Hepatites virais podem evoluir para câncer no fígado

Hepatites virais podem evoluir para câncer no fígado

Vacinação contra hepatite B é aliada fundamental para evitar o câncer no fígado
 

O Dia Mundial de Combate as Hepatites Virais foi criado em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e leva a data de 28 de julho como marco para iniciar as campanhas de conscientização e prevenção aos diferentes tipos (A, B, C, D e E) da doença. Novos dados divulgados pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), em 2022, mostram que, a cada ano, há 10 mil novas infecções por hepatite B e 23 mil mortes. Para a hepatite C, há 67 mil novas infecções e 84 mil mortes somente na região das américas. No Brasil, para 2023, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima que cerca de 10.700 novos casos de câncer no fígado sejam registrados, a doença pode estar associada as infecções crônicas caudas por hepatites virais.

Um dos principais riscos relacionados a infecção crônica por hepatites virais dos tipos B, C e D é a evolução à cirrose que pode, futuramente, se tornar um câncer de fígado (hepatocarcinomas e colangiocarcinomas). Esses tipos de hepatite podem ser transmitidos de pessoa para pessoa por meio do uso de agulhas contaminadas, sexo sem proteção, parto, transfusões de sangue ou materiais contaminados com sangue como alicates de unha. Por isso, evitar o contato e compartilhamento destes itens é fundamental para a prevenção. “Poucas pessoas se atentam ao fato de que cuidados simples do dia a dia como seguir o calendário de vacinação e fazer sexo seguro podem influenciar na sua saúde e prevenir uma série de doenças, inclusive o câncer. Por isso é da maior importância que essas informações cheguem no maior número de pessoas”, acrescenta o Líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto, Dr Felipe Coimbra.

Além disso, a vacinação é outro aliado fundamental. Apesar de não existir imunização para os tipos C, D e E, desde os anos 1990, a vacinação contra a hepatite B faz parte do calendário de vacinas do Ministério da Saúde para crianças e profissionais de saúde. A vacina protege não apenas contra o aparecimento de tumores no fígado, mas também ante doenças precursoras como a cirrose e a fibrose hepática. 

Hepatite crônica

Está relacionada às infecções pelos vírus B, C e D. O diagnóstico de cronicidade é estabelecido quando persiste a detecção do vírus por mais de seis meses após a infecção inicial.

Pode cursar de forma silenciosa, contudo o vírus ainda pode ser transmitido, o que constitui fator importante para a propagação da doença.

No longo prazo, os indivíduos infectados cronicamente tendem a ter agravamento da doença hepática. Os casos crônicos podem evoluir com desenvolvimento de fibrose, cirrose hepática e suas complicações, como o carcinoma hepatocelular.
 

Dr. Felipe Coimbra
“Poucas pessoas se atentam ao fato de que cuidados simples do dia a dia como seguir o calendário de vacinação e fazer sexo seguro podem influenciar na sua saúde e prevenir uma série de doenças, inclusive o câncer”    Dr. Felipe Coimbra

O ABCDE da hepatite

Hepatite A
Formas de contágio: por água e alimentos contaminados, assim, verifique sempre a procedência deles e lave-os bem. O tipo A também pode vir em relações sexuais, devido a resquícios de fezes não evidentes a olho nu.

Sinais e sintomas: febre, mal-estar, náusea, vômito, dor abdominal e olhos amarelados.
Vacina: para crianças menores de 5 anos e pessoas com alguma doença no fígado.
Cura: quase sempre o próprio corpo elimina a hepatite A no período de dois a seis meses. 
Pode virar câncer de fígado: não. 

Hepatite B
Formas de contágio: pelo sexo sem proteção, pois o vírus passa pelas secreções genitais de ambos os sexos. Também pode ocorrer se o sangue de alguém infectado entrar em contato com o de outra pessoa – por exemplo, se a manicure não esteriliza seus instrumentos, além de seringas compartilhadas, tatuagem, piercing etc.
Sinais e sintomas: urina escura, fezes claras, náuseas, vômitos e dores abdominais. 
Vacina: sim.
Cura: pode acontecer espontaneamente, graças ao sistema de defesa do organismo, ou se tornar uma infecção crônica. Deve-se tomar medicamentos para aliviar os sintomas e atenuar o risco de complicações no fígado – às vezes, o quadro pode se agravar e culminar no transplante do órgão.
Pode virar câncer no fígado: sim. 

Hepatite C
Formas de contágio: pelo sangue contaminado e por relações sexuais, assim como a B. Também pode acontecer de forma perinatal, ou seja, de mãe para filho durante a gravidez ou o parto.
Sinais e sintomas: é silenciosa na maioria dos casos, mesmo quando o fígado já está bastante afetado. Em estágios mais avançados, pode haver barriga d’água, vômitos, pele amarelada (icterícia), dores musculares e muito cansaço.
Vacina: não há. 
Cura: sim, em mais de 90% dos casos, desde que o paciente siga corretamente o tratamento.
Pode virar câncer de fígado: sim. 

Hepatite D
Formas de contágio: pelo contato com sangue contaminado e por relações sexuais, assim como a B e a C. Também pode ocorrer de forma vertical. O indivíduo precisa estar infectado também pelo vírus da hepatite B para que a hepatite D se desenvolva.
Vacina: não há.
Cura: entre 30 e 95% dos casos, a cura se dá pelo sistema imune no momento da infecção. Caso torne-se crônica, não há tratamento curativo.
Pode virar câncer de fígado: sim.

Hepatite E
Formas de contágio: por água e alimentos contaminados, assim como a hepatite A.
Vacina: não há.
Cura: sim, é eliminada pela imunidade. Não há relato de infecção crônica. Em gestantes, porém, a hepatite é mais grave.
Pode virar câncer no fígado: não.

