o radioterapeuta, ou radio-oncologista, como se tem chamado agora, utiliza a radiação para o tratamento de cânceres”, explica.
Esta linha da medicina foi descoberta no final do século XIX, logo após a chegada do raio-x na nossa sociedade. De lá para cá, muitos avanços aconteceram e regulamentações também, o que levou a criação da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) em 1998 que, por sua vez, em 2021, decretou que o dia de sua fundação (5 de setembro) seria então o Dia do Radioterapeuta.
Como é o dia a dia deste profissional
Após realizar uma consulta e receber o diagnóstico de câncer, na maioria das vezes por um médico generalista ou especialista, em alguma das fases de seu tratamento, cerca de 70% a 75% dos casos são encaminhados ao radioterapeuta. Este fará uma análise detalhada e, conforme o protocolo terapêutico utilizado, dará início ao seu planejamento, sendo considerada a utilização da radioterapia exclusiva, pré ou pós-operatória.
Na sequência, é preciso saber, a partir de exames clínicos e da análise médica, o estadiamento do câncer. Se haverá combinações de tratamento com quimioterapia e/ou cirurgia, por exemplo e como isso impactará os planos terapêuticos. Nessa fase de planejamento radioterápico, localiza-se os órgãos que estão saudáveis e os que foram atingidos pelo câncer, o volume da doença que precisa ser tratado, entre outras variáveis para, aí sim, conseguir definir a estratégia terapêutica.
Em seguida, é definida qual será a equipe envolvida no tratamento, nunca será apenas o radioterapeuta. Este time é composto por enfermeiras, dosimetristas, físicos médicos, técnicos de radioterapia, entre outros. Na sequência, inicia-se uma prática que é comum aqui do A.C.Camargo, o processo de navegação. As enfermeiras passam a acompanhar o paciente, desde a sua chegada até a saída, entendendo necessidades, sanando dúvidas, entrando em contato caso ocorra alguma falta e encaminhando tudo da melhor forma.
Durante o período de tratamento, o paciente também volta a fazer consultas rápidas com seu radioterapeuta para acompanhar a evolução do tratamento, se haverá ajustes, alguma queixa, efeito colateral e, feito o tratamento, ele passa para a etapa de acompanhamento, follow up ou seguimento, onde segue acompanhado, mas agora com uma estratégia pós-atendimento.
Existem mitos a serem derrubados na radioterapia?
As vantagens da radioterapia em um cancer center
Dentro de um cancer center como o A.C.Camargo, além dos pacientes contarem com equipes hiperespecializadas, os procedimentos de radioterapia seguem protocolos estruturados, onde nenhuma etapa é avançada sem a anterior ser cumprida. Ex:. Se um tratamento é de quimioterapia e radioterapia, a radioterapia não é iniciada antes da quimioterapia, tudo segue o seu fluxo.
Existe também o processo de navegação, como comentamos no dia a dia do radioterapeuta. Ele foi criado para diminuir riscos, melhor orientar e entender as necessidades do paciente, controlar ausências, sanar dúvidas e também “segurar a mão” de cada um durante a rotina de tratamento.
Aqui também é um lugar de portas abertas para inovações tecnológicas de tratamento, como a SBRT (Stereotactic Body Radioation Therapy ou Radiocirurgia Estereotáxica Corpórea), braquiterapia guiada por imagem, IGRT (Radioterapia Guiada por Imagens), IMRT (Radioterapia de Intensidade Modulada), Lattice, entre outros e, vale lembrar, que seguimos protocolos internacionais de investigação clínica com análise de casos em pares.
Conheça também a nossa Radiotour
Esta é uma prática que acontece no A.C.Camargo no primeiro dia de tratamento dos nossos pacientes. Uma enfermeira mostra todo o ambiente e procedimentos ajudando, tanto na adaptação à rotina que ele terá, quanto na ansiedade, pois saberá se terá que usar uma máscara, qual será, se ela não é sufocante, conhece o tomógrafo simulador, se terá ou não que se deitar em uma cama inflável e entende como ela é, conhece a máquina de tratamento (Acelerador Linear) que é muito grande, se apaga a luz, acende a luz e por aí vai. Tudo isso já diminui muito o impacto do primeiro dia de tratamento.
E se um dia você se interessar em ser um radioterapeuta, fica a dica!
Esta especialização vem após a formação em medicina e é uma especialidade médica reconhecida pela AMB (Associação Médica Brasileira). Será preciso fazer uma residência médica especializada e a realização de uma prova de suficiência coordenada pela SBRT (Sociedade Brasileira de Radioterapia), para ter então o título de especialista em radioterapia. No total, esta formação gira em torno de 10 anos de estudos e dedicação.
Fonte: A.C Camargo