Saúde oncológica da mulher
Além do câncer de colo de útero, saúde oncológica da mulher também deve focar em outros tipos de tumores ginecológicos
Quando nos referimos à saúde da mulher é importante abordar também os tumores ginecológicos, que vão muito além do câncer de colo de útero, o terceiro mais frequente nessa população. Por isso, manter a saúde oncológica da mulher é de extrema importância.
De acordo com relatório do instituto nacional do Câncer (INCA), em 2023, cerca de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero serão diagnosticados no Brasil, assim como 7.3mil novos casos para câncer de ovário e 7.8mil novos casos para câncer de corpo de útero (ou endométrio) – não há estatísticas oficiais para os raros tumores de vulva e vagina.
Abaixo, conheça um pouco mais de cada tipo de tumor ginecológico, e também formas de prevenção.
Câncer de ovário
O câncer de ovário costuma atingir mulheres após os 45 anos e tem seu pico de incidência entre os 60 e 70 anos.
O principal fator de risco é a idade, assim como não ter engravidado durante a vida, histórico prévio de endometriose e principalmente ter nascido com alguma mutação genética que aumente o risco para a doença.
Geralmente, os casos registrados já chegam ao consultório em estágio avançado, e é recomendado que o tratamento seja feito com cirurgia e quimioterapia. Na maioria dos casos de câncer de ovário, a doença já está disseminada na pelve e abdome. Para esse diagnóstico, na maioria das vezes, não é possível preservar o útero e os ovários e a mulher pode ficar infértil.
Muitas vezes, o câncer de ovário é silencioso, mas também pode apresentar sintomas, como desconforto abdominal, sensação de empachamento, náuseas, diarreias e dor na relação sexual.
É fundamental consultar um(a) médico(a) ginecologista no aparecimento de sintomas – tal profissional poderá indicar o melhor contraceptivo para sua realidade.
Câncer de endométrio
O endométrio é o tecido que reveste o interior do corpo do útero. O câncer de endométrio geralmente apresenta sintomas e todos merecem uma visita ao médico ginecologista. O sangramento pós-menopausa, por exemplo, pode indicar câncer de endométrio, além disso, a paciente também pode se queixar de dores na pelve e sentimento de ‘massa’ na região pélvica.
O principal fator de risco para o câncer de endométrio é a obesidade e pacientes que fazem o uso não controlado de medicamentos de reposição hormonal, principalmente de estrogênio isolado, têm chances altas de desenvolver a doença. Mulheres que nunca tiveram filhos (nulíparas) também têm chances maiores de desenvolver a doença.
Dispositivos intrauterinos como o DIU de cobre ou hormonais não causam o surgimento da doença. Ao contrário, a utilização do DIU com progesterona pode diminuir o risco de aparecimento do câncer de endométrio.
O tratamento do câncer de endométrio pode ser feito com técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia e cirurgia robótica.
Dependendo do tipo de câncer e de seu estadiamento, quimioterapia e radioterapia também podem ser usadas no tratamento.
Câncer de vulva
A vulva é a parte externa do sistema reprodutor feminino e é formada pelos lábios maiores e menores, clitóris, introito vaginal e glândulas de Bartholin, que ajudam a lubrificar a vagina durante o sexo.
Cerca de 40% dos tumores originados nesta região quase sempre estão relacionados com o HPV de alto risco, assim como a idade avançada e a atrofia da vulva.
Os principais sintomas do câncer de vulva são nódulo vermelho na região, úlceras, ardência na área genital, dor ao urinar e sangramento fora da menstruação.
Mulheres idosas são o grupo de risco e devem ficar atentas. Esse grupo desenvolve atrofia da vulva – condição natural do organismo que diminui a produção de estrogênio e que afeta entre 60 e 80% das mulheres durante a menopausa –, algo que influencia no desenvolvimento desse tipo de câncer, assim como a líquen escleroso, uma doença inflamatória.
É importante ressaltar que o tratamento do câncer de vulva depende da evolução local do tumor, que pode ser tratado com sua retirada total ou até mesmo a retirada de toda a vulva com os gânglios da região da virilha.
Apesar de raro, o câncer de vulva merece atenção especial. A vacina contra o HPV ajuda a prevenir a doença e, caso a paciente note alguma alteração na vulva, deve procurar um(a) médico(a) ginecologista.
Fique atenta aos sinais e sintomas dos tumores ginecológicos e não deixe sua saúde para depois. Confira nossa página especial sobre o tema.
