Pesquisadores relatam pela primeira vez como Câncer de Mama se espalha

Pesquisadores relatam pela primeira vez como Câncer de Mama se espalha

Um dos casos mais recentes que a médica mastologista Maira Caleffi atendeu em um hospital de Porto Alegre foi o de uma mulher que, 19 anos depois de tratar um câncer de mama em estágio inicial, foi diagnosticada com câncer na pleura e no pulmão, originados de células cancerígenas da mama — tratavam-se de metástases surgidas quase duas décadas após o tumor primário. Situações como esta, descrita pela presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) eram um mistério para os médicos até agora, mas dois estudos publicados na revista “Nature” esta semana começam a solucionar o enigma.

As pesquisas descrevem quais são os mecanismos usados por células tumorais da mama para se disseminarem em outros órgãos, ainda que elas estejam em uma fase muito inicial do câncer, como no carcinoma ductal in situ. Por muito tempo, chegou-se a pensar que este tipo de câncer nem conseguiria causar metástases. Hoje já se sabe que, em 5% das vezes, a paciente desenvolve metástase até mesmo antes de o câncer na própria mama se formar, de tão cedo que as células cancerígenas podem migrar.

Quando isso acontece, essas células se desgarram da mama pela corrente sanguínea e podem ficar “adormecidas” por um longo período em outro órgão, explicam os pesquisadores da Escola de Medicina Icahn, no Monte Sinai, e da Universidade de Ratisbona, na Alemanha, que lideraram os estudos. As células podem, então, ser “acordadas” anos mais tarde, como se um botão de crescimento fosse pressionado.

Os pesquisadores descobriram que a disseminação precoce de células cancerígenas a partir da mama é uma extensão do processo normal de ramificação dos ductos do leite materno. E o hormônio progesterona tem um papel importante no desencadeamento dessa migração.

Fonte: Fundação do Câncer

Um dos casos mais recentes que a médica mastologista Maira Caleffi atendeu em um hospital de Porto Alegre foi o de uma mulher que, 19 anos depois de tratar um câncer de mama em estágio inicial, foi diagnosticada com câncer na pleura e no pulmão, originados de células cancerígenas da mama — tratavam-se de metástases surgidas quase duas décadas após o tumor primário. Situações como esta, descrita pela presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) eram um mistério para os médicos até agora, mas dois estudos publicados na revista “Nature” esta semana começam a solucionar o enigma.

As pesquisas descrevem quais são os mecanismos usados por células tumorais da mama para se disseminarem em outros órgãos, ainda que elas estejam em uma fase muito inicial do câncer, como no carcinoma ductal in situ. Por muito tempo, chegou-se a pensar que este tipo de câncer nem conseguiria causar metástases. Hoje já se sabe que, em 5% das vezes, a paciente desenvolve metástase até mesmo antes de o câncer na própria mama se formar, de tão cedo que as células cancerígenas podem migrar.

Quando isso acontece, essas células se desgarram da mama pela corrente sanguínea e podem ficar “adormecidas” por um longo período em outro órgão, explicam os pesquisadores da Escola de Medicina Icahn, no Monte Sinai, e da Universidade de Ratisbona, na Alemanha, que lideraram os estudos. As células podem, então, ser “acordadas” anos mais tarde, como se um botão de crescimento fosse pressionado.

Os pesquisadores descobriram que a disseminação precoce de células cancerígenas a partir da mama é uma extensão do processo normal de ramificação dos ductos do leite materno. E o hormônio progesterona tem um papel importante no desencadeamento dessa migração.

Fonte: Fundação do Câncer