10 números preocupantes sobre câncer de mama no Brasil e no mundo

10 números preocupantes sobre câncer de mama no Brasil e no mundo

O dia 19 de outubro é marcado como o Dia Internacional do Câncer de Mama, data que relembra a importância da prevenção da doença. Este mês é chamado em todo o mundo de “Outubro Rosa”, uma campanha mundial para disseminar informações sobre o tema.

Segundo dados da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum e que mais mata mulheres em todo o mundo (a lista não considera o câncer de pele não melanoma, que tem alta incidência na população).

A previsão do Inca (Instituto Nacional de Câncer) é de que em 2016 ocorram 57.960 casos de câncer de mama entre mulheres no Brasil. Esse é o segundo tipo de tumor maligno mais incidente entre as brasileiras, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. O câncer de mama também pode afetar homens, embora os casos sejam considerados raros.

A doença não apresenta sintomas em sua fase inicial, por isso é tão difícil detectá-la precocemente. Vale lembrar que quanto antes o câncer é identificado, mais altas são as taxas de sucesso no tratamento.

Para a prevenção, é necessário que as mulheres pratiquem o autoexame e, entre os 50 e 69 anos, façam a mamografia a cada dois anos, segundo a recomendação do Inca e do Ministério da Saúde. No entanto, entidades como a Sociedade Brasileira de Mastologia recomendam o exame de mamografia seja feito em mulheres a partir de 40 anos e com periodicidade anual.

Veja a seguir 10 números que mostram o quão importante é se informar, prevenir e combater o câncer de mama:

1. 25% dos casos de câncer em mulheres no mundo são de mama

Segundo dados da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, agência da Organização Mundial da Saúde, 1 a cada 4 tipos de câncer que afetam as mulheres é de mama.

Em 2012, últimos dados mundiais publicados pela agência, a taxa de incidência desse tipo de câncer era de 1,6 milhão de casos entre mulheres.

2. O câncer de mama é o 1º em taxa de mortalidade em mulheres no mundo

O câncer de mama é o tipo de câncer que mais mata mulheres no mundo. De acordo com a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, 14,7% dos casos de morte por câncer em 2012 eram de pacientes com câncer de mama. A taxa de mortalidade para aquele ano era de 521.907 casos.

3. 57.960 novos casos são esperados no Brasil em 2016

Casos de câncer de mama feminina são esperados em 2016, segundo dados do Inca. Esse número equivale a 28% de todos os casos de câncer em mulheres estimados para este ano.

A taxa é de 56,2 casos para cada 100 mil mulheres. Esse é o tipo de câncer mais comum entre as brasileiras depois do câncer de pele não melanoma.

4. 51,3% dos casos ocorrem no Sudeste do país

Mais da metade dos casos de câncer de mama (51,3%) estimados para este ano devem ocorrer no Sudeste do país, segundo o Inca. Essa é a região do país que apresenta a maior quantidade de casos esperados da doença: 29.760, no total.

A segunda região com mais casos é o Nordeste (19,3%), seguida pelo Sul (18,9%). Em quarto e quinto lugar aparecem o Centro-Oeste (7,3%) e Norte (3,2%).

5. 14 mil mulheres morreram por causa do câncer de mama no Brasil em 2013

Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, 14.388 pessoas morreram de câncer de mama no Brasil em 2013, último ano com dados disponíveis. Desse total, 14.206 eram mulheres e 181 homens.

6. Diagnóstico no primeiro estágio da doença tem 88,3% de sobrevida, em média

Quanto mais cedo o câncer de mama é descoberto, mais altas são as taxas de sucesso do tratamento. De acordo com o Inca, a taxa de sobrevida após 5 anos (porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico) é maior quando a doença é detectada em seus estádios (etapa de desenvolvimento) iniciais.

Uma pesquisa do Inca com 12.847 pacientes entre 2000 a 2009 revelou que a sobrevida em cinco anos, de acordo com o estádio da doença no início do tratamento, foi de: 88,3% (estádio I), 78,5% (estádio II), 43% (estádio III) e 7,9% (estádio IV).

7. 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com hábitos saudáveis

o Inca, 30% dos casos desse tipo de doença podem ser evitados com bons hábitos.

