Mitos e verdades sobre o câncer de mama

Mitos e verdades sobre o câncer de mama

Para desmitificar alguns conceitos, confira as dúvidas mais comuns

O câncer de mama é um tumor frequente: até o fim de 2022, são esperados mais de 60 mil novos casos, mas a informação correta é uma arma contra a doença

É tempo de Outubro Rosa, movimento mundial para a conscientização sobre o câncer de mama. A campanha, criada em 1997 nos Estados Unidos, enfatiza a importância de disseminar informações e adotar medidas de prevenção da doença, a fim ajudar as pessoas a terem um diagnóstico precoce, estratégia crucial para o sucesso do tratamento do tumor.

Embora grande parcela da população já tenha ouvido falar sobre a doença, o câncer de mama ainda envolve muito tabu, assim como informações equivocadas.

Para desmitificar alguns conceitos, confira os mitos e verdades mais comuns:

Câncer de mama só aparece em quem tem histórico familiar

Mito. A maioria das mulheres acometidas pelo câncer de mama não tem familiares com a doença. As estimativas mostram que aproximadamente 10 % dos casos têm origem hereditária.

A história familiar, porém, influencia quando o parentesco é de primeiro grau, ou seja, se a mãe, a irmã ou a filha foram diagnosticadas. E ainda mais quando o tumor apareceu antes dos 40 anos. Nessas situações, a mulher deve redobrar a atenção e procurar o médico para a orientação da conduta adequada, inclusive com a realização de rastreamento genético.

Os principais fatores de risco para a doença incluem o tabagismo, a obesidade, o alcoolismo e o envelhecimento. Portanto, algumas medidas preventivas podem começar muito cedo, ainda na infância. Fique atenta! 

Câncer de mama é uma doença só

Mito. São vários os tipos e cada um tem nome e sobrenome. Por essa razão, as respostas às terapias e a evolução da doença são diferentes. Há desde os tumores restritos à mama, até aqueles que escapam para outros tecidos. Existem os que crescem de maneira rápida e os que se desenvolvem lentamente, entre outras peculiaridades.

Graças aos avanços das últimas décadas, hoje também é possível classificar subtipos de acordo com estruturas da superfície celular e que estão envolvidas na divisão e multiplicação de células cancerosas. A partir dessa identificação, o médico elege drogas que agem direto no alvo e barram esse processo.

Amamentar protege contra o câncer de mama

Verdade. Especialmente se a gestação for antes dos 30 anos de idade. Também deve se considerar o período de aleitamento. Há evidências de que quanto mais prolongado, maior a proteção.

Esse elo se dá porque a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, da exposição a certos hormônios femininos que podem estar por trás do surgimento de tumores, caso do estrógeno. 

Ressalte-se que existem vários outros fatores que levam ao câncer e que, infelizmente, para algumas mulheres o fato de amamentar não determina prevenção.

O câncer de mama pode ser causado por um trauma (batida) nos seios

Mito. A batida não é capaz de desencadear o tumor. Não é por causa de um trauma que as células malignas vão se multiplicar de maneira desenfreada.

Entretanto, os machucados e hematomas ajudam despertar a atenção da mulher para essa região do seu corpo. Ela tende a examinar com mais cautela a mama e pode deparar com nódulos já existentes.

Desodorante pode causar câncer de mama 

Mito. Tudo indica que essa história começou por causa da presença de sais de alumínio nas formulações dos antitranspirantes – produtos que inibem a transpiração. Mas a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – assegura que não existe relação entre a substância e o tumor.

Parte dessa crença também se deve ao fato de que os desodorantes são aplicados na axila, região próxima ao tecido mamário. Mas não há dados na literatura científica que comprovem o elo. O mesmo vale para as hastes de metal que sustentam o bojo de alguns sutiãs. Não existe qualquer relação.

Se eu fizer o autoexame todos os meses, não preciso fazer a mamografia 

Mito. Embora seja um aliado para despertar a consciência corporal, o autoexame, na grande maioria das vezes, não é capaz de flagrar o início de um tumor, na fase em que as lesões são muito pequenas. A palpação detecta caroços maiores.

Então, por mais que seja desconfortável, a mamografia é fundamental para o diagnóstico precoce. Ela revela microcalcificações, nódulos menores e outras irregularidades. Toda mulher, após os 40 anos de idade, deve realizar.

Também é importante estar atenta a alguns sinais, como diferenças consideráveis entre o tamanho dos seios, alterações nos mamilos e na pele da mama, inchaços incomuns na área, presença de secreções ou mesmo sangue, entre outros.

Câncer de mama tem cura

Verdade. Aqui muitos fatores devem ser considerados. Um dos mais importantes é o diagnóstico precoce. Quanto menor a lesão identificada, maior a chance de cura. Entretanto, há que se ressaltar as diferenças entre os tipos de tumor. Cada paciente é única.

