Tecnologia permite que mulheres com câncer engravidem no futuro
A mulher, hoje com 27 anos, foi diagnosticada, ainda na infância, com uma doença no sangue, a anemia falciforme, uma alteração nos glóbulos vermelhos do sangue. Aos 13 anos, ela passou por um transplante de medula óssea e, antes disso, precisou fazer quimioterapia para baixar a imunidade e reduzir os riscos de rejeição.
Temendo que a agressividade do tratamento comprometesse os ovários da paciente, os médicos retiraram um deles e congelaram fragmentos. Mas por ela ser tão jovem, sem nem sequer ter menstruado ainda, os médicos não tinham certeza se esses fragmentos poderiam ser reaproveitados no futuro.
Para piorar, aos 15 anos, o ovário que ainda estava no organismo dela parou de funcionar. O diagnóstico, então, passou a ser de infertilidade. Porém, o sonho de ser mãe desafiou a lógica e a tentativa dos médicos de preservar o sistema reprodutor da jovem deu certo. Dez anos depois da remoção de um ovário, os médicos transplantaram o tecido saudável que havia sido congelado no ovário defeituoso que ainda restava no corpo dela. Dois anos depois, ela engravidou naturalmente e, em 2014, deu à luz um menino saudável.
O procedimento pode dar esperança a meninas que precisam fazer quimioterapia, por causa de uma doença como o câncer, mas que sonham em ser mãe um dia.
Inovação no Ceará
Em Fortaleza, um banco público já está congelando o tecido do ovário de mulheres que querem engravidar, mas descobriram que têm câncer e vão passar por um tratamento muito agressivo. A diferença com o caso que aconteceu na Europa é que as mulheres de Fortaleza estão congelando o tecido do ovário já adultas, em fase de reprodução.
A pesquisa possibilita que, antes de começar a quimioterapia ou radioterapia, a mulher preserve o tecido do ovário para, depois do tratamento, ele ser reimplantado e a paciente voltar a ovular.
Nessa primeira fase, a pesquisa deve atender 20 mulheres. Hoje, as taxas de cura de câncer são cada vez maiores e os médicos se preocupam com a qualidade de vida das pessoas e a manutenção de sonhos, como o de ser mãe.
A técnica é indicada para mulheres com menos de 40 anos e que ainda tenham ciclo menstrual. Os médicos retiram parte do tecido do ovário antes da paciente começar o tratamento contra o câncer. Depois, congelam o material a 196 graus negativos.
O tecido do ovário pode ficar congelado por tempo indeterminado. Assim que a mulher terminar o tratamento e receber alta, ele pode ser reimplantado. É esse tecido saudável que vai fazer a mulher voltar a produzir hormônios e poder engravidar. O congelamento não pode ser feito em mulheres com leucemia ou câncer no próprio ovário.
Essa técnica já permitiu o nascimento de 40 crianças no mundo, principalmente, na Europa e nos Estados Unidos. Na América do Sul ainda não há nenhum caso registrado, mas os médicos acreditam que é por pouco tempo.
Fonte: G1
A mulher, hoje com 27 anos, foi diagnosticada, ainda na infância, com uma doença no sangue, a anemia falciforme, uma alteração nos glóbulos vermelhos do sangue. Aos 13 anos, ela passou por um transplante de medula óssea e, antes disso, precisou fazer quimioterapia para baixar a imunidade e reduzir os riscos de rejeição.
Temendo que a agressividade do tratamento comprometesse os ovários da paciente, os médicos retiraram um deles e congelaram fragmentos. Mas por ela ser tão jovem, sem nem sequer ter menstruado ainda, os médicos não tinham certeza se esses fragmentos poderiam ser reaproveitados no futuro.
Para piorar, aos 15 anos, o ovário que ainda estava no organismo dela parou de funcionar. O diagnóstico, então, passou a ser de infertilidade. Porém, o sonho de ser mãe desafiou a lógica e a tentativa dos médicos de preservar o sistema reprodutor da jovem deu certo. Dez anos depois da remoção de um ovário, os médicos transplantaram o tecido saudável que havia sido congelado no ovário defeituoso que ainda restava no corpo dela. Dois anos depois, ela engravidou naturalmente e, em 2014, deu à luz um menino saudável.
O procedimento pode dar esperança a meninas que precisam fazer quimioterapia, por causa de uma doença como o câncer, mas que sonham em ser mãe um dia.
Inovação no Ceará
Em Fortaleza, um banco público já está congelando o tecido do ovário de mulheres que querem engravidar, mas descobriram que têm câncer e vão passar por um tratamento muito agressivo. A diferença com o caso que aconteceu na Europa é que as mulheres de Fortaleza estão congelando o tecido do ovário já adultas, em fase de reprodução.
A pesquisa possibilita que, antes de começar a quimioterapia ou radioterapia, a mulher preserve o tecido do ovário para, depois do tratamento, ele ser reimplantado e a paciente voltar a ovular.
Nessa primeira fase, a pesquisa deve atender 20 mulheres. Hoje, as taxas de cura de câncer são cada vez maiores e os médicos se preocupam com a qualidade de vida das pessoas e a manutenção de sonhos, como o de ser mãe.
A técnica é indicada para mulheres com menos de 40 anos e que ainda tenham ciclo menstrual. Os médicos retiram parte do tecido do ovário antes da paciente começar o tratamento contra o câncer. Depois, congelam o material a 196 graus negativos.
O tecido do ovário pode ficar congelado por tempo indeterminado. Assim que a mulher terminar o tratamento e receber alta, ele pode ser reimplantado. É esse tecido saudável que vai fazer a mulher voltar a produzir hormônios e poder engravidar. O congelamento não pode ser feito em mulheres com leucemia ou câncer no próprio ovário.
Essa técnica já permitiu o nascimento de 40 crianças no mundo, principalmente, na Europa e nos Estados Unidos. Na América do Sul ainda não há nenhum caso registrado, mas os médicos acreditam que é por pouco tempo.
Fonte: G1