Hospital Evangélico promove Semana Nacional de Doação de Órgãos

Hospital Evangélico promove Semana Nacional de Doação de Órgãos

 

No último domingo (09) o Brasil recebeu a notícia da morte do Sr. Wagner Domingues Costa, mais conhecido como o cantor de Funk Mr. Catra, vítima de um câncer gástrico, aos 49 anos. Agora sua companheira Silvia Regina autorizou a retira das córneas do cantor para doação, honrando o pedido feito em vida. Apesar do amplo desejo de ajudar ao próximo, o cantor somente poderá beneficiar uma pessoa com as córneas uma vez que sua morte ocorreu de falência múltipla dos órgãos.

Essa atitude deixou não somente a Silvia, mas a todos nós orgulhosos uma vez que a doação de órgãos é um muito difícil de ser aceito pelas famílias de ente querido recém falecido “Muitos declaram que querem o corpo íntegro, mas a doação não interfere uma vez que os olhos ficam fechados durante o velório”, explicou a enfermeira Tamara Pagotto, que atua na Comissão Intra Hospitalar de Doação de órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Evangélico.

No ano de 2017, das 73 famílias entrevistadas cujos entes faleceram no HECI e que tinham indicação para doação, apenas 15 concordaram doar.  “Há muito desconhecimento sobre o assunto. Às vezes a família não sabia da intenção do ente em ser um doar ou não entende que a doação aquele órgão não atrasa a liberação e que não descaracteriza o corpo”, disse.

Por isso é muito importante expressar seus desejos ainda em vida. “Antigamente vinha expressa em documentos como o RG ou a carteira de motorista. Isso não existe mais, então é importante que o paciente manifeste isso para a família enquanto ainda se está vivo”, comenta Tamara.

O prazo entre o óbito do paciente e a captação propriamente dita é de seis horas, então essa abordagem à família deve ser feita com todo cuidado, porém com certa rapidez uma vez que passado este prazo, não é possível mais ser feita. O transplante é um tratamento que pode salvar e/ ou melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas e por isso é tão importante.

A semana

Para chamar atenção para a conscientização desta causa e celebrar o Dia Nacional do Doador de Órgãos em 27 de setembro, o Hospital Evangélico realiza, entre os dias 24 e 28 de setembro, a sua Semana Nacional do Doador de órgãos com uma programação voltada para a divulgação e aos ensinamentos. A equipe da CIHDOTT vai percorrer o hospital fazendo uma panfletagem e conversando com os usuários e também com os colaboradores explicando o papel do setor e mostrando a importância da doação de órgãos. Também acontecem duas palestras, uma com a psicóloga Emanuelle Ervatti que falará do ponto de vista da psicologia sobre a abordagem familiar e o médico neurologista explicar todas as nuances que envolvem a morte encefálica.

A doação

 A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnostico que levou à morte clínica e tipo sanguíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação a não ser portadores de HIV e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão. Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre indicado pela Central de Transplantes. A não ser no caso de doação em vida.Nem todas as pessoas que evoluem para óbito são indicadas a serem doadoras. A Enfermeira Tamara explica que alguns tipos de câncer, como o de mama não aceitam a doação.

Há três tipos de doador: por morte encefálica (ME), por parada cardiorrespiratória (PCR) e o doador em vida. O PCR doa somente córneas. Em vida, pode-se doar fígado, medula óssea, pulmão e rim. O óbito por ME tem uma gama maior de órgãos que podem ser doados, inclusive o coração, os ossos e a pele.  Atualmente 78 pessoas aguardam na fila por um transplante de córneas somente no Estado do Espirito Santo.

CIHDOTT

Implantado em 2011, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (HECI) se tornou referência em captação de córneas sendo o segundo no Estado do Espirito Santo. Em 2017, com a chegada da neurocirurgia, se tornou capacitada a captar também múltiplos órgãos. “Os números ainda são pequenos pois nossas maiores referências são cardíacas e oncologia e a doação de múltiplo órgãos é feita para pacientes com morte encefálica, o que acontece com que sofre AVC isquêmico, AVC hemorrágico ou traumatismo craniano”, explica Tamara.

A CIHDOTT é composta por cinco membros (o médico Fernando Schwan, a enfermeira Tamara Pagotto, a psicóloga Emanuelle Ervatti, a Assistente Social Marcelle Bandeira – atualmente em licença, substituída por Maitê Pecine e a secretária Tatiana Lucas). Todos os meses eles se reúnem para definir ações para a conscientização da população. Dentre as atribuições diárias da Comissão, estão a busca ativa por óbitos e analise de indicação de possível doador e passível com a verificação de parâmetros e se há evolução para morte encefálica.

Também realizam a capacitação da equipe de enfermagem sobre as notificações, abertura e abordagem familiar e, quando solicitador, fazem divulgação externa em escolas, faculdades e empresas, ensinando sobre o conceito de doação de órgãos e sobre o doador. “Essa propaganda é muito importante para ajudar na conscientização na hora do óbito pois é essa aceitação familiar que faz a doação possível” disse a enfermeira Tamara. Quem quiser, pode chamar a CIHDOTT para realizar uma palestra. Basta ligar para 3526-6307 e agendar o melhor dia.

