Pílula do câncer: o fim da polêmica?

Pílula do câncer: o fim da polêmica?

Enquanto pacientes continuam se mobilizando para obter acesso à fosfoetanolamina, conhecida como a pílula do câncer, os estudos científicos demonstram que é cedo demais para se tirar conclusões a respeito da eficácia da substância. As pesquisas feitas por centros independentes a pedido do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação, mostra que a pílula teria pouco ou nenhum efeito. Na última semana, três novos estudos foram divulgados. Dois apresentaram resultados desapontadores. O terceiro mostrou alguma ação, mas muito pequena.

Na investigação conduzida pela Universidade Federal do Ceará, cobaias foram induzidas a desenvolver dois tipos de tumores, considerados modelos para pesquisa. Elas receberam a fosfoetanolamina durante dez dias e, ao final do período, não houve qualquer impacto sobre as células cancerígenas.

O terceiro trabalho foi executado pelo Centro de Inovação e Ensaios Clínicos, em Florianópolis. Quarenta cobaias receberam implantes de células de melanoma humano (um dos tipos mais agressivos de tumor). Elas foram divididas em quatro grupos, tratados diariamente com doses distintas de fosfoetanolamina (200 mg/kg ou 500 mg/kg), com soro ou com um quimioterápico usado tradicionalmente. Na dose menor, não houve mudança no tamanho do tumor. Na maior, registrou-se redução de 34%. Mas o uso do remédio conhecido levou à diminuição de 68% no volume das células tumorais.

A exemplo das três pesquisas, as anteriores também foram feitas apenas in vitro (em células) ou em cobaias. Ainda não há um estudo científico em humanos com a pílula, criada na Universidade Federal de São Carlos pelo químico Gilberto Chierice. Pelas fracas evidências obtidas até agora, provavelmente centros internacionais habituados à busca de novas moléculas já teriam desistido de estudá-la. Mas o clamor de muitos pacientes que relatam melhora com o uso da substância exige que se avance nas investigações para que não reste dúvida sobre seu real efeito.

Fonte: Isto É

Enquanto pacientes continuam se mobilizando para obter acesso à fosfoetanolamina, conhecida como a pílula do câncer, os estudos científicos demonstram que é cedo demais para se tirar conclusões a respeito da eficácia da substância. As pesquisas feitas por centros independentes a pedido do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação, mostra que a pílula teria pouco ou nenhum efeito. Na última semana, três novos estudos foram divulgados. Dois apresentaram resultados desapontadores. O terceiro mostrou alguma ação, mas muito pequena.

Na investigação conduzida pela Universidade Federal do Ceará, cobaias foram induzidas a desenvolver dois tipos de tumores, considerados modelos para pesquisa. Elas receberam a fosfoetanolamina durante dez dias e, ao final do período, não houve qualquer impacto sobre as células cancerígenas.

O terceiro trabalho foi executado pelo Centro de Inovação e Ensaios Clínicos, em Florianópolis. Quarenta cobaias receberam implantes de células de melanoma humano (um dos tipos mais agressivos de tumor). Elas foram divididas em quatro grupos, tratados diariamente com doses distintas de fosfoetanolamina (200 mg/kg ou 500 mg/kg), com soro ou com um quimioterápico usado tradicionalmente. Na dose menor, não houve mudança no tamanho do tumor. Na maior, registrou-se redução de 34%. Mas o uso do remédio conhecido levou à diminuição de 68% no volume das células tumorais.

A exemplo das três pesquisas, as anteriores também foram feitas apenas in vitro (em células) ou em cobaias. Ainda não há um estudo científico em humanos com a pílula, criada na Universidade Federal de São Carlos pelo químico Gilberto Chierice. Pelas fracas evidências obtidas até agora, provavelmente centros internacionais habituados à busca de novas moléculas já teriam desistido de estudá-la. Mas o clamor de muitos pacientes que relatam melhora com o uso da substância exige que se avance nas investigações para que não reste dúvida sobre seu real efeito.

Fonte: Isto É