Dia Mundial sem Tabaco: petição pede embalagens padronizadas de cigarros
A Fundação do Câncer e a Aliança de Controle do Tabagismo e Saúde (ACT+) celebram o Dia Mundial Sem Tabaco com o lançamento de um vídeo nas mídias sociais. Nele, a médica epidemiologista Veronica Hughes, 56 anos, diagnosticada com câncer de pulmão há mais de 10 anos, convoca a população brasileira a assinar a petição online na plataforma Change.org pela adoção das embalagens padronizadas para cigarros. A campanha #AcabouoDisfarce (peça acima) ganhou também as páginas dos jornais impressos O Dia, Destak, Meia Hora e Metro.
O Dia Mundial Sem Tabaco, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é comemorado em 31 de maio. O tema deste ano é padronização das embalagens como forma de redução da atratividade dos produtos de tabaco, especialmente para os jovens. As peças da campanha estão disponíveis no site: http://www.who.int/campaigns/no-tobacco-day/2016/en/.
Veronica fumou por vários anos. Seu pai, o escritor uruguaio Eduardo Galeano, e sua mãe também eram fumantes e morreram de câncer de pulmão. Alguns dos seus ídolos, ela destaca, também fumavam e foram vítimas da doença. No vídeo, Veronica fala sobre a atração que sentiu, ainda adolescente, pela caixa verde enfeitada com letras góticas de seu primeiro maço. Ela revela ainda que seu primeiro cigarro foi mentolado, para tornar mais fácil aspirar a fumaça, e usado para conquistar seu primeiro amor. Pelo fascínio que exercem entre os jovens, Veronica pede que as embalagens se tornem padronizadas, sem logomarcas ou cores, o que diminui sua atratividade.
“O controle do tabagismo é uma bandeira para a Fundação do Câncer, desde a sua criação, há 25 anos. Convocar a sociedade a participar desta causa é muito importante. A questão das embalagens atrativas ainda preocupa, por isso, a petição e o vídeo alertam para o endosso da sociedade. Essa informação precisa alcançar o maior número possível de pessoas, para o Brasil avançar ainda mais no patamar de destaque que já alcançou, adotando o quanto antes as embalagens padronizadas“, afirma a consultora técnica da Fundação, Cristina Perez.
O vídeo e a petição estão disponíveis nos links: www.limitetabaco.org.br ou www.change.org/EmbalagemPadronizada.
“Não há motivos para justificar que as embalagens de cigarros devam ser atraentes. Seja para adultos, fumantes ou não, e muito menos para crianças e jovens. A embalagem padronizada faz exatamente isso: retira a atratividade da embalagem de um produto que é sabidamente tóxico, mantendo o alerta sobre riscos de consumo”, diz Mônica Andreis, vice-diretora da ACT+.
Com a proibição da propaganda em meios de comunicação de massa e em pontos de venda, a indústria do tabaco apostou na sedução de novos consumidores por meio das embalagens de cigarros, frequentemente expostas perto de doces ou chocolates, o que aumenta a atratividade deles para crianças, jovens e adolescentes.
Ainda em celebração à data, a Fundação e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgaram uma pesquisa qualitativa sobre a estratégia de marketing da indústria de cigarro nos pontos de vendas. O estudo, feito em seis cidades de três estados diferentes, confirmou o que associações de combate ao tabagismo já denunciavam: apesar de existir uma lei federal que proíbe propagandas em pontos de venda, o cigarro é exposto como objeto de glamour.
— Os maços estão posicionados estrategicamente na altura dos olhos; próximo dos caixas, onde todos têm que passar; com iluminação especial e display chamativo. O próprio espaço nas lojas é usado como ‘marketing velado’, a propaganda faz parte da decoração — afirmou Cristina, uma das responsáveis pelo estudo.
Para saber mais sobre a pesquisa, clique no link a seguir: Marketing Velado – pesquisa mostra estratégias da indústria do tabaco.