Entre as recomendações do Instituto, estão a prática regular de atividade física, uma alimentação saudável, manter um peso adequado, amamentar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

8. 66% dos casos são descobertos pelas próprias pacientes

câncer de mama são descobertos pelas próprias pacientes ao notarem alguma alteração na mama. O dado reforça a importância do autoexame e da observação das mudanças no corpo para a prevenção da doença, mas, principalmente, de procurar tratamento e orientação médica.

No estudo, o percentual de mulheres que identificou a doença inicialmente por meio da mamografia ou de outro exame de imagem foi de 30,1% enquanto apenas 3,7% dos casos tiveram suspeita inicial vindo de um profissional de saúde.

O levantamento foi feito entre 405 mulheres do Rio de Janeiro que procuraram pela primeira vez atendimento devido a um câncer de mama entre junho de 2013 e outubro de 2014.

9. Excesso de gordura abdominal aumenta em 74% o risco de câncer de mama

A Sociedade Brasileira de Mastologia divulgou neste mês um estudo que mostra que mulheres com excesso de gordura abdominal apresentaram 74% mais chance de ter câncer de mama.

A pesquisa comparou dois grupos de mulheres atendidas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás: o primeiro tinha 116 pacientes recém-diagnosticadas com câncer de mama e o segundo era composto de 226 mulheres saudáveis.

Todas as participantes tinham, em média, 52 anos. A maior parte delas (60%) estava na pós-menopausa e tinha excesso de peso (67,4%), com IMC elevado.

Segundo a coordenadora do estudo, Jordana Carolina Marques Godinho Mota, o excesso de gordura na região do abdômen se mostrou mais grave do que o IMC alto no que diz respeito ao risco de desenvolver câncer de mama.

10. Lei determina início do tratamento em até 60 dias

A Lei 12.732 de 2012 prevê que o tratamento contra o câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) deve começar em até 60 dias após o diagnóstico. Essa determinação vale para todos os tipos de câncer, incluindo o câncer de mama.

Entidades do setor, no entanto, afirmam que quatro anos após a criação da lei, o cenário ainda não está nem perto disso. Segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, o tempo médio de espera para uma radioterapia no Brasil, por exemplo, é de 120 dias.

Fonte: Exame

O dia 19 de outubro é marcado como o Dia Internacional do Câncer de Mama, data que relembra a importância da prevenção da doença. Este mês é chamado em todo o mundo de “Outubro Rosa”, uma campanha mundial para disseminar informações sobre o tema.

Segundo dados da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum e que mais mata mulheres em todo o mundo (a lista não considera o câncer de pele não melanoma, que tem alta incidência na população).

A previsão do Inca (Instituto Nacional de Câncer) é de que em 2016 ocorram 57.960 casos de câncer de mama entre mulheres no Brasil. Esse é o segundo tipo de tumor maligno mais incidente entre as brasileiras, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. O câncer de mama também pode afetar homens, embora os casos sejam considerados raros.

A doença não apresenta sintomas em sua fase inicial, por isso é tão difícil detectá-la precocemente. Vale lembrar que quanto antes o câncer é identificado, mais altas são as taxas de sucesso no tratamento.

Para a prevenção, é necessário que as mulheres pratiquem o autoexame e, entre os 50 e 69 anos, façam a mamografia a cada dois anos, segundo a recomendação do Inca e do Ministério da Saúde. No entanto, entidades como a Sociedade Brasileira de Mastologia recomendam o exame de mamografia seja feito em mulheres a partir de 40 anos e com periodicidade anual.

Veja a seguir 10 números que mostram o quão importante é se informar, prevenir e combater o câncer de mama:

1. 25% dos casos de câncer em mulheres no mundo são de mama

Segundo dados da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, agência da Organização Mundial da Saúde, 1 a cada 4 tipos de câncer que afetam as mulheres é de mama.

Em 2012, últimos dados mundiais publicados pela agência, a taxa de incidência desse tipo de câncer era de 1,6 milhão de casos entre mulheres.

2. O câncer de mama é o 1º em taxa de mortalidade em mulheres no mundo

O câncer de mama é o tipo de câncer que mais mata mulheres no mundo. De acordo com a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, 14,7% dos casos de morte por câncer em 2012 eram de pacientes com câncer de mama. A taxa de mortalidade para aquele ano era de 521.907 casos.

