Jornada Científica do IBCC Oncologia debate sarcopenia

Jornada Científica do IBCC Oncologia debate sarcopenia

Especialistas reforçam a importância de uma boa estrutura de massa muscular para melhor resultado no tratamento oncológico

Na abertura da Jornada Científica do IBCC Oncologia 2019, realizada no Teatro do Sesc Belenzinho, a diretora executiva em exercício do IBCC Oncologia, Fernanda de Luca, destacou a importância da união de conhecimentos práticos e teóricos dos profissionais para o dia a dia no tratamento do paciente com câncer. “São eventos que oferecem atualização e integração de informações para que possamos trabalhar ações com o paciente de maneira mais assertiva e ampla”, disse.

A equipe multidisciplinar precisa ter determinação e autocritica todos os dias para cuidar do paciente com câncer. A ideia da Jornada é trazer à discussão como deve ser a atuação da equipe multidisciplinar para uma assistência integral ao paciente”, ressaltou.

Após fazer um resumo sobre a história e a atuação da equipe multidisciplinar e que se tem registro entre 1930 e 1940 ligada à saúde mental, relatou que houve uma evolução nessa área a partir dos anos 1960 com a proposta de um cuidado mais humanizado e amplo, lembrou Luca.

Com o tema “Sarcopenia em Oncologia: da avaliação ao impacto no desfecho do paciente com câncer”, o evento oferecido para farmacêuticos, nutricionistas e outras especialistas da área de saúde, tratou sobre a perda de massa e força na musculatura, principalmente em pacientes que iniciam tratamento contra o câncer.

A nutricionista e gerente de Apoio Técnico do IBCC Oncologia, Thais Cardenas, trouxe informações sobre particularidades do cuidado nutricional, obesidade sarcopênica e necessidade proteico-calórica do paciente oncológico. “Falar de sarcopenia no paciente com câncer não se resume a falar de desnutrição ou caquexia. Precisamos entender que as perdas muscular, de funcionalidade e de performance física são os desafios da equipe multidisciplinar. É preciso saber como diagnosticar e tratar o mais precoce possível, já que pode ter impacto na resposta ao tratamento, principalmente durante a quimioterapia”, disse Thais.

A Jornada foi dividida em 3 blocos e teve pela manhã a moderação do farmacêutico do IBCC, José Anderson Araújo.
Nessa primeira etapa os profissionais de farmácia discutiram principalmente a questão do tratamento farmacológico. A farmacêutica do IBCC Oncologia, Samanta Oliveira, iniciou o debate falando sobre corticoesteróides. O farmacêutico Kaleu Otoni, representante regional do Estado de São Paulo da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia (SOBRAFO) tratou de perda óssea e dores musculares. “É preciso reavaliações de 12 a 24 meses após o início da utilização do remédio para que se avalie a densidade mineral óssea do paciente”, ressaltou Kaleu.

O farmacêutico e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Rodrigo Spineli Macedo, apresentou o painel “Tratamento farmacológico da sarcopenia – Quais as recomendações atuais?” e trouxe os fármacos mais usados e estudos clínicos que mostram evidências e resultados. “Pouca massa magra faz com que o remédio não tenha efeito por causa da pouca quantidade de tecido. Ou seja, quanto mais sarcopênico o paciente estiver pior será a resposta ao tratamento.”, resumiu o professor.

Para encerrar o bloco, a farmacêutica do Hospital Estadual Mario Covas, Daniela Archanjo, destacou a importância da adesão ao tratamento farmacológico por parte do paciente com câncer. Segundo ela, é preciso criar mecanismos de controle para o adequado acompanhamento da pessoa tratada.

Na segunda parte, a coordenadora da Pesquisa Clínica do IBCC Oncologia, Juliana Mauri, conduziu os debates da ação multiprofissional. A coordenadora da equipe multidisciplinar do IBCC, Laís Fonseca, explicou a importância da gestão integral do cuidado, seguida pela fisioterapeuta do AC Camargo Cancer Center, que falou sobre fadiga no câncer e os psicólogos do IBCC, Fábio Gomes e Rachel Righini, comentaram sobre o impacto do diagnóstico e tratamento do paciente com câncer.

