Estudo aponta caminho para terapia mais eficaz contra o câncer
O fosfolipídeo PAF é uma substância produzida pelo corpo que pode estimular o crescimento e a multiplicação das células, sejam normais ou de tumores cancerígenos. Pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP realizada pelo biomédico Ildefonso Alves da Silva Júnior mostra que o tratamento do câncer por meio da radioterapia aumenta a produção do PAF, fazendo com que o tumor volte a crescer e a doença retorne de forma mais agressiva. Testes em laboratório indicam que o uso de substâncias que inibem o receptor do PAF podem tornar mais eficiente a terapia contra o câncer.
O nome do PAF vem da expressão “Fator Ativador de Plaquetas”, porque na década de 1980 os cientistas descobriram que ele estava associado à coagulação do sangue. “Na verdade, o PAF atua através do seu receptor, que está presente em diversas células do corpo humano, principalmente nas células do sistema imune”, conta o biomédico. “Sabe-se que ele é capaz de gerar sinais inflamatórios, atuando principalmente em casos de asma, sepse e obesidade, entre outras doenças.”
Por ser um receptor do tipo GPCR (Receptor Acoplado à Proteína G), ele é capaz de ativar várias funções dentro das células, estando envolvido principalmente em processos de crescimento e sobrevivência celular. “Como as células tumorais têm um crescimento exagerado, a pesquisa verificou se o receptor do PAF estava envolvido nesse processo”, diz Silva Júnior.
Os experimentos utilizaram várias amostras de culturas de células de tecidos humanos, algumas compostas de células normais e outras provenientes de tumores de carcinoma uterino, de cabeça e pescoço. “Enquanto as células normais expressam pouco o receptor, nos tumores a expressão é alta, sinal de que o PAF participa do processo de crescimento”, aponta o pesquisador. “Quando foi usado um antagonista, ou seja, uma substância que bloqueia o receptor, as células tumorais proliferaram menos. Com base nesse resultado, propomos o uso dos antagonistas do receptor do PAF como adjuvantes da terapia convencional do câncer.”
Fonte: Jornal da USP
O fosfolipídeo PAF é uma substância produzida pelo corpo que pode estimular o crescimento e a multiplicação das células, sejam normais ou de tumores cancerígenos. Pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP realizada pelo biomédico Ildefonso Alves da Silva Júnior mostra que o tratamento do câncer por meio da radioterapia aumenta a produção do PAF, fazendo com que o tumor volte a crescer e a doença retorne de forma mais agressiva. Testes em laboratório indicam que o uso de substâncias que inibem o receptor do PAF podem tornar mais eficiente a terapia contra o câncer.
O nome do PAF vem da expressão “Fator Ativador de Plaquetas”, porque na década de 1980 os cientistas descobriram que ele estava associado à coagulação do sangue. “Na verdade, o PAF atua através do seu receptor, que está presente em diversas células do corpo humano, principalmente nas células do sistema imune”, conta o biomédico. “Sabe-se que ele é capaz de gerar sinais inflamatórios, atuando principalmente em casos de asma, sepse e obesidade, entre outras doenças.”
Por ser um receptor do tipo GPCR (Receptor Acoplado à Proteína G), ele é capaz de ativar várias funções dentro das células, estando envolvido principalmente em processos de crescimento e sobrevivência celular. “Como as células tumorais têm um crescimento exagerado, a pesquisa verificou se o receptor do PAF estava envolvido nesse processo”, diz Silva Júnior.
Os experimentos utilizaram várias amostras de culturas de células de tecidos humanos, algumas compostas de células normais e outras provenientes de tumores de carcinoma uterino, de cabeça e pescoço. “Enquanto as células normais expressam pouco o receptor, nos tumores a expressão é alta, sinal de que o PAF participa do processo de crescimento”, aponta o pesquisador. “Quando foi usado um antagonista, ou seja, uma substância que bloqueia o receptor, as células tumorais proliferaram menos. Com base nesse resultado, propomos o uso dos antagonistas do receptor do PAF como adjuvantes da terapia convencional do câncer.”
Fonte: Jornal da USP