Fonte: A.C Camargo
Além do câncer de colo de útero, saúde oncológica da mulher também deve focar em outros tipos de tumores ginecológicos
Quando nos referimos à saúde da mulher é importante abordar também os tumores ginecológicos, que vão muito além do câncer de colo de útero, o terceiro mais frequente nessa população. Por isso, manter a saúde oncológica da mulher é de extrema importância.
De acordo com relatório do instituto nacional do Câncer (INCA), em 2023, cerca de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero serão diagnosticados no Brasil, assim como 7.3mil novos casos para câncer de ovário e 7.8mil novos casos para câncer de corpo de útero (ou endométrio) – não há estatísticas oficiais para os raros tumores de vulva e vagina.
Abaixo, conheça um pouco mais de cada tipo de tumor ginecológico, e também formas de prevenção.
Câncer de ovário
O câncer de ovário costuma atingir mulheres após os 45 anos e tem seu pico de incidência entre os 60 e 70 anos.
O principal fator de risco é a idade, assim como não ter engravidado durante a vida, histórico prévio de endometriose e principalmente ter nascido com alguma mutação genética que aumente o risco para a doença.
Geralmente, os casos registrados já chegam ao consultório em estágio avançado, e é recomendado que o tratamento seja feito com cirurgia e quimioterapia. Na maioria dos casos de câncer de ovário, a doença já está disseminada na pelve e abdome. Para esse diagnóstico, na maioria das vezes, não é possível preservar o útero e os ovários e a mulher pode ficar infértil.
Muitas vezes, o câncer de ovário é silencioso, mas também pode apresentar sintomas, como desconforto abdominal, sensação de empachamento, náuseas, diarreias e dor na relação sexual.
É fundamental consultar um(a) médico(a) ginecologista no aparecimento de sintomas – tal profissional poderá indicar o melhor contraceptivo para sua realidade.
Câncer de endométrio
O endométrio é o tecido que reveste o interior do corpo do útero. O câncer de endométrio geralmente apresenta sintomas e todos merecem uma visita ao médico ginecologista. O sangramento pós-menopausa, por exemplo, pode indicar câncer de endométrio, além disso, a paciente também pode se queixar de dores na pelve e sentimento de ‘massa’ na região pélvica.
O principal fator de risco para o câncer de endométrio é a obesidade e pacientes que fazem o uso não controlado de medicamentos de reposição hormonal, principalmente de estrogênio isolado, têm chances altas de desenvolver a doença. Mulheres que nunca tiveram filhos (nulíparas) também têm chances maiores de desenvolver a doença.
Dispositivos intrauterinos como o DIU de cobre ou hormonais não causam o surgimento da doença. Ao contrário, a utilização do DIU com progesterona pode diminuir o risco de aparecimento do câncer de endométrio.
O tratamento do câncer de endométrio pode ser feito com técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia e cirurgia robótica.
Dependendo do tipo de câncer e de seu estadiamento, quimioterapia e radioterapia também podem ser usadas no tratamento.
Câncer de vulva
A vulva é a parte externa do sistema reprodutor feminino e é formada pelos lábios maiores e menores, clitóris, introito vaginal e glândulas de Bartholin, que ajudam a lubrificar a vagina durante o sexo.
Cerca de 40% dos tumores originados nesta região quase sempre estão relacionados com o HPV de alto risco, assim como a idade avançada e a atrofia da vulva.
Os principais sintomas do câncer de vulva são nódulo vermelho na região, úlceras, ardência na área genital, dor ao urinar e sangramento fora da menstruação.
Mulheres idosas são o grupo de risco e devem ficar atentas. Esse grupo desenvolve atrofia da vulva – condição natural do organismo que diminui a produção de estrogênio e que afeta entre 60 e 80% das mulheres durante a menopausa –, algo que influencia no desenvolvimento desse tipo de câncer, assim como a líquen escleroso, uma doença inflamatória.
É importante ressaltar que o tratamento do câncer de vulva depende da evolução local do tumor, que pode ser tratado com sua retirada total ou até mesmo a retirada de toda a vulva com os gânglios da região da virilha.
Apesar de raro, o câncer de vulva merece atenção especial. A vacina contra o HPV ajuda a prevenir a doença e, caso a paciente note alguma alteração na vulva, deve procurar um(a) médico(a) ginecologista.
Fique atenta aos sinais e sintomas dos tumores ginecológicos e não deixe sua saúde para depois. Confira nossa página especial sobre o tema.
Fonte: A.C Camargo