Rastreamento mamográfico precoce na detecção do câncer de mama reduz em até 25% mortalidade da doença

Rastreamento mamográfico precoce na detecção do câncer de mama reduz em até 25% mortalidade da doença

A flexibilização das medidas de isolamento social possibilita a volta do rastreio que pode salvar vidas

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) passou a recomendar a volta da realização do rastreamento, por meio de mamografia, para o diagnóstico precoce do câncer de mama, nas cidades que estiverem em uma fase adequada, visto que a técnica é capaz de identificar a doença em estágio inicial e dessa maneira contribuir para as chances de cura.

Em razão de estarmos em pandemia de Covid-19, exames de prevenção foram interrompidos, mas, com as medidas de flexibilização do isolamento social em algumas cidades do Brasil, o exame de mamografia passa a ser recomendado para mulheres assintomáticas com mais de 40 anos, idade sugerida inclusive, pelas diretrizes tanto da SBM quanto do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) para o início do rastreamento mamográfico.

No Brasil, o câncer de mama é o segundo tumor mais incidente em mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para a ocorrência de 66.280 novos casos da doença no país neste ano, sendo que mais de 8 mil, deste total, serão em pacientes com menos de 40 anos. A médica mastologista do IBCC Oncologia, Dra. Verônica Jorge Ayres, especialista em saúde de mamas, lembra que “o impacto na redução da mortalidade acontece quando o rastreamento é feito de maneira sistemática e sequencial. No nosso país evidenciou-se que cerca de 30% dos cânceres de mama acometem mulheres com menos de 50 anos. Um percentual significativo e que justifica a realização da mamografia como método de diagnóstico precoce do câncer de mama nessa faixa etária”, complementa.

A orientação é compartilhada pela especialista em oncologia e diretora clínica do IBCC Oncologia, Dra. Lilian Arruda, que também atua como investigadora no Centro de Pesquisa Clínica do Hospital. “Atingimos avanços de grande relevância nas estratégias de tratamento do câncer de mama, mas o estágio em que a doença é diagnosticada segue como um fator imperioso para obtermos sucesso. Quando diagnosticado em fase inicial, as chances de cura da doença aproximam-se de 100%”, afirma Lilian.

Vale destacar que o estudo inglês UK Age Trial, publicado em agosto de 2020, na revista Lancet, demonstrou redução de 25% na mortalidade por câncer de mama quando a mamografia foi realizada anualmente em mulheres dos 40 aos 48 anos idade. Essa pesquisa, com 22 anos de seguimento, acompanhou mais de 160.000 mil mulheres que foram divididas em dois grupos: No primeiro, as que tinham entre 50 e 70 anos que realizaram mamografias a cada três anos, de acordo com orientação atual do governo inglês para o rastreamento do câncer de mama; e no segundo grupo, mulheres com 40 anos que realizaram mamografias todos os anos até os 48 anos de idade, e após esse período, iniciaram o esquema de rastreamento habitual como o primeiro grupo, ou seja, a cada três anos. O resultado parcial da pesquisa já demonstrou redução de 25% na mortalidade por câncer de mama no grupo que iniciou o rastreamento aos 40 anos durante os primeiros 10 anos de acompanhamento.

A flexibilização das medidas de isolamento social possibilita a volta do rastreio que pode salvar vidas

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) passou a recomendar a volta da realização do rastreamento, por meio de mamografia, para o diagnóstico precoce do câncer de mama, nas cidades que estiverem em uma fase adequada, visto que a técnica é capaz de identificar a doença em estágio inicial e dessa maneira contribuir para as chances de cura.

Em razão de estarmos em pandemia de Covid-19, exames de prevenção foram interrompidos, mas, com as medidas de flexibilização do isolamento social em algumas cidades do Brasil, o exame de mamografia passa a ser recomendado para mulheres assintomáticas com mais de 40 anos, idade sugerida inclusive, pelas diretrizes tanto da SBM quanto do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) para o início do rastreamento mamográfico.

No Brasil, o câncer de mama é o segundo tumor mais incidente em mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para a ocorrência de 66.280 novos casos da doença no país neste ano, sendo que mais de 8 mil, deste total, serão em pacientes com menos de 40 anos. A médica mastologista do IBCC Oncologia, Dra. Verônica Jorge Ayres, especialista em saúde de mamas, lembra que “o impacto na redução da mortalidade acontece quando o rastreamento é feito de maneira sistemática e sequencial. No nosso país evidenciou-se que cerca de 30% dos cânceres de mama acometem mulheres com menos de 50 anos. Um percentual significativo e que justifica a realização da mamografia como método de diagnóstico precoce do câncer de mama nessa faixa etária”, complementa.

A orientação é compartilhada pela especialista em oncologia e diretora clínica do IBCC Oncologia, Dra. Lilian Arruda, que também atua como investigadora no Centro de Pesquisa Clínica do Hospital. “Atingimos avanços de grande relevância nas estratégias de tratamento do câncer de mama, mas o estágio em que a doença é diagnosticada segue como um fator imperioso para obtermos sucesso. Quando diagnosticado em fase inicial, as chances de cura da doença aproximam-se de 100%”, afirma Lilian.

Vale destacar que o estudo inglês UK Age Trial, publicado em agosto de 2020, na revista Lancet, demonstrou redução de 25% na mortalidade por câncer de mama quando a mamografia foi realizada anualmente em mulheres dos 40 aos 48 anos idade. Essa pesquisa, com 22 anos de seguimento, acompanhou mais de 160.000 mil mulheres que foram divididas em dois grupos: No primeiro, as que tinham entre 50 e 70 anos que realizaram mamografias a cada três anos, de acordo com orientação atual do governo inglês para o rastreamento do câncer de mama; e no segundo grupo, mulheres com 40 anos que realizaram mamografias todos os anos até os 48 anos de idade, e após esse período, iniciaram o esquema de rastreamento habitual como o primeiro grupo, ou seja, a cada três anos. O resultado parcial da pesquisa já demonstrou redução de 25% na mortalidade por câncer de mama no grupo que iniciou o rastreamento aos 40 anos durante os primeiros 10 anos de acompanhamento.