 

Fonte: A.C Camargo

Vacinação contra hepatite B é aliada fundamental para evitar o câncer no fígado
 

O Dia Mundial de Combate as Hepatites Virais foi criado em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e leva a data de 28 de julho como marco para iniciar as campanhas de conscientização e prevenção aos diferentes tipos (A, B, C, D e E) da doença. Novos dados divulgados pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), em 2022, mostram que, a cada ano, há 10 mil novas infecções por hepatite B e 23 mil mortes. Para a hepatite C, há 67 mil novas infecções e 84 mil mortes somente na região das américas. No Brasil, para 2023, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima que cerca de 10.700 novos casos de câncer no fígado sejam registrados, a doença pode estar associada as infecções crônicas caudas por hepatites virais.

Um dos principais riscos relacionados a infecção crônica por hepatites virais dos tipos B, C e D é a evolução à cirrose que pode, futuramente, se tornar um câncer de fígado (hepatocarcinomas e colangiocarcinomas). Esses tipos de hepatite podem ser transmitidos de pessoa para pessoa por meio do uso de agulhas contaminadas, sexo sem proteção, parto, transfusões de sangue ou materiais contaminados com sangue como alicates de unha. Por isso, evitar o contato e compartilhamento destes itens é fundamental para a prevenção. “Poucas pessoas se atentam ao fato de que cuidados simples do dia a dia como seguir o calendário de vacinação e fazer sexo seguro podem influenciar na sua saúde e prevenir uma série de doenças, inclusive o câncer. Por isso é da maior importância que essas informações cheguem no maior número de pessoas”, acrescenta o Líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto, Dr Felipe Coimbra.

Além disso, a vacinação é outro aliado fundamental. Apesar de não existir imunização para os tipos C, D e E, desde os anos 1990, a vacinação contra a hepatite B faz parte do calendário de vacinas do Ministério da Saúde para crianças e profissionais de saúde. A vacina protege não apenas contra o aparecimento de tumores no fígado, mas também ante doenças precursoras como a cirrose e a fibrose hepática. 

Hepatite crônica

Está relacionada às infecções pelos vírus B, C e D. O diagnóstico de cronicidade é estabelecido quando persiste a detecção do vírus por mais de seis meses após a infecção inicial.

Pode cursar de forma silenciosa, contudo o vírus ainda pode ser transmitido, o que constitui fator importante para a propagação da doença.

No longo prazo, os indivíduos infectados cronicamente tendem a ter agravamento da doença hepática. Os casos crônicos podem evoluir com desenvolvimento de fibrose, cirrose hepática e suas complicações, como o carcinoma hepatocelular.
 

Dr. Felipe Coimbra
“Poucas pessoas se atentam ao fato de que cuidados simples do dia a dia como seguir o calendário de vacinação e fazer sexo seguro podem influenciar na sua saúde e prevenir uma série de doenças, inclusive o câncer”    Dr. Felipe Coimbra

O ABCDE da hepatite

Hepatite A
Formas de contágio: por água e alimentos contaminados, assim, verifique sempre a procedência deles e lave-os bem. O tipo A também pode vir em relações sexuais, devido a resquícios de fezes não evidentes a olho nu.

Sinais e sintomas: febre, mal-estar, náusea, vômito, dor abdominal e olhos amarelados.
Vacina: para crianças menores de 5 anos e pessoas com alguma doença no fígado.
Cura: quase sempre o próprio corpo elimina a hepatite A no período de dois a seis meses. 
Pode virar câncer de fígado: não. 

Hepatite B
Formas de contágio: pelo sexo sem proteção, pois o vírus passa pelas secreções genitais de ambos os sexos. Também pode ocorrer se o sangue de alguém infectado entrar em contato com o de outra pessoa – por exemplo, se a manicure não esteriliza seus instrumentos, além de seringas compartilhadas, tatuagem, piercing etc.
Sinais e sintomas: urina escura, fezes claras, náuseas, vômitos e dores abdominais. 
Vacina: sim.
Cura: pode acontecer espontaneamente, graças ao sistema de defesa do organismo, ou se tornar uma infecção crônica. Deve-se tomar medicamentos para aliviar os sintomas e atenuar o risco de complicações no fígado – às vezes, o quadro pode se agravar e culminar no transplante do órgão.
Pode virar câncer no fígado: sim. 

Hepatite C
Formas de contágio: pelo sangue contaminado e por relações sexuais, assim como a B. Também pode acontecer de forma perinatal, ou seja, de mãe para filho durante a gravidez ou o parto.
Sinais e sintomas: é silenciosa na maioria dos casos, mesmo quando o fígado já está bastante afetado. Em estágios mais avançados, pode haver barriga d’água, vômitos, pele amarelada (icterícia), dores musculares e muito cansaço.
Vacina: não há. 
Cura: sim, em mais de 90% dos casos, desde que o paciente siga corretamente o tratamento.
Pode virar câncer de fígado: sim. 

Hepatite D
Formas de contágio: pelo contato com sangue contaminado e por relações sexuais, assim como a B e a C. Também pode ocorrer de forma vertical. O indivíduo precisa estar infectado também pelo vírus da hepatite B para que a hepatite D se desenvolva.
Vacina: não há.
Cura: entre 30 e 95% dos casos, a cura se dá pelo sistema imune no momento da infecção. Caso torne-se crônica, não há tratamento curativo.
Pode virar câncer de fígado: sim.

Hepatite E
Formas de contágio: por água e alimentos contaminados, assim como a hepatite A.
Vacina: não há.
Cura: sim, é eliminada pela imunidade. Não há relato de infecção crônica. Em gestantes, porém, a hepatite é mais grave.
Pode virar câncer no fígado: não.

 

Fonte: A.C Camargo