Tratamentos complementares para câncer de Tireoide

Tratamentos complementares para câncer de Tireoide

Tratamentos complementares para câncer de tireoide com iodoterapia e reposição hormonal não são complexos, mas exigem atenção

Considerado o quinto tipo de câncer com maior incidência na população feminina, o câncer de tireoide deve atingir cerca de 14,1 mil mulheres em 2023, de acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Na população masculina, este índice é muito menor, chegando a 2,5 mil novos casos.

O câncer de Tireoide é tratável e tem altas chances de cura se diagnosticado precocemente, por isso é muito importante ficar atento aos sintomas. Segundo o Observatório do Câncer, publicação produzida pelo A.C.Camargo Cancer Center, que avaliou 98 mil pacientes com câncer tratados na instituição nos últimos 20 anos, as taxas de sobrevida deste tumor apresentaram aumento para ambos os sexos.

Após diagnosticado, o tratamento para o câncer de tireoide pode incluir cirurgia, iodoterapia e terapia hormonal. Outros procedimentos como, radioterapia, quimioterapia e terapias-alvo para este tipo de câncer raramente são necessários. 

O tratamento mais adotado é a cirurgia, com exceção de algumas formas raras da doença como o câncer de tireoide anaplásico e o linfoma. No câncer de tireoide diferenciado (tipos papilífero e folicular), as opções cirúrgicas incluem tireoidectomia total/quase total ou lobectomia unilateral com istmusectomia (remoção da região lateral e central da glândula) associado ou não a remoção dos gânglios linfáticos do pescoço. A abordagem cirúrgica depende da extensão da doença (por exemplo, tamanho do tumor primário e presença de extensão extratireoidiana ou metástases linfonodais), idade do paciente e presença de comorbidades.

Essas cirurgias podem ser realizadas por técnicas convencionais, endoscópicas (através da boca) ou ainda robótica por meio de uma incisão atrás da orelha.

Por ser uma cirurgia de baixo risco, na maioria dos casos o paciente tem alta hospitalar um dia após o procedimento. Antes disso ocorrer, o cirurgião de cabeça e pescoço pode solicitar também uma avaliação das cordas vocais, pois em casos raros, a cirurgia pode causar rouquidão temporária ou permanente. 

Outro efeito colateral possível é o dano às paratireoides, glândulas que ficam perto da tireoide e que ajudam a controlar o metabolismo de cálcio. Quando isso ocorre, o paciente pode ter queda dos níveis de cálcio no sangue, espasmos musculares e a sensação de dormência.

Após a cirurgia, o paciente pode precisar de tratamento complementar com iodo radioativo, que elimina células cancerosas que eventualmente não foram removidas em cirurgia ou que já se espalharam para os gânglios linfáticos e outros órgãos. Como a tireoide e o câncer de tiroide absorvem quase todo o iodo do organismo, esse tratamento tem pouco efeito sobre outras células saudáveis.

Câncer de tireoide: Iodoterapia

Antes da iodoterapia, o paciente pode receber uma injeção de TSH – hormônio tireoestimulante (TSH, na sigla em inglês) – ou permanecer sem tomar o hormônio T4, situação em que o TSH se eleva espontaneamente para estimular o tecido que restou da glândula e as células cancerosas a absorver o iodo radioativo.

A iodoterapia, é administrada uma cápsula contendo iodo radioativo e o paciente é colocado em isolamento por um período que varia entre 24 horas até 48 horas por conta da radiação. 

Em mulheres, o tratamento pode afetar o ciclo menstrual e as pacientes são aconselhadas a evitar a gravidez nos primeiros 6 a 12 meses após o término da terapia. 

Com a remoção da tireoide, os pacientes precisam fazer reposição do hormônio tireoidiano – tanto para substituir a produção hormonal normal quanto para suprimir o crescimento do tumor. A reposição dos hormônios tireoidianos inibe a produção de TSH pela glândula pituitária, reduzindo assim o estímulo que o TSH causa sobre a tireoide e eventualmente sobre as células cancerígenas. Por isso, é importante que os níveis de TSH se mantenham baixos, reduzindo o risco da volta do câncer, a recidiva.

