A bebida alcoólica eleva o risco de um câncer de boca?

A bebida alcoólica eleva o risco de um câncer de boca?

Neste Julho Verde, mês de conscientização sobre o combate aos tumores de cabeça e pescoço, descubra como é a relação entre o álcool e as neoplasias 

A bebida alcoólica pode ser, sim, um fator de risco para o desenvolvimento de um câncer.

Essa associação ocorre não apenas para um tumor de cabeça e pescoço, como boca, faringe e laringe. O álcool também pode implicar problemas no esôfago, mama e intestino grosso (colorretal).


Qualquer bebida alcoólica?

O álcool é prejudicial em todas as suas formas, mas o grande problema é o abuso dos destilados, pois o efeito carcinogênico é dose-dependente, e os destilados são os que apresentam a maior quantidade de álcool por mililitro (ml).

“O que a gente sabe é que, principalmente, bebidas destiladas têm esse potencial carcinogênico. Há trabalhos que mostram que quem toma a partir de duas doses diárias de destilados, ou seja, 14 ou mais doses por semana, eleva o risco de câncer sobretudo para boca, faringe e laringe”, explica o Dr. José Vartanian, head do Departamento de Tumores de Cabeça e Pescoço do A.C.Camargo.

“De vez em quando, não teria um problema uma cerveja ou um cálice de vinho, mas evite ao máximo os destilados”, avisa o especialista.


Interação com o cigarro 

Além do fator carcinogênico isolado do álcool, ele tem um efeito multiplicador do risco quando a pessoa também consome tabaco

“Quem fuma tem um risco até 25 vezes maior de desenvolver um câncer de boca. Já quem bebe ao menos duas doses diárias de destilados aumenta em até dez vezes esse risco. Quando se consome ambos ao mesmo tempo, multiplica-se o perigo. Em câncer de laringe, por exemplo, esse risco pode chegar a mais de 100 vezes. Assim, além de o álcool ter seu efeito isolado, ele potencializa muito o efeito do tabaco”, afirma o Dr. Vartanian.


Enxaguantes bucais

Alguns trabalhos na literatura científica, inclusive, mostraram que enxaguantes bucais com álcool também seriam um fator de risco. 

“Esses estudos revelaram que, se a pessoa faz o bochecho com um enxaguante com álcool mais de uma vez por dia, sendo duas ou três vezes, isso aumentaria em até duas vezes o risco de um câncer de boca. Por isso, muitas empresas reafirmam nos rótulos que o produto não contém álcool”, acrescenta o médico. 


Julho Verde: mês de conscientização 

A campanha mundial representa o mês de conscientização sobre o combate aos tumores de cabeça e pescoço.

Com o slogan O Câncer tá na Cara, mas às Vezes Você não Vê!, o movimento chama a atenção para as pessoas se precaverem o ano todo, para que fiquem atentas a eventuais sinais e sintomas, para que incluam hábitos saudáveis na rotina e realizem os exames médicos necessários.

A boa notícia é que, quando um câncer é detectado no início, são grandes as chances de sucesso no tratamento – sendo assim, cuide-se bem.

Fonte: A.C Camargo

Neste Julho Verde, mês de conscientização sobre o combate aos tumores de cabeça e pescoço, descubra como é a relação entre o álcool e as neoplasias 

A bebida alcoólica pode ser, sim, um fator de risco para o desenvolvimento de um câncer.

Essa associação ocorre não apenas para um tumor de cabeça e pescoço, como boca, faringe e laringe. O álcool também pode implicar problemas no esôfago, mama e intestino grosso (colorretal).


Qualquer bebida alcoólica?

O álcool é prejudicial em todas as suas formas, mas o grande problema é o abuso dos destilados, pois o efeito carcinogênico é dose-dependente, e os destilados são os que apresentam a maior quantidade de álcool por mililitro (ml).

“O que a gente sabe é que, principalmente, bebidas destiladas têm esse potencial carcinogênico. Há trabalhos que mostram que quem toma a partir de duas doses diárias de destilados, ou seja, 14 ou mais doses por semana, eleva o risco de câncer sobretudo para boca, faringe e laringe”, explica o Dr. José Vartanian, head do Departamento de Tumores de Cabeça e Pescoço do A.C.Camargo.

“De vez em quando, não teria um problema uma cerveja ou um cálice de vinho, mas evite ao máximo os destilados”, avisa o especialista.


Interação com o cigarro 

Além do fator carcinogênico isolado do álcool, ele tem um efeito multiplicador do risco quando a pessoa também consome tabaco

“Quem fuma tem um risco até 25 vezes maior de desenvolver um câncer de boca. Já quem bebe ao menos duas doses diárias de destilados aumenta em até dez vezes esse risco. Quando se consome ambos ao mesmo tempo, multiplica-se o perigo. Em câncer de laringe, por exemplo, esse risco pode chegar a mais de 100 vezes. Assim, além de o álcool ter seu efeito isolado, ele potencializa muito o efeito do tabaco”, afirma o Dr. Vartanian.


Enxaguantes bucais

Alguns trabalhos na literatura científica, inclusive, mostraram que enxaguantes bucais com álcool também seriam um fator de risco. 

“Esses estudos revelaram que, se a pessoa faz o bochecho com um enxaguante com álcool mais de uma vez por dia, sendo duas ou três vezes, isso aumentaria em até duas vezes o risco de um câncer de boca. Por isso, muitas empresas reafirmam nos rótulos que o produto não contém álcool”, acrescenta o médico. 


Julho Verde: mês de conscientização 

A campanha mundial representa o mês de conscientização sobre o combate aos tumores de cabeça e pescoço.

Com o slogan O Câncer tá na Cara, mas às Vezes Você não Vê!, o movimento chama a atenção para as pessoas se precaverem o ano todo, para que fiquem atentas a eventuais sinais e sintomas, para que incluam hábitos saudáveis na rotina e realizem os exames médicos necessários.

A boa notícia é que, quando um câncer é detectado no início, são grandes as chances de sucesso no tratamento – sendo assim, cuide-se bem.

Fonte: A.C Camargo