Nove em cada dez cânceres são causados pelo estilo de vida

Nove em cada dez cânceres são causados pelo estilo de vida

Fatores ambientais e externos, tais como fumar, beber, exposição solar e poluição do ar são principais causas

Até nove em cada dez cânceres são causados por fatores ambientais e externos, tais como fumar, beber, exposição ao sol e poluição do ar, concluiu um novo estudo científico. Pesquisas anteriores sugeriram que mutações celulares aleatórias desempenhavam um papel significativo no desenvolvimento de tumores, uma descoberta apelidada de “hipótese da má sorte”. No entanto, cientistas agora acreditam que influências externas têm um impacto muito maior, o que significa que muitos cânceres podem ser mais evitáveis do que se pensava anteriormente.

Segundo o “Telegraph”, a constatação deve gerar polêmica, pois sugere que as pessoas poderiam reduzir seu risco de contrair câncer se mudassem seu estilo de vida, por exemplo, mantendo-se fora do sol, fazendo exercício ou fumando menos.

Um estatístico britânico disse que os resultados mostraram que entre 70% e 90% dos cânceres não ocorreriam se pudéssemos “eliminar magicamente” todos os fatores de risco externos.

A pesquisa, que foi publicada na revista “Nature”, contraria um estudo publicado no início deste ano que sugeriu que 65% dos tumores eram inevitáveis e causados por erros aleatórios na divisão celular que estão completamente fora de nosso controle.

O novo estudo, da Stony Brook University, em Nova York, sugere que a incidência de câncer é demasiado alta para ser explicada por mutações simples ocorridas na divisão celular. Simplificando, se mutações aleatórias fossem os culpados, haveria muito menos casos de câncer do que realmente acontecem atualmente.

Yusuf Hannun, da Stony Brook University, disse: “Aqui nós fornecemos evidências de que fatores de risco intrínsecos contribuem apenas modestamente para o desenvolvimento do câncer. As taxas de acúmulo de mutações por processos intrínsecos não são suficientes para explicar os riscos de câncer observados”.

CASO DOS IMIGRANTES

Os pesquisadores também analisaram estudos anteriores que demonstraram como imigrantes provenientes de locais de baixa incidência de câncer, ao se mudarem para países com alta incidência da doença em breve desenvolvem as mesmas taxas de ocorrência de tumores, o que sugere que os riscos são ambientais e não biológicos ou genéticos.

Cerca de 75% do risco de câncer colo-retal agora se acredita ser devido à dieta. Da mesma forma, 86% do risco de câncer de pele se deve à exposição ao sol, enquanto 75% da chance de desenvolver câncer de cabeça e pescoço é devida ao tabaco e álcool, de acordo com a nova pesquisa.

Apesar de alguns cânceres raros poderem ser desencadeados por mutações genéticas, as doenças mais prevalentes são causadas por fatores ambientais, concluem os pesquisadores. Eles dizem que é importante que os fatores extrínsecos sejam levados em conta na prevenção e investigação do câncer.

Fonte: O Globo

Fatores ambientais e externos, tais como fumar, beber, exposição solar e poluição do ar são principais causas

Até nove em cada dez cânceres são causados por fatores ambientais e externos, tais como fumar, beber, exposição ao sol e poluição do ar, concluiu um novo estudo científico. Pesquisas anteriores sugeriram que mutações celulares aleatórias desempenhavam um papel significativo no desenvolvimento de tumores, uma descoberta apelidada de “hipótese da má sorte”. No entanto, cientistas agora acreditam que influências externas têm um impacto muito maior, o que significa que muitos cânceres podem ser mais evitáveis do que se pensava anteriormente.

Segundo o “Telegraph”, a constatação deve gerar polêmica, pois sugere que as pessoas poderiam reduzir seu risco de contrair câncer se mudassem seu estilo de vida, por exemplo, mantendo-se fora do sol, fazendo exercício ou fumando menos.

Um estatístico britânico disse que os resultados mostraram que entre 70% e 90% dos cânceres não ocorreriam se pudéssemos “eliminar magicamente” todos os fatores de risco externos.

A pesquisa, que foi publicada na revista “Nature”, contraria um estudo publicado no início deste ano que sugeriu que 65% dos tumores eram inevitáveis e causados por erros aleatórios na divisão celular que estão completamente fora de nosso controle.

O novo estudo, da Stony Brook University, em Nova York, sugere que a incidência de câncer é demasiado alta para ser explicada por mutações simples ocorridas na divisão celular. Simplificando, se mutações aleatórias fossem os culpados, haveria muito menos casos de câncer do que realmente acontecem atualmente.

Yusuf Hannun, da Stony Brook University, disse: “Aqui nós fornecemos evidências de que fatores de risco intrínsecos contribuem apenas modestamente para o desenvolvimento do câncer. As taxas de acúmulo de mutações por processos intrínsecos não são suficientes para explicar os riscos de câncer observados”.

CASO DOS IMIGRANTES

Os pesquisadores também analisaram estudos anteriores que demonstraram como imigrantes provenientes de locais de baixa incidência de câncer, ao se mudarem para países com alta incidência da doença em breve desenvolvem as mesmas taxas de ocorrência de tumores, o que sugere que os riscos são ambientais e não biológicos ou genéticos.

Cerca de 75% do risco de câncer colo-retal agora se acredita ser devido à dieta. Da mesma forma, 86% do risco de câncer de pele se deve à exposição ao sol, enquanto 75% da chance de desenvolver câncer de cabeça e pescoço é devida ao tabaco e álcool, de acordo com a nova pesquisa.

Apesar de alguns cânceres raros poderem ser desencadeados por mutações genéticas, as doenças mais prevalentes são causadas por fatores ambientais, concluem os pesquisadores. Eles dizem que é importante que os fatores extrínsecos sejam levados em conta na prevenção e investigação do câncer.

Fonte: O Globo