 

Fonte : A.C Camargo

Tratamentos complementares para câncer de tireoide com iodoterapia e reposição hormonal não são complexos, mas exigem atenção

Considerado o quinto tipo de câncer com maior incidência na população feminina, o câncer de tireoide deve atingir cerca de 14,1 mil mulheres em 2023, de acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Na população masculina, este índice é muito menor, chegando a 2,5 mil novos casos.

O câncer de Tireoide é tratável e tem altas chances de cura se diagnosticado precocemente, por isso é muito importante ficar atento aos sintomas. Segundo o Observatório do Câncer, publicação produzida pelo A.C.Camargo Cancer Center, que avaliou 98 mil pacientes com câncer tratados na instituição nos últimos 20 anos, as taxas de sobrevida deste tumor apresentaram aumento para ambos os sexos.

Após diagnosticado, o tratamento para o câncer de tireoide pode incluir cirurgia, iodoterapia e terapia hormonal. Outros procedimentos como, radioterapia, quimioterapia e terapias-alvo para este tipo de câncer raramente são necessários. 

O tratamento mais adotado é a cirurgia, com exceção de algumas formas raras da doença como o câncer de tireoide anaplásico e o linfoma. No câncer de tireoide diferenciado (tipos papilífero e folicular), as opções cirúrgicas incluem tireoidectomia total/quase total ou lobectomia unilateral com istmusectomia (remoção da região lateral e central da glândula) associado ou não a remoção dos gânglios linfáticos do pescoço. A abordagem cirúrgica depende da extensão da doença (por exemplo, tamanho do tumor primário e presença de extensão extratireoidiana ou metástases linfonodais), idade do paciente e presença de comorbidades.

Essas cirurgias podem ser realizadas por técnicas convencionais, endoscópicas (através da boca) ou ainda robótica por meio de uma incisão atrás da orelha.

Por ser uma cirurgia de baixo risco, na maioria dos casos o paciente tem alta hospitalar um dia após o procedimento. Antes disso ocorrer, o cirurgião de cabeça e pescoço pode solicitar também uma avaliação das cordas vocais, pois em casos raros, a cirurgia pode causar rouquidão temporária ou permanente. 

Outro efeito colateral possível é o dano às paratireoides, glândulas que ficam perto da tireoide e que ajudam a controlar o metabolismo de cálcio. Quando isso ocorre, o paciente pode ter queda dos níveis de cálcio no sangue, espasmos musculares e a sensação de dormência.

Após a cirurgia, o paciente pode precisar de tratamento complementar com iodo radioativo, que elimina células cancerosas que eventualmente não foram removidas em cirurgia ou que já se espalharam para os gânglios linfáticos e outros órgãos. Como a tireoide e o câncer de tiroide absorvem quase todo o iodo do organismo, esse tratamento tem pouco efeito sobre outras células saudáveis.

Câncer de tireoide: Iodoterapia

Antes da iodoterapia, o paciente pode receber uma injeção de TSH – hormônio tireoestimulante (TSH, na sigla em inglês) – ou permanecer sem tomar o hormônio T4, situação em que o TSH se eleva espontaneamente para estimular o tecido que restou da glândula e as células cancerosas a absorver o iodo radioativo.

A iodoterapia, é administrada uma cápsula contendo iodo radioativo e o paciente é colocado em isolamento por um período que varia entre 24 horas até 48 horas por conta da radiação. 

Em mulheres, o tratamento pode afetar o ciclo menstrual e as pacientes são aconselhadas a evitar a gravidez nos primeiros 6 a 12 meses após o término da terapia. 

Com a remoção da tireoide, os pacientes precisam fazer reposição do hormônio tireoidiano – tanto para substituir a produção hormonal normal quanto para suprimir o crescimento do tumor. A reposição dos hormônios tireoidianos inibe a produção de TSH pela glândula pituitária, reduzindo assim o estímulo que o TSH causa sobre a tireoide e eventualmente sobre as células cancerígenas. Por isso, é importante que os níveis de TSH se mantenham baixos, reduzindo o risco da volta do câncer, a recidiva.

 

Fonte : A.C Camargo