 

No último domingo (09) o Brasil recebeu a notícia da morte do Sr. Wagner Domingues Costa, mais conhecido como o cantor de Funk Mr. Catra, vítima de um câncer gástrico, aos 49 anos. Agora sua companheira Silvia Regina autorizou a retira das córneas do cantor para doação, honrando o pedido feito em vida. Apesar do amplo desejo de ajudar ao próximo, o cantor somente poderá beneficiar uma pessoa com as córneas uma vez que sua morte ocorreu de falência múltipla dos órgãos.

Essa atitude deixou não somente a Silvia, mas a todos nós orgulhosos uma vez que a doação de órgãos é um muito difícil de ser aceito pelas famílias de ente querido recém falecido “Muitos declaram que querem o corpo íntegro, mas a doação não interfere uma vez que os olhos ficam fechados durante o velório”, explicou a enfermeira Tamara Pagotto, que atua na Comissão Intra Hospitalar de Doação de órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Evangélico.

No ano de 2017, das 73 famílias entrevistadas cujos entes faleceram no HECI e que tinham indicação para doação, apenas 15 concordaram doar.  “Há muito desconhecimento sobre o assunto. Às vezes a família não sabia da intenção do ente em ser um doar ou não entende que a doação aquele órgão não atrasa a liberação e que não descaracteriza o corpo”, disse.

Por isso é muito importante expressar seus desejos ainda em vida. “Antigamente vinha expressa em documentos como o RG ou a carteira de motorista. Isso não existe mais, então é importante que o paciente manifeste isso para a família enquanto ainda se está vivo”, comenta Tamara.

O prazo entre o óbito do paciente e a captação propriamente dita é de seis horas, então essa abordagem à família deve ser feita com todo cuidado, porém com certa rapidez uma vez que passado este prazo, não é possível mais ser feita. O transplante é um tratamento que pode salvar e/ ou melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas e por isso é tão importante.

A semana

Para chamar atenção para a conscientização desta causa e celebrar o Dia Nacional do Doador de Órgãos em 27 de setembro, o Hospital Evangélico realiza, entre os dias 24 e 28 de setembro, a sua Semana Nacional do Doador de órgãos com uma programação voltada para a divulgação e aos ensinamentos. A equipe da CIHDOTT vai percorrer o hospital fazendo uma panfletagem e conversando com os usuários e também com os colaboradores explicando o papel do setor e mostrando a importância da doação de órgãos. Também acontecem duas palestras, uma com a psicóloga Emanuelle Ervatti que falará do ponto de vista da psicologia sobre a abordagem familiar e o médico neurologista explicar todas as nuances que envolvem a morte encefálica.

A doação

 A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnostico que levou à morte clínica e tipo sanguíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação a não ser portadores de HIV e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão. Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre indicado pela Central de Transplantes. A não ser no caso de doação em vida.Nem todas as pessoas que evoluem para óbito são indicadas a serem doadoras. A Enfermeira Tamara explica que alguns tipos de câncer, como o de mama não aceitam a doação.

Há três tipos de doador: por morte encefálica (ME), por parada cardiorrespiratória (PCR) e o doador em vida. O PCR doa somente córneas. Em vida, pode-se doar fígado, medula óssea, pulmão e rim. O óbito por ME tem uma gama maior de órgãos que podem ser doados, inclusive o coração, os ossos e a pele.  Atualmente 78 pessoas aguardam na fila por um transplante de córneas somente no Estado do Espirito Santo.

CIHDOTT

Implantado em 2011, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim (HECI) se tornou referência em captação de córneas sendo o segundo no Estado do Espirito Santo. Em 2017, com a chegada da neurocirurgia, se tornou capacitada a captar também múltiplos órgãos. “Os números ainda são pequenos pois nossas maiores referências são cardíacas e oncologia e a doação de múltiplo órgãos é feita para pacientes com morte encefálica, o que acontece com que sofre AVC isquêmico, AVC hemorrágico ou traumatismo craniano”, explica Tamara.

A CIHDOTT é composta por cinco membros (o médico Fernando Schwan, a enfermeira Tamara Pagotto, a psicóloga Emanuelle Ervatti, a Assistente Social Marcelle Bandeira – atualmente em licença, substituída por Maitê Pecine e a secretária Tatiana Lucas). Todos os meses eles se reúnem para definir ações para a conscientização da população. Dentre as atribuições diárias da Comissão, estão a busca ativa por óbitos e analise de indicação de possível doador e passível com a verificação de parâmetros e se há evolução para morte encefálica.

Também realizam a capacitação da equipe de enfermagem sobre as notificações, abertura e abordagem familiar e, quando solicitador, fazem divulgação externa em escolas, faculdades e empresas, ensinando sobre o conceito de doação de órgãos e sobre o doador. “Essa propaganda é muito importante para ajudar na conscientização na hora do óbito pois é essa aceitação familiar que faz a doação possível” disse a enfermeira Tamara. Quem quiser, pode chamar a CIHDOTT para realizar uma palestra. Basta ligar para 3526-6307 e agendar o melhor dia.