Imunoterapia foi eleita este ano o maior avanço contra o câncer

Imunoterapia foi eleita este ano o maior avanço contra o câncer

Que a imunoterapia é uma revolução, não há dúvida. A técnica estimula o organismo do paciente a identificar as células cancerosas e atacá-las, por meio de drogas que modificam a resposta imunológica. Isto é, em vez de mirar o câncer, os remédios imunoterápicos dão um “empurrão” nas nossas defesas para que elas mesmas detectem a doença. O que anima ainda mais a comunidade médica é a descoberta, de cinco anos para cá, que muitos tipos de câncer podem ser tratados usando essa lógica. Além disso, essa terapia representa esperança para pacientes que, antes dela, não encontravam opções de tratamento — seja porque a doença está em estágio avançado demais, seja porque já se espalhou por outros órgãos.

Apenas no ano passado, foram descobertas seis novas aplicações da imunoterapia: para câncer de cabeça e pescoço, linfoma de Hodgkin, pulmão, bexiga e câncer de mama triplo negativo — até então considerada uma doença com alto risco de reincidir nos três primeiros anos após o diagnóstico inicial. Para os tumores malignos de bexiga, esse é o primeiro tratamento eficaz em três décadas.

Não à toa, essa classe de remédios foi eleita, no início de 2017, o maior avanço do ano contra o câncer pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês).

— Considero a imunoterapia como o grande progresso da oncologia não só do último ano, mas dos últimos cinco anos. Ela gera uma revolução na forma como entendemos o tratamento do câncer — ressalta Carlos Gil Ferreira, diretor institucional do Grupo Oncologia D’Or. — Mas é bom que fique claro que a imunoterapia que conhecemos hoje é só um primeiro estágio. Ela será seguida por uma geração ainda mais potente de medicamentos.

Segundo Daniel Tabak, diretor médico do Centro de Tratamento Oncológico (Centron), estudos mostram que 60% dos pacientes com linfoma de Hodgkin, por exemplo, conseguiram resposta com tratamento imunoterápico. E é sabido que um terço de todos os pacientes com câncer de pulmão alcança a regressão da doença com imunoterapia.

— Pessoas que já passaram por transplantes e outros tratamentos que falharam têm, finalmente, uma chance. Isso é extraordinário.

Fonte: O Globo

Que a imunoterapia é uma revolução, não há dúvida. A técnica estimula o organismo do paciente a identificar as células cancerosas e atacá-las, por meio de drogas que modificam a resposta imunológica. Isto é, em vez de mirar o câncer, os remédios imunoterápicos dão um “empurrão” nas nossas defesas para que elas mesmas detectem a doença. O que anima ainda mais a comunidade médica é a descoberta, de cinco anos para cá, que muitos tipos de câncer podem ser tratados usando essa lógica. Além disso, essa terapia representa esperança para pacientes que, antes dela, não encontravam opções de tratamento — seja porque a doença está em estágio avançado demais, seja porque já se espalhou por outros órgãos.

Apenas no ano passado, foram descobertas seis novas aplicações da imunoterapia: para câncer de cabeça e pescoço, linfoma de Hodgkin, pulmão, bexiga e câncer de mama triplo negativo — até então considerada uma doença com alto risco de reincidir nos três primeiros anos após o diagnóstico inicial. Para os tumores malignos de bexiga, esse é o primeiro tratamento eficaz em três décadas.

Não à toa, essa classe de remédios foi eleita, no início de 2017, o maior avanço do ano contra o câncer pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês).

— Considero a imunoterapia como o grande progresso da oncologia não só do último ano, mas dos últimos cinco anos. Ela gera uma revolução na forma como entendemos o tratamento do câncer — ressalta Carlos Gil Ferreira, diretor institucional do Grupo Oncologia D’Or. — Mas é bom que fique claro que a imunoterapia que conhecemos hoje é só um primeiro estágio. Ela será seguida por uma geração ainda mais potente de medicamentos.

Segundo Daniel Tabak, diretor médico do Centro de Tratamento Oncológico (Centron), estudos mostram que 60% dos pacientes com linfoma de Hodgkin, por exemplo, conseguiram resposta com tratamento imunoterápico. E é sabido que um terço de todos os pacientes com câncer de pulmão alcança a regressão da doença com imunoterapia.

— Pessoas que já passaram por transplantes e outros tratamentos que falharam têm, finalmente, uma chance. Isso é extraordinário.

Fonte: O Globo