Fonte: Fundação do Câncer
A Fundação do Câncer e a Aliança de Controle do Tabagismo e Saúde (ACT+) celebram o Dia Mundial Sem Tabaco com o lançamento de um vídeo nas mídias sociais. Nele, a médica epidemiologista Veronica Hughes, 56 anos, diagnosticada com câncer de pulmão há mais de 10 anos, convoca a população brasileira a assinar a petição online na plataforma Change.org pela adoção das embalagens padronizadas para cigarros. A campanha #AcabouoDisfarce (peça acima) ganhou também as páginas dos jornais impressos O Dia, Destak, Meia Hora e Metro.
O Dia Mundial Sem Tabaco, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é comemorado em 31 de maio. O tema deste ano é padronização das embalagens como forma de redução da atratividade dos produtos de tabaco, especialmente para os jovens. As peças da campanha estão disponíveis no site: http://www.who.int/campaigns/no-tobacco-day/2016/en/.
Veronica fumou por vários anos. Seu pai, o escritor uruguaio Eduardo Galeano, e sua mãe também eram fumantes e morreram de câncer de pulmão. Alguns dos seus ídolos, ela destaca, também fumavam e foram vítimas da doença. No vídeo, Veronica fala sobre a atração que sentiu, ainda adolescente, pela caixa verde enfeitada com letras góticas de seu primeiro maço. Ela revela ainda que seu primeiro cigarro foi mentolado, para tornar mais fácil aspirar a fumaça, e usado para conquistar seu primeiro amor. Pelo fascínio que exercem entre os jovens, Veronica pede que as embalagens se tornem padronizadas, sem logomarcas ou cores, o que diminui sua atratividade.
“O controle do tabagismo é uma bandeira para a Fundação do Câncer, desde a sua criação, há 25 anos. Convocar a sociedade a participar desta causa é muito importante. A questão das embalagens atrativas ainda preocupa, por isso, a petição e o vídeo alertam para o endosso da sociedade. Essa informação precisa alcançar o maior número possível de pessoas, para o Brasil avançar ainda mais no patamar de destaque que já alcançou, adotando o quanto antes as embalagens padronizadas“, afirma a consultora técnica da Fundação, Cristina Perez.
O vídeo e a petição estão disponíveis nos links: www.limitetabaco.org.br ou www.change.org/EmbalagemPadronizada.
“Não há motivos para justificar que as embalagens de cigarros devam ser atraentes. Seja para adultos, fumantes ou não, e muito menos para crianças e jovens. A embalagem padronizada faz exatamente isso: retira a atratividade da embalagem de um produto que é sabidamente tóxico, mantendo o alerta sobre riscos de consumo”, diz Mônica Andreis, vice-diretora da ACT+.
Com a proibição da propaganda em meios de comunicação de massa e em pontos de venda, a indústria do tabaco apostou na sedução de novos consumidores por meio das embalagens de cigarros, frequentemente expostas perto de doces ou chocolates, o que aumenta a atratividade deles para crianças, jovens e adolescentes.
Ainda em celebração à data, a Fundação e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgaram uma pesquisa qualitativa sobre a estratégia de marketing da indústria de cigarro nos pontos de vendas. O estudo, feito em seis cidades de três estados diferentes, confirmou o que associações de combate ao tabagismo já denunciavam: apesar de existir uma lei federal que proíbe propagandas em pontos de venda, o cigarro é exposto como objeto de glamour.
— Os maços estão posicionados estrategicamente na altura dos olhos; próximo dos caixas, onde todos têm que passar; com iluminação especial e display chamativo. O próprio espaço nas lojas é usado como ‘marketing velado’, a propaganda faz parte da decoração — afirmou Cristina, uma das responsáveis pelo estudo.
Para saber mais sobre a pesquisa, clique no link a seguir: Marketing Velado – pesquisa mostra estratégias da indústria do tabaco.
Fonte: Fundação do Câncer