O educador físico, doutorando pela Unifesp, explicou como seriam as principais modalidades de treinamento para um paciente com sarcopenia. Maycon Júnior Ferreira deixou claro que não existe uma receita única de treino, mas que se deve avaliar o paciente de forma singular e mesclar treino resistido com treino aeróbico. Para finalizar, a dra. Lilian Morgado, ginecologista do IBCC abordou o que temos na literatura sobre boas práticas em cirurgia e atuação multiprofissional em protocolos multimodais de tratamento. Mostrou a experiência do IBCC em um estudo clínico piloto que está sendo feito com o apoio de toda equipe multidisciplinar do IBCC.

No último bloco que tratou sobre nutrição, a gerente Thais Cardenas moderou a discussão sobre tratamento da sarcopenia. A pesquisadora e nutricionista, Ariana Ferrari, comentou sobre nutrientes e possíveis ações na sarcopenia. Em seguida, a nutricionista Carolina Borba apresentou a visão oriental do tratamento do câncer e mostrou o papel da nutrição integrativa no controle de sintomas comuns durante o tratamento oncológico.
A supervisora de nutrição do AC Camargo Cancer Center, Thais Miola, destacou o uso da avaliação de massa muscular pela tomografia computadorizada. Na mesma linha de ferramentas de avaliação, a coordenadora do Serviço de Nutrição do IBCC, Mariele Marcatto, explanou sobre a experiência da instituição com o uso de ultrassonografia para visualização de quantidade e qualidade do músculo.

A nutricionista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Micheline Souza, mostrou para os participantes como a avaliação por bioimpedância elétrica pode ajudar na discussão de composição corporal. E para encerrar a Jornada, a dra. Renata Meneguetti, pesquisadora do IBCC, falou sobre o impacto da sarcopenia no tratamento do doente, principalmente em quimioterapia.

Especialistas reforçam a importância de uma boa estrutura de massa muscular para melhor resultado no tratamento oncológico

Na abertura da Jornada Científica do IBCC Oncologia 2019, realizada no Teatro do Sesc Belenzinho, a diretora executiva em exercício do IBCC Oncologia, Fernanda de Luca, destacou a importância da união de conhecimentos práticos e teóricos dos profissionais para o dia a dia no tratamento do paciente com câncer. “São eventos que oferecem atualização e integração de informações para que possamos trabalhar ações com o paciente de maneira mais assertiva e ampla”, disse.

A equipe multidisciplinar precisa ter determinação e autocritica todos os dias para cuidar do paciente com câncer. A ideia da Jornada é trazer à discussão como deve ser a atuação da equipe multidisciplinar para uma assistência integral ao paciente”, ressaltou.

Após fazer um resumo sobre a história e a atuação da equipe multidisciplinar e que se tem registro entre 1930 e 1940 ligada à saúde mental, relatou que houve uma evolução nessa área a partir dos anos 1960 com a proposta de um cuidado mais humanizado e amplo, lembrou Luca.

Com o tema “Sarcopenia em Oncologia: da avaliação ao impacto no desfecho do paciente com câncer”, o evento oferecido para farmacêuticos, nutricionistas e outras especialistas da área de saúde, tratou sobre a perda de massa e força na musculatura, principalmente em pacientes que iniciam tratamento contra o câncer.

A nutricionista e gerente de Apoio Técnico do IBCC Oncologia, Thais Cardenas, trouxe informações sobre particularidades do cuidado nutricional, obesidade sarcopênica e necessidade proteico-calórica do paciente oncológico. “Falar de sarcopenia no paciente com câncer não se resume a falar de desnutrição ou caquexia. Precisamos entender que as perdas muscular, de funcionalidade e de performance física são os desafios da equipe multidisciplinar. É preciso saber como diagnosticar e tratar o mais precoce possível, já que pode ter impacto na resposta ao tratamento, principalmente durante a quimioterapia”, disse Thais.

