Fumo de terceira mão é fator de risco para desenvolvimento de câncer, adverte especialista do A.C.Camargo Cancer Center
Os riscos associados ao tabaco já são amplamente conhecidos. Tanto quem fuma, quanto os fumantes passivos já conhecem bem os malefícios ligados ao cigarro. Mais recentemente, porém, a ciência evidenciou que o chamado thirdhand smoke (fumo de terceira mão) também é fator de risco importante para o desenvolvimento de doenças, dentre elas o câncer.
O conceito de Thirdhand Smoke (THS) refere-se a partículas e substâncias tóxicas do cigarro que se depositam em objetos e permanecem no ambiente no qual a pessoa fumou. “Esses compostos permanecem no ambiente mesmo após a dissipação da fumaça, impregnadas em roupas, tapetes, carpetes e outros objetos”, alerta o cirurgião oncologista e diretor do Departamento de Pulmão e Tórax do A.C.Camargo, Jefferson Luiz Gross.
Um estudo publicado na revista científica Pediatrics por pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute, entrevistou 2 mil pessoas sobre fumo, fumo passivo e fumo de terceira mão. O trabalho apontou que embora reconheça os males do fumo passivo, uma grande parcela da população, principalmente os fumantes, ignora que o fumo de terceira mão seja prejudicial para a saúde dos não-fumantes.
O estudo evidenciou que a combinação de toxinas que adere por horas ou mesmo dias aos carpetes, sofás, tecidos e outros objetos, em ambientes frequentados por fumantes, é prejudicial à saúde, com danos maiores, inclusive, para bebês e crianças. Segundo os autores, em crianças os efeitos são mais graves pelo fato de que o cérebro em desenvolvimento é mais sensível aos níveis de toxinas. Além disso, os bebês e crianças estão mais próximos do chão e de outras superfícies onde as toxinas se depositam.
Dia Mundial Sem Tabaco – Em meio a esse cenário e em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, o A.C.Camargo Cancer Center apóia a campanha global liderada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo lema é “O tabaco ameaça todos nós”. É uma campanha na qual o propósito é explorar a ideia de que o tabaco ameaça o desenvolvimento sustentável de todos os países, desde a produção até o consumo. De acordo com a entidade, o tabagismo resulta em mais de 7 milhões de mortes anuais no mundo e, caso não sejam intensificadas as ações antifumo com engajamento de todos os setores da sociedade, esse número saltará para uma média anual de 8 milhões de mortes até 2030.
Jefferson Luiz Gross adverte que não existe consumo seguro de tabaco, seja ele por meio de qualquer forma ou quantidade de cigarro, cachimbo, charuto, narguilé, incluindo o contato passivo ou de terceira mão. “No âmbito geral, o tabagismo é causa de um entre três casos de câncer. Se vivêssemos em um mundo sem tabaco, muitas mortes seriam evitadas. Todos nós somos responsáveis por combater o fumo e precisamos nos engajar nesse movimento”, convoca o especialista.
Fonte: A.C. Camargo
Os riscos associados ao tabaco já são amplamente conhecidos. Tanto quem fuma, quanto os fumantes passivos já conhecem bem os malefícios ligados ao cigarro. Mais recentemente, porém, a ciência evidenciou que o chamado thirdhand smoke (fumo de terceira mão) também é fator de risco importante para o desenvolvimento de doenças, dentre elas o câncer.
O conceito de Thirdhand Smoke (THS) refere-se a partículas e substâncias tóxicas do cigarro que se depositam em objetos e permanecem no ambiente no qual a pessoa fumou. “Esses compostos permanecem no ambiente mesmo após a dissipação da fumaça, impregnadas em roupas, tapetes, carpetes e outros objetos”, alerta o cirurgião oncologista e diretor do Departamento de Pulmão e Tórax do A.C.Camargo, Jefferson Luiz Gross.
Um estudo publicado na revista científica Pediatrics por pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute, entrevistou 2 mil pessoas sobre fumo, fumo passivo e fumo de terceira mão. O trabalho apontou que embora reconheça os males do fumo passivo, uma grande parcela da população, principalmente os fumantes, ignora que o fumo de terceira mão seja prejudicial para a saúde dos não-fumantes.
O estudo evidenciou que a combinação de toxinas que adere por horas ou mesmo dias aos carpetes, sofás, tecidos e outros objetos, em ambientes frequentados por fumantes, é prejudicial à saúde, com danos maiores, inclusive, para bebês e crianças. Segundo os autores, em crianças os efeitos são mais graves pelo fato de que o cérebro em desenvolvimento é mais sensível aos níveis de toxinas. Além disso, os bebês e crianças estão mais próximos do chão e de outras superfícies onde as toxinas se depositam.
Dia Mundial Sem Tabaco – Em meio a esse cenário e em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, o A.C.Camargo Cancer Center apóia a campanha global liderada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo lema é “O tabaco ameaça todos nós”. É uma campanha na qual o propósito é explorar a ideia de que o tabaco ameaça o desenvolvimento sustentável de todos os países, desde a produção até o consumo. De acordo com a entidade, o tabagismo resulta em mais de 7 milhões de mortes anuais no mundo e, caso não sejam intensificadas as ações antifumo com engajamento de todos os setores da sociedade, esse número saltará para uma média anual de 8 milhões de mortes até 2030.
Jefferson Luiz Gross adverte que não existe consumo seguro de tabaco, seja ele por meio de qualquer forma ou quantidade de cigarro, cachimbo, charuto, narguilé, incluindo o contato passivo ou de terceira mão. “No âmbito geral, o tabagismo é causa de um entre três casos de câncer. Se vivêssemos em um mundo sem tabaco, muitas mortes seriam evitadas. Todos nós somos responsáveis por combater o fumo e precisamos nos engajar nesse movimento”, convoca o especialista.
Fonte: A.C. Camargo