Também é fundamental destacar, que mesmo para os casos sem cura, os saltos da oncologia e o leque de opções terapêuticas, com medicamentos e tecnologias modernas, permitem o controle da doença e resultam em qualidade de vida.

Dor no seio significa câncer de mama

Mito. Geralmente, nódulos benignos na mama provocam dor ou desconforto, pois costumam ser causados por uma inflamação ou infecção no seio. No entanto, nódulos na mama doloridos também podem ser um indício de tumor na mama.

Tomar qualquer vacina da covid-19 aumenta os seios e pode desencadear em câncer de mama

Mito. A vacina pode causar inchaço nos linfonodos axilares (conhecido como “íngua”), que nada mais é que uma reação à inflamação causada pela injeção. Esse inchaço dos linfonodos é transitório e eles voltam ao normal após um tempo da vacinação. Confira tudo sobre vacinação contra covid-19 e câncer neste especial.

Silicone pode causar câncer e próteses mais antigas podem causar a doença

Mito, considerando o carcinoma, que é o câncer mais comum da mama (mais de 95% dos casos). Próteses de silicone talvez estejam associadas com um tipo de câncer muito raro (chamado de linfoma de grandes células da mama).

Todo caroço na mama é um câncer

Mito. Pelo contrário, nódulos mamários são comuns e a maioria é benigna (ou seja, não são nem viram câncer).

Chás, “gummy bears”, shots da imunidade, remédios e outros “milagres” ajudam a prevenir câncer de mama

Mito. A melhor maneira de prevenir o câncer de mama é ter uma vida saudável, com atividade física regular, dieta pobre em gordura e peso adequado para altura. Existe boa evidência científica que isto reduz o risco de câncer de mama.

Os únicos medicamentos que podem reduzir o risco da doença são os chamados bloqueadores hormonais (como tamoxifeno, por exemplo), mas que devem ser utilizados apenas em casos muito específicos e com indicação médica.

Usar anticoncepcionais desde a infância pode desencadear câncer

Mito. Os anticoncepcionais têm uma dose muito pequena de hormônios, são medicamentos seguros. 

Tristeza, depressão e ansiedade são fatores de risco para o câncer de mama

Mito. Depressão não é um fator de risco para câncer, porém pode atrapalhar na manutenção de uma rotina saudável.

Fonte: A.C Camargo

Para desmitificar alguns conceitos, confira as dúvidas mais comuns

O câncer de mama é um tumor frequente: até o fim de 2022, são esperados mais de 60 mil novos casos, mas a informação correta é uma arma contra a doença

É tempo de Outubro Rosa, movimento mundial para a conscientização sobre o câncer de mama. A campanha, criada em 1997 nos Estados Unidos, enfatiza a importância de disseminar informações e adotar medidas de prevenção da doença, a fim ajudar as pessoas a terem um diagnóstico precoce, estratégia crucial para o sucesso do tratamento do tumor.

Embora grande parcela da população já tenha ouvido falar sobre a doença, o câncer de mama ainda envolve muito tabu, assim como informações equivocadas.

Para desmitificar alguns conceitos, confira os mitos e verdades mais comuns:

Câncer de mama só aparece em quem tem histórico familiar

Mito. A maioria das mulheres acometidas pelo câncer de mama não tem familiares com a doença. As estimativas mostram que aproximadamente 10 % dos casos têm origem hereditária.

A história familiar, porém, influencia quando o parentesco é de primeiro grau, ou seja, se a mãe, a irmã ou a filha foram diagnosticadas. E ainda mais quando o tumor apareceu antes dos 40 anos. Nessas situações, a mulher deve redobrar a atenção e procurar o médico para a orientação da conduta adequada, inclusive com a realização de rastreamento genético.

Os principais fatores de risco para a doença incluem o tabagismo, a obesidade, o alcoolismo e o envelhecimento. Portanto, algumas medidas preventivas podem começar muito cedo, ainda na infância. Fique atenta! 

Câncer de mama é uma doença só

Mito. São vários os tipos e cada um tem nome e sobrenome. Por essa razão, as respostas às terapias e a evolução da doença são diferentes. Há desde os tumores restritos à mama, até aqueles que escapam para outros tecidos. Existem os que crescem de maneira rápida e os que se desenvolvem lentamente, entre outras peculiaridades.

Graças aos avanços das últimas décadas, hoje também é possível classificar subtipos de acordo com estruturas da superfície celular e que estão envolvidas na divisão e multiplicação de células cancerosas. A partir dessa identificação, o médico elege drogas que agem direto no alvo e barram esse processo.