3. 57.960 novos casos são esperados no Brasil em 2016

Casos de câncer de mama feminina são esperados em 2016, segundo dados do Inca. Esse número equivale a 28% de todos os casos de câncer em mulheres estimados para este ano.

A taxa é de 56,2 casos para cada 100 mil mulheres. Esse é o tipo de câncer mais comum entre as brasileiras depois do câncer de pele não melanoma.

4. 51,3% dos casos ocorrem no Sudeste do país

Mais da metade dos casos de câncer de mama (51,3%) estimados para este ano devem ocorrer no Sudeste do país, segundo o Inca. Essa é a região do país que apresenta a maior quantidade de casos esperados da doença: 29.760, no total.

A segunda região com mais casos é o Nordeste (19,3%), seguida pelo Sul (18,9%). Em quarto e quinto lugar aparecem o Centro-Oeste (7,3%) e Norte (3,2%).

5. 14 mil mulheres morreram por causa do câncer de mama no Brasil em 2013

Segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, 14.388 pessoas morreram de câncer de mama no Brasil em 2013, último ano com dados disponíveis. Desse total, 14.206 eram mulheres e 181 homens.

6. Diagnóstico no primeiro estágio da doença tem 88,3% de sobrevida, em média

Quanto mais cedo o câncer de mama é descoberto, mais altas são as taxas de sucesso do tratamento. De acordo com o Inca, a taxa de sobrevida após 5 anos (porcentagem de pacientes que vivem pelo menos 5 anos após o diagnóstico) é maior quando a doença é detectada em seus estádios (etapa de desenvolvimento) iniciais.

Uma pesquisa do Inca com 12.847 pacientes entre 2000 a 2009 revelou que a sobrevida em cinco anos, de acordo com o estádio da doença no início do tratamento, foi de: 88,3% (estádio I), 78,5% (estádio II), 43% (estádio III) e 7,9% (estádio IV).

7. 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com hábitos saudáveis

o Inca, 30% dos casos desse tipo de doença podem ser evitados com bons hábitos.

Entre as recomendações do Instituto, estão a prática regular de atividade física, uma alimentação saudável, manter um peso adequado, amamentar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

8. 66% dos casos são descobertos pelas próprias pacientes

câncer de mama são descobertos pelas próprias pacientes ao notarem alguma alteração na mama. O dado reforça a importância do autoexame e da observação das mudanças no corpo para a prevenção da doença, mas, principalmente, de procurar tratamento e orientação médica.

No estudo, o percentual de mulheres que identificou a doença inicialmente por meio da mamografia ou de outro exame de imagem foi de 30,1% enquanto apenas 3,7% dos casos tiveram suspeita inicial vindo de um profissional de saúde.

O levantamento foi feito entre 405 mulheres do Rio de Janeiro que procuraram pela primeira vez atendimento devido a um câncer de mama entre junho de 2013 e outubro de 2014.

9. Excesso de gordura abdominal aumenta em 74% o risco de câncer de mama

A Sociedade Brasileira de Mastologia divulgou neste mês um estudo que mostra que mulheres com excesso de gordura abdominal apresentaram 74% mais chance de ter câncer de mama.

A pesquisa comparou dois grupos de mulheres atendidas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás: o primeiro tinha 116 pacientes recém-diagnosticadas com câncer de mama e o segundo era composto de 226 mulheres saudáveis.

Todas as participantes tinham, em média, 52 anos. A maior parte delas (60%) estava na pós-menopausa e tinha excesso de peso (67,4%), com IMC elevado.

Segundo a coordenadora do estudo, Jordana Carolina Marques Godinho Mota, o excesso de gordura na região do abdômen se mostrou mais grave do que o IMC alto no que diz respeito ao risco de desenvolver câncer de mama.

10. Lei determina início do tratamento em até 60 dias

A Lei 12.732 de 2012 prevê que o tratamento contra o câncer no Sistema Único de Saúde (SUS) deve começar em até 60 dias após o diagnóstico. Essa determinação vale para todos os tipos de câncer, incluindo o câncer de mama.

Entidades do setor, no entanto, afirmam que quatro anos após a criação da lei, o cenário ainda não está nem perto disso. Segundo o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, o tempo médio de espera para uma radioterapia no Brasil, por exemplo, é de 120 dias.

Fonte: Exame