Diagnóstico precoce auxilia no tratamento de vários tipos de câncer

Diagnóstico precoce auxilia no tratamento de vários tipos de câncer

Um mapeamento inédito, do Hospital A.C. Camargo, feito com quase 16 mil mulheres que tiveram câncer há cinco anos, mostra que o diagnóstico precoce ainda é o fator principal pro aumento da sobrevida.

O corpo da assistente de recursos humanos, Rosângela Rodrigues deu sinal, mas ela só procurou um médico seis meses depois que sentiu um inchaço estranho em um dos seios. Era um tumor, que cresceu nesse período.

“Não era pequeno. Era em torno de 7 cm. Não era uma fase inicial, já era uma fase no meio, já indo, eles não falam final, mas caminhando para um lado perigoso”, conta.

O tratamento foi pesado. Começou com quimioterapia. Rosângela estava tão otimista que até tirou fotos durante as sessões – sempre sorridente.  Mas ficou abalada quando o médico disse que ela teria que retirar a mama.
“Para a mulher ficar sem o seio é difícil. Você não sabe quando olhar no espelho o que você vai sentir. Então eu falo assim que no primeiro sintoma de diferença do seu seio, de diferença da sua mama, corre para o médico”, alerta Rosângela.
Pesquisadores do Hospital A.C. Camargo, que é referência no tratamento do câncer, analisaram quase 16 mil casos de pacientes para saber o resultado do tratamento depois de cinco anos.
Eles constataram que os tipos de câncer mais frequentes são também os que têm maior índice de sucesso no tratamento. Esse sucesso tem tudo a ver com diagnóstico precoce.
Segundo os médicos, a maior taxa de sobrevida é dos pacientes com câncer na tireóide – 99% estavam bem cinco anos após tratamento. Em segundo lugar vem o câncer de pele (92%); e 86% das mulheres que tiveram câncer de mama viviam normalmente depois de ter alta.
“É importante lembrar que o câncer no início é uma doença indolor. Então para se fazer diagnostico de câncer precisamos fazer um longo check-up”, diz o cirurgião oncologista Ademar Lopes.
Os menores índices de sucesso no tratamento são justamente os de tumores mais silenciosos, como câncer de pulmão (20%), ovário (41%), esôfago (47%) e estômago (48%).
“É difícil diagnosticar porque precocemente porque os sintomas não são valorizados pela paciente. Ela tem uma tosse, uma dor no peito, ela não procura o médico. São tumores biologicamente mais agressivos, difícil de ser tratado. Então quando a paciente sentir alguma coisa, ele tem que procurar o médico para investigar”, explica a médica responsável pelo mapeamento do câncer no Hospital A.C. Camargo, Maria Paula Curado.
O cirurgião oncológico, Ademar Lopes, disse ainda que no check-up para o câncer, o médico pede exames de acordo com os fatores de risco do paciente.


* Informações do Jornal Hoje – Globo

 

Um mapeamento inédito, do Hospital A.C. Camargo, feito com quase 16 mil mulheres que tiveram câncer há cinco anos, mostra que o diagnóstico precoce ainda é o fator principal pro aumento da sobrevida.

O corpo da assistente de recursos humanos, Rosângela Rodrigues deu sinal, mas ela só procurou um médico seis meses depois que sentiu um inchaço estranho em um dos seios. Era um tumor, que cresceu nesse período.

“Não era pequeno. Era em torno de 7 cm. Não era uma fase inicial, já era uma fase no meio, já indo, eles não falam final, mas caminhando para um lado perigoso”, conta.

O tratamento foi pesado. Começou com quimioterapia. Rosângela estava tão otimista que até tirou fotos durante as sessões – sempre sorridente.  Mas ficou abalada quando o médico disse que ela teria que retirar a mama.
“Para a mulher ficar sem o seio é difícil. Você não sabe quando olhar no espelho o que você vai sentir. Então eu falo assim que no primeiro sintoma de diferença do seu seio, de diferença da sua mama, corre para o médico”, alerta Rosângela.
Pesquisadores do Hospital A.C. Camargo, que é referência no tratamento do câncer, analisaram quase 16 mil casos de pacientes para saber o resultado do tratamento depois de cinco anos.
Eles constataram que os tipos de câncer mais frequentes são também os que têm maior índice de sucesso no tratamento. Esse sucesso tem tudo a ver com diagnóstico precoce.
Segundo os médicos, a maior taxa de sobrevida é dos pacientes com câncer na tireóide – 99% estavam bem cinco anos após tratamento. Em segundo lugar vem o câncer de pele (92%); e 86% das mulheres que tiveram câncer de mama viviam normalmente depois de ter alta.
“É importante lembrar que o câncer no início é uma doença indolor. Então para se fazer diagnostico de câncer precisamos fazer um longo check-up”, diz o cirurgião oncologista Ademar Lopes.
Os menores índices de sucesso no tratamento são justamente os de tumores mais silenciosos, como câncer de pulmão (20%), ovário (41%), esôfago (47%) e estômago (48%).
“É difícil diagnosticar porque precocemente porque os sintomas não são valorizados pela paciente. Ela tem uma tosse, uma dor no peito, ela não procura o médico. São tumores biologicamente mais agressivos, difícil de ser tratado. Então quando a paciente sentir alguma coisa, ele tem que procurar o médico para investigar”, explica a médica responsável pelo mapeamento do câncer no Hospital A.C. Camargo, Maria Paula Curado.
O cirurgião oncológico, Ademar Lopes, disse ainda que no check-up para o câncer, o médico pede exames de acordo com os fatores de risco do paciente.


* Informações do Jornal Hoje – Globo