Amamentar protege contra o câncer de mama

Verdade. Especialmente se a gestação for antes dos 30 anos de idade. Também deve se considerar o período de aleitamento. Há evidências de que quanto mais prolongado, maior a proteção.

Esse elo se dá porque a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, da exposição a certos hormônios femininos que podem estar por trás do surgimento de tumores, caso do estrógeno. 

Ressalte-se que existem vários outros fatores que levam ao câncer e que, infelizmente, para algumas mulheres o fato de amamentar não determina prevenção.

O câncer de mama pode ser causado por um trauma (batida) nos seios

Mito. A batida não é capaz de desencadear o tumor. Não é por causa de um trauma que as células malignas vão se multiplicar de maneira desenfreada.

Entretanto, os machucados e hematomas ajudam despertar a atenção da mulher para essa região do seu corpo. Ela tende a examinar com mais cautela a mama e pode deparar com nódulos já existentes.

Desodorante pode causar câncer de mama 

Mito. Tudo indica que essa história começou por causa da presença de sais de alumínio nas formulações dos antitranspirantes – produtos que inibem a transpiração. Mas a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – assegura que não existe relação entre a substância e o tumor.

Parte dessa crença também se deve ao fato de que os desodorantes são aplicados na axila, região próxima ao tecido mamário. Mas não há dados na literatura científica que comprovem o elo. O mesmo vale para as hastes de metal que sustentam o bojo de alguns sutiãs. Não existe qualquer relação.

Se eu fizer o autoexame todos os meses, não preciso fazer a mamografia 

Mito. Embora seja um aliado para despertar a consciência corporal, o autoexame, na grande maioria das vezes, não é capaz de flagrar o início de um tumor, na fase em que as lesões são muito pequenas. A palpação detecta caroços maiores.

Então, por mais que seja desconfortável, a mamografia é fundamental para o diagnóstico precoce. Ela revela microcalcificações, nódulos menores e outras irregularidades. Toda mulher, após os 40 anos de idade, deve realizar.

Também é importante estar atenta a alguns sinais, como diferenças consideráveis entre o tamanho dos seios, alterações nos mamilos e na pele da mama, inchaços incomuns na área, presença de secreções ou mesmo sangue, entre outros.

Câncer de mama tem cura

Verdade. Aqui muitos fatores devem ser considerados. Um dos mais importantes é o diagnóstico precoce. Quanto menor a lesão identificada, maior a chance de cura. Entretanto, há que se ressaltar as diferenças entre os tipos de tumor. Cada paciente é única.

Também é fundamental destacar, que mesmo para os casos sem cura, os saltos da oncologia e o leque de opções terapêuticas, com medicamentos e tecnologias modernas, permitem o controle da doença e resultam em qualidade de vida.

Dor no seio significa câncer de mama

Mito. Geralmente, nódulos benignos na mama provocam dor ou desconforto, pois costumam ser causados por uma inflamação ou infecção no seio. No entanto, nódulos na mama doloridos também podem ser um indício de tumor na mama.

Tomar qualquer vacina da covid-19 aumenta os seios e pode desencadear em câncer de mama

Mito. A vacina pode causar inchaço nos linfonodos axilares (conhecido como “íngua”), que nada mais é que uma reação à inflamação causada pela injeção. Esse inchaço dos linfonodos é transitório e eles voltam ao normal após um tempo da vacinação. Confira tudo sobre vacinação contra covid-19 e câncer neste especial.

Silicone pode causar câncer e próteses mais antigas podem causar a doença

Mito, considerando o carcinoma, que é o câncer mais comum da mama (mais de 95% dos casos). Próteses de silicone talvez estejam associadas com um tipo de câncer muito raro (chamado de linfoma de grandes células da mama).

Todo caroço na mama é um câncer

Mito. Pelo contrário, nódulos mamários são comuns e a maioria é benigna (ou seja, não são nem viram câncer).

Chás, “gummy bears”, shots da imunidade, remédios e outros “milagres” ajudam a prevenir câncer de mama

Mito. A melhor maneira de prevenir o câncer de mama é ter uma vida saudável, com atividade física regular, dieta pobre em gordura e peso adequado para altura. Existe boa evidência científica que isto reduz o risco de câncer de mama.

Os únicos medicamentos que podem reduzir o risco da doença são os chamados bloqueadores hormonais (como tamoxifeno, por exemplo), mas que devem ser utilizados apenas em casos muito específicos e com indicação médica.

Usar anticoncepcionais desde a infância pode desencadear câncer

Mito. Os anticoncepcionais têm uma dose muito pequena de hormônios, são medicamentos seguros. 

Tristeza, depressão e ansiedade são fatores de risco para o câncer de mama

Mito. Depressão não é um fator de risco para câncer, porém pode atrapalhar na manutenção de uma rotina saudável.

Fonte: A.C Camargo