Diagnóstico e tratamento do câncer durante a gravidez
Posso ficar grávida depois do tratamento do câncer? O que acontece se eu descobrir a doença, mas já estiver esperando um filho? Quanto tempo após o término do tratamento eu preciso esperar para engravidar? Dúvidas como essas permeiam a vida da maioria das mulheres jovens que recebem o diagnóstico de câncer e desejam formar uma família.
Diagnosticar um câncer de mama durante a gravidez, por exemplo, é difícil. A mama sofre alterações naturais – fica mais turgida, densa, dolorida – e, muitas vezes, a mulher não percebe que pode ser um câncer se manifestando. Nesses casos, o exame físico pode confundir e, portanto, para diagnosticar a doença é recomendado o ultrassom, que não utiliza radiação ionizante. A mamografia não é contra indicada, mas um avental de chumbo deve ser sempre utilizado para proteger a barriga da gestante.
Ficar grávida depois do tratamento de câncer de mama geralmente é mais tranquilo, ainda que a produção de leite possa ser afetada na mama que sofreu cirurgia ou irradiação. Menos de 4% das mulheres que já tiveram câncer de mama não conseguem engravidar.
A preocupação maior das mulheres é em relação aos tumores ginecológicos. Tumores de vulva, ovário e endométrio são raros em mulheres jovens que estão no auge da fertilidade. Já o câncer de colo do útero é o mais frequente durante a pré-gravidez e pode ser diagnosticado cedo com o exame de Papanicolau.
Caso a mulher descubra um tumor e já esteja esperando um filho, há formas de tratamento seguro, esclarecem os especialistas. O tumor de colo do útero, dependendo de cada caso e do estadiamento da doença, pode ser tratado durante ou depois da gestação. Uma cirurgia também pode ser realizada se um exame de ultrassom apontar uma massa suspeita ou um possível câncer de ovário. Já em casos de câncer de mama, após a biópsia para confirmar o diagnóstico, o tratamento cirúrgico pode realizado mesmo durante a gestação.
A quimioterapia geralmente não é utilizada durante os três primeiros meses de gestação, quando o feto ainda está em formação. Porém, após o primeiro trimestre, a quimioterapia poderá ser aplicada. A radioterapia, porém, não é uma opção de tratamento, pois a radiação pode causar efeitos colaterais para o bebê ficando reservado para o períodos pós parto.
A preservação de óvulos para uma posterior fertilização in-vitro já é hoje uma possibilidade para muitas mulheres, que também podem optar, sob orientação médica, por utilizar medicamentos específicos antes da quimioterapia para proteger o ovário. De modo geral, uma paciente jovem que faz tratamento quimioterápico pode voltar a ovular normalmente.
Ainda não há estudos, contudo, que determinem qual o tempo ideal de espera necessário após o tratamento para uma gravidez mais segura. Sabe-se apenas que não podem engravidar mulheres que têm tumor receptor de estrógeno positivo e que estejam utilizando o medicamento tamoxifeno. O tamoxifeno não poder ser usado durante a gestação, pois pode causar má formação fetal,por isso, se a mulher tem que tomar o tamoxifeno durante cinco anos, ela não deve engravidar nesse período.
Fonte: A.C. Camargo Cancer Center
Posso ficar grávida depois do tratamento do câncer? O que acontece se eu descobrir a doença, mas já estiver esperando um filho? Quanto tempo após o término do tratamento eu preciso esperar para engravidar? Dúvidas como essas permeiam a vida da maioria das mulheres jovens que recebem o diagnóstico de câncer e desejam formar uma família.
Diagnosticar um câncer de mama durante a gravidez, por exemplo, é difícil. A mama sofre alterações naturais – fica mais turgida, densa, dolorida – e, muitas vezes, a mulher não percebe que pode ser um câncer se manifestando. Nesses casos, o exame físico pode confundir e, portanto, para diagnosticar a doença é recomendado o ultrassom, que não utiliza radiação ionizante. A mamografia não é contra indicada, mas um avental de chumbo deve ser sempre utilizado para proteger a barriga da gestante.
Ficar grávida depois do tratamento de câncer de mama geralmente é mais tranquilo, ainda que a produção de leite possa ser afetada na mama que sofreu cirurgia ou irradiação. Menos de 4% das mulheres que já tiveram câncer de mama não conseguem engravidar.
A preocupação maior das mulheres é em relação aos tumores ginecológicos. Tumores de vulva, ovário e endométrio são raros em mulheres jovens que estão no auge da fertilidade. Já o câncer de colo do útero é o mais frequente durante a pré-gravidez e pode ser diagnosticado cedo com o exame de Papanicolau.
Caso a mulher descubra um tumor e já esteja esperando um filho, há formas de tratamento seguro, esclarecem os especialistas. O tumor de colo do útero, dependendo de cada caso e do estadiamento da doença, pode ser tratado durante ou depois da gestação. Uma cirurgia também pode ser realizada se um exame de ultrassom apontar uma massa suspeita ou um possível câncer de ovário. Já em casos de câncer de mama, após a biópsia para confirmar o diagnóstico, o tratamento cirúrgico pode realizado mesmo durante a gestação.
A quimioterapia geralmente não é utilizada durante os três primeiros meses de gestação, quando o feto ainda está em formação. Porém, após o primeiro trimestre, a quimioterapia poderá ser aplicada. A radioterapia, porém, não é uma opção de tratamento, pois a radiação pode causar efeitos colaterais para o bebê ficando reservado para o períodos pós parto.
A preservação de óvulos para uma posterior fertilização in-vitro já é hoje uma possibilidade para muitas mulheres, que também podem optar, sob orientação médica, por utilizar medicamentos específicos antes da quimioterapia para proteger o ovário. De modo geral, uma paciente jovem que faz tratamento quimioterápico pode voltar a ovular normalmente.
Ainda não há estudos, contudo, que determinem qual o tempo ideal de espera necessário após o tratamento para uma gravidez mais segura. Sabe-se apenas que não podem engravidar mulheres que têm tumor receptor de estrógeno positivo e que estejam utilizando o medicamento tamoxifeno. O tamoxifeno não poder ser usado durante a gestação, pois pode causar má formação fetal,por isso, se a mulher tem que tomar o tamoxifeno durante cinco anos, ela não deve engravidar nesse período.
Fonte: A.C. Camargo Cancer Center