Teranóstica: a medicina nuclear no tratamento do câncer

Teranóstica: a medicina nuclear no tratamento do câncer

Inovador, esse conceito usa materiais radioativos para obter informações sobre tumores ao mesmo tempo em que carrega medicamentos capazes de tratá-los

Utilizada há anos para o diagnóstico do câncer, a medicina nuclear envolve o uso de substâncias radioativas, os chamados radiofármacos, que se dirigem exclusivamente às lesões, onde emissões gama fornecem ao oncologista informações sobre localização, forma e fisiologia do tumor. Agora, um novo conceito está deixando os cientistas entusiasmados: a teranóstica, que transforma esses mesmos radiofármacos, simultaneamente, em ferramenta para diagnóstico e também tratamento.

De acordo com o pesquisador Stênio Zequi, coordenador do Centro de Referência em Tumores Urológicos do A.C.Camargo, embora o conceito de aliar o diagnóstico ao tratamento já exista há décadas na medicina nuclear, há cerca de quatro anos começaram a surgir novos radiofármacos – como o lutécio e o actínio – que levaram a resultados surpreendentes no tratamento de pacientes com câncer de próstata que já haviam passado, sem sucesso, por todo tipo de terapia convencional.

“Ficamos muito entusiasmados”, disse Zequi, que é especialista em câncer de próstata. “Agora os dados começam a amadurecer e estamos vendo que as respostas são boas e a toxicidade é muito baixa.” Segundo ele, a técnica não apenas se limita a visualizar onde está a doença, mas também permite que um marcador carregue um medicamento que ataca o tumor.

Europa na frente

O tratamento com os novos radiofármacos para câncer de próstata já é utilizado em países da Europa, mas ainda não foi aprovado no Brasil nem nos Estados Unidos. “Não são todos os pacientes que respondem bem”, afirma Zequi. “Mas essas descobertas levaram a uma nova maneira de enxergar o tratamento e abriram uma oportunidade para o desenho de muitos outros medicamentos para diferentes tumores.”

O médico nuclear Eduardo Lima, também pesquisador do A.C.Camargo, destaca que os resultados obtidos na Europa têm sido excelentes, mas que ainda será preciso fazer estudos mais amplos.

“Temos a perspectiva de utilizar a teranóstica não só para o câncer de próstata, mas também para outros tipos de tumores”, explica Lima. “Em tese, tudo o que utilizamos como diagnóstico e que encontre bem a lesão, sem interferir com o resto do organismo, tem chance de se transformar em terapia.”

Fonte: A.C.Camargo

Inovador, esse conceito usa materiais radioativos para obter informações sobre tumores ao mesmo tempo em que carrega medicamentos capazes de tratá-los

Utilizada há anos para o diagnóstico do câncer, a medicina nuclear envolve o uso de substâncias radioativas, os chamados radiofármacos, que se dirigem exclusivamente às lesões, onde emissões gama fornecem ao oncologista informações sobre localização, forma e fisiologia do tumor. Agora, um novo conceito está deixando os cientistas entusiasmados: a teranóstica, que transforma esses mesmos radiofármacos, simultaneamente, em ferramenta para diagnóstico e também tratamento.

De acordo com o pesquisador Stênio Zequi, coordenador do Centro de Referência em Tumores Urológicos do A.C.Camargo, embora o conceito de aliar o diagnóstico ao tratamento já exista há décadas na medicina nuclear, há cerca de quatro anos começaram a surgir novos radiofármacos – como o lutécio e o actínio – que levaram a resultados surpreendentes no tratamento de pacientes com câncer de próstata que já haviam passado, sem sucesso, por todo tipo de terapia convencional.

“Ficamos muito entusiasmados”, disse Zequi, que é especialista em câncer de próstata. “Agora os dados começam a amadurecer e estamos vendo que as respostas são boas e a toxicidade é muito baixa.” Segundo ele, a técnica não apenas se limita a visualizar onde está a doença, mas também permite que um marcador carregue um medicamento que ataca o tumor.

Europa na frente

O tratamento com os novos radiofármacos para câncer de próstata já é utilizado em países da Europa, mas ainda não foi aprovado no Brasil nem nos Estados Unidos. “Não são todos os pacientes que respondem bem”, afirma Zequi. “Mas essas descobertas levaram a uma nova maneira de enxergar o tratamento e abriram uma oportunidade para o desenho de muitos outros medicamentos para diferentes tumores.”

O médico nuclear Eduardo Lima, também pesquisador do A.C.Camargo, destaca que os resultados obtidos na Europa têm sido excelentes, mas que ainda será preciso fazer estudos mais amplos.

“Temos a perspectiva de utilizar a teranóstica não só para o câncer de próstata, mas também para outros tipos de tumores”, explica Lima. “Em tese, tudo o que utilizamos como diagnóstico e que encontre bem a lesão, sem interferir com o resto do organismo, tem chance de se transformar em terapia.”

Fonte: A.C.Camargo