Bebida alcoólica e câncer: excesso contribui para a formação de tumores
Entenda como o álcool pode reagir em diferentes partes do corpo
Bebida alcoólica e câncer: esta relação aumenta a probabilidade de desenvolvimento de tumores.
E não só para os bebedores pesados (que consomem mais de 21 doses de álcool por semana): qualquer quantidade ingerida contribui para o aumento do risco de desenvolver certos tipos de câncer.
“O álcool é apontado em estudos como responsável por cerca de 6% das mortes no mundo inteiro. Ele aumenta o risco do câncer de boca, garganta, esôfago, fígado, intestino e mama. Também existem indícios de que o álcool pode estar envolvido na formação dos tumores de estômago e de pâncreas”, comenta do Thiago Chulam, head do Departamento de Prevenção e Diagnóstico Precoce da Instituição.
O médico explica que todos os tipos de bebidas alcoólicas são potencialmente cancerígenos e que não existe bebida melhor ou pior nesse sentido, apenas com concentração alcoólica diferente. “Foi observado em alguns estudos que mesmo o fato de beber socialmente pode levar ao aumento do risco de desenvolver certos tipos de tumores. É claro que a quantidade de bebida ingerida influencia muito, principalmente as com maior graduação alcoólica, como os destilados. Mas a dose limite permitida ainda não é algo que está estabelecido na medicina, pois não existe consenso sobre níveis seguros” comenta Dr. Thiago.
Bebida alcoólica e câncer: reações no corpo
Para cada parte do corpo, o álcool tem uma reação diferente:
- Boca, esôfago e laringe: ao aumentar a permeabilidade da mucosa bucal, do esôfago e da laringe, o álcool pode facilitar a penetração de agentes carcinógenos. Ao lesionar estes tecidos, a capacidade de reparo do DNA destas células pode ser alterada e gerar mutações. E a partir do acúmulo de mutações e de alterações do DNA, surgem os tumores.
- Mama: o álcool aumenta os níveis de alguns hormônios, como o estrogênio, responsável pelo aumento das chances de desenvolvimento dos tumores de mama.
- Fígado: a maior parte do álcool é metabolizada neste órgão. Os produtos resultantes desse metabolismo, como o acetaldeído, são tóxicos para o fígado e podem causar lesão, cirrose ou aumentar o risco de câncer hepático.
- Intestino: além de outros efeitos, há alteração da absorção de nutrientes que são anticarcinogênicos, como o folato, que é fundamental para a proteção do intestino.
Além dos efeitos no corpo, Dr. Thiago lembra que a ingestão de álcool pode causar interação medicamentosa. Para pacientes em tratamento do câncer, a bebida alcoólica também contribui para tornar mais fraco o sistema imunológico, que já está debilitado pela presença do tumor.
Fonte: A.C Camargo
Entenda como o álcool pode reagir em diferentes partes do corpo
Bebida alcoólica e câncer: esta relação aumenta a probabilidade de desenvolvimento de tumores.
E não só para os bebedores pesados (que consomem mais de 21 doses de álcool por semana): qualquer quantidade ingerida contribui para o aumento do risco de desenvolver certos tipos de câncer.
“O álcool é apontado em estudos como responsável por cerca de 6% das mortes no mundo inteiro. Ele aumenta o risco do câncer de boca, garganta, esôfago, fígado, intestino e mama. Também existem indícios de que o álcool pode estar envolvido na formação dos tumores de estômago e de pâncreas”, comenta do Thiago Chulam, head do Departamento de Prevenção e Diagnóstico Precoce da Instituição.
O médico explica que todos os tipos de bebidas alcoólicas são potencialmente cancerígenos e que não existe bebida melhor ou pior nesse sentido, apenas com concentração alcoólica diferente. “Foi observado em alguns estudos que mesmo o fato de beber socialmente pode levar ao aumento do risco de desenvolver certos tipos de tumores. É claro que a quantidade de bebida ingerida influencia muito, principalmente as com maior graduação alcoólica, como os destilados. Mas a dose limite permitida ainda não é algo que está estabelecido na medicina, pois não existe consenso sobre níveis seguros” comenta Dr. Thiago.
Bebida alcoólica e câncer: reações no corpo
Para cada parte do corpo, o álcool tem uma reação diferente:
- Boca, esôfago e laringe: ao aumentar a permeabilidade da mucosa bucal, do esôfago e da laringe, o álcool pode facilitar a penetração de agentes carcinógenos. Ao lesionar estes tecidos, a capacidade de reparo do DNA destas células pode ser alterada e gerar mutações. E a partir do acúmulo de mutações e de alterações do DNA, surgem os tumores.
- Mama: o álcool aumenta os níveis de alguns hormônios, como o estrogênio, responsável pelo aumento das chances de desenvolvimento dos tumores de mama.
- Fígado: a maior parte do álcool é metabolizada neste órgão. Os produtos resultantes desse metabolismo, como o acetaldeído, são tóxicos para o fígado e podem causar lesão, cirrose ou aumentar o risco de câncer hepático.
- Intestino: além de outros efeitos, há alteração da absorção de nutrientes que são anticarcinogênicos, como o folato, que é fundamental para a proteção do intestino.
Além dos efeitos no corpo, Dr. Thiago lembra que a ingestão de álcool pode causar interação medicamentosa. Para pacientes em tratamento do câncer, a bebida alcoólica também contribui para tornar mais fraco o sistema imunológico, que já está debilitado pela presença do tumor.
Fonte: A.C Camargo