A Jornada foi dividida em 3 blocos e teve pela manhã a moderação do farmacêutico do IBCC, José Anderson Araújo.
Nessa primeira etapa os profissionais de farmácia discutiram principalmente a questão do tratamento farmacológico. A farmacêutica do IBCC Oncologia, Samanta Oliveira, iniciou o debate falando sobre corticoesteróides. O farmacêutico Kaleu Otoni, representante regional do Estado de São Paulo da Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia (SOBRAFO) tratou de perda óssea e dores musculares. “É preciso reavaliações de 12 a 24 meses após o início da utilização do remédio para que se avalie a densidade mineral óssea do paciente”, ressaltou Kaleu.

O farmacêutico e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Rodrigo Spineli Macedo, apresentou o painel “Tratamento farmacológico da sarcopenia – Quais as recomendações atuais?” e trouxe os fármacos mais usados e estudos clínicos que mostram evidências e resultados. “Pouca massa magra faz com que o remédio não tenha efeito por causa da pouca quantidade de tecido. Ou seja, quanto mais sarcopênico o paciente estiver pior será a resposta ao tratamento.”, resumiu o professor.

Para encerrar o bloco, a farmacêutica do Hospital Estadual Mario Covas, Daniela Archanjo, destacou a importância da adesão ao tratamento farmacológico por parte do paciente com câncer. Segundo ela, é preciso criar mecanismos de controle para o adequado acompanhamento da pessoa tratada.

Na segunda parte, a coordenadora da Pesquisa Clínica do IBCC Oncologia, Juliana Mauri, conduziu os debates da ação multiprofissional. A coordenadora da equipe multidisciplinar do IBCC, Laís Fonseca, explicou a importância da gestão integral do cuidado, seguida pela fisioterapeuta do AC Camargo Cancer Center, que falou sobre fadiga no câncer e os psicólogos do IBCC, Fábio Gomes e Rachel Righini, comentaram sobre o impacto do diagnóstico e tratamento do paciente com câncer.

O educador físico, doutorando pela Unifesp, explicou como seriam as principais modalidades de treinamento para um paciente com sarcopenia. Maycon Júnior Ferreira deixou claro que não existe uma receita única de treino, mas que se deve avaliar o paciente de forma singular e mesclar treino resistido com treino aeróbico. Para finalizar, a dra. Lilian Morgado, ginecologista do IBCC abordou o que temos na literatura sobre boas práticas em cirurgia e atuação multiprofissional em protocolos multimodais de tratamento. Mostrou a experiência do IBCC em um estudo clínico piloto que está sendo feito com o apoio de toda equipe multidisciplinar do IBCC.

No último bloco que tratou sobre nutrição, a gerente Thais Cardenas moderou a discussão sobre tratamento da sarcopenia. A pesquisadora e nutricionista, Ariana Ferrari, comentou sobre nutrientes e possíveis ações na sarcopenia. Em seguida, a nutricionista Carolina Borba apresentou a visão oriental do tratamento do câncer e mostrou o papel da nutrição integrativa no controle de sintomas comuns durante o tratamento oncológico.
A supervisora de nutrição do AC Camargo Cancer Center, Thais Miola, destacou o uso da avaliação de massa muscular pela tomografia computadorizada. Na mesma linha de ferramentas de avaliação, a coordenadora do Serviço de Nutrição do IBCC, Mariele Marcatto, explanou sobre a experiência da instituição com o uso de ultrassonografia para visualização de quantidade e qualidade do músculo.

A nutricionista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), Micheline Souza, mostrou para os participantes como a avaliação por bioimpedância elétrica pode ajudar na discussão de composição corporal. E para encerrar a Jornada, a dra. Renata Meneguetti, pesquisadora do IBCC, falou sobre o impacto da sarcopenia no tratamento do doente, principalmente em quimioterapia.