Câncer de colo do útero: tem prevenção e tem cura

Câncer de colo do útero: tem prevenção e tem cura

No Dia Mundial de Combate ao Câncer de Colo do Útero, saiba como se proteger dessa doença que pode ser curada quando descoberta precocemente

O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Colo do Útero traz um alerta: é uma doença que afeta um grande número de mulheres e pode ser prevenida com medidas simples para grande parte dos casos.

Somente no Brasil são esperados 16.590 novos casos de câncer de colo do útero para 2022, com um risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres. Para 2040, é esperado que esse número cresça para 24,5 mil casos.

Entenda o câncer de colo do útero

O colo é a região mais baixa e estreita do útero, que tem duas partes: o corpo do útero (onde se desenvolvem os bebês) e o colo, que liga o útero à vagina. O câncer que surge no colo, também chamado de câncer cervical, tem início no seu tecido de revestimento e se desenvolve lentamente, com algumas células normais que se tornam pré-cancerosas e, mais tarde, cancerosas.

Quando detectado precocemente, grande parte dos casos de câncer de colo do útero são curáveis.

Fatores de risco

•    Infecção por HPV: o papilomavírus humano (HPV) é um vírus que pode ser transmitido por relações sexuais desprotegidas e infectar pele ou mucosas, causando câncer de colo do útero e também na boca, faringe, vulva, vagina, pênis e canal anal. Por isso, é importante utilizar preservativo, inclusive durante a prática de sexo oral. 
•    Infecção por HIV: o vírus da Aids diminui as defesas do organismo e reduz a capacidade dele de combater o vírus e o câncer em seus estágios iniciais.
•    Fumo: mulheres fumantes têm duas vezes mais risco de ter câncer de colo do útero do que aquelas que não fumam.

Sinais e sintomas

No início, a doença não costuma apresentar sintomas. Mas, em casos mais avençados, os sintomas mais comuns são:
•    Secreção, corrimento ou sangramento vaginal incomum.
•    Sangramento leve, fora do período menstrual.
•    Sangramento ou dor após a relação sexual, ducha íntima ou exame ginecológico.

Prevenção e detecção precoce

A infecção por HPV é muito comum na população e, em grande parte das vezes, não causa nenhuma doença. Mas, em alguns casos, surgem alterações celulares que podem evoluir para um câncer. No caso do câncer de colo do útero, o HPV é responsável por cerca de 70% dos casos. 

A boa notícia é que existe vacina contra o HPV. A imunização é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; pessoas que vivem com HIV e pessoas transplantadas na faixa etária entre 9 e 26 anos também fazem parte deste público.

Já a detecção precoce é feita por um exame conhecido como papanicolau, um procedimento simples que analisa amostras de células recolhidas do colo do útero por meio de raspagem com uma espátula e escovinha. O material é analisado em laboratório e pode detectar lesões pré-cancerosas. Com isso, a paciente pode ser tratada precocemente, antes que a lesão resulte em um câncer.

Todas as mulheres devem fazer o papanicolau anualmente, a partir dos 21 anos ou do terceiro ano após o início de sua vida sexual. A partir dos 30 anos, mulheres que tiveram três exames de papanicolau normais seguidos podem fazê-lo a cada dois ou três anos ou a cada três anos junto com o teste de DNA de HPV, se negativo. Mulheres expostas ao HIV ou com problemas no sistema imunológico devem fazer o exame anualmente. Mulheres com 70 anos ou mais que tiveram três ou mais testes normais em sequência (e nenhum resultado anormal em 10 anos) podem parar de fazer esses exames.


FONTE: Dra. Andréa Gadêlha, oncologista clínica e vice-líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo
INCA 

No Dia Mundial de Combate ao Câncer de Colo do Útero, saiba como se proteger dessa doença que pode ser curada quando descoberta precocemente

O Dia Mundial de Combate ao Câncer de Colo do Útero traz um alerta: é uma doença que afeta um grande número de mulheres e pode ser prevenida com medidas simples para grande parte dos casos.

Somente no Brasil são esperados 16.590 novos casos de câncer de colo do útero para 2022, com um risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres. Para 2040, é esperado que esse número cresça para 24,5 mil casos.

Entenda o câncer de colo do útero

O colo é a região mais baixa e estreita do útero, que tem duas partes: o corpo do útero (onde se desenvolvem os bebês) e o colo, que liga o útero à vagina. O câncer que surge no colo, também chamado de câncer cervical, tem início no seu tecido de revestimento e se desenvolve lentamente, com algumas células normais que se tornam pré-cancerosas e, mais tarde, cancerosas.

Quando detectado precocemente, grande parte dos casos de câncer de colo do útero são curáveis.

Fatores de risco

•    Infecção por HPV: o papilomavírus humano (HPV) é um vírus que pode ser transmitido por relações sexuais desprotegidas e infectar pele ou mucosas, causando câncer de colo do útero e também na boca, faringe, vulva, vagina, pênis e canal anal. Por isso, é importante utilizar preservativo, inclusive durante a prática de sexo oral. 
•    Infecção por HIV: o vírus da Aids diminui as defesas do organismo e reduz a capacidade dele de combater o vírus e o câncer em seus estágios iniciais.
•    Fumo: mulheres fumantes têm duas vezes mais risco de ter câncer de colo do útero do que aquelas que não fumam.

Sinais e sintomas

No início, a doença não costuma apresentar sintomas. Mas, em casos mais avençados, os sintomas mais comuns são:
•    Secreção, corrimento ou sangramento vaginal incomum.
•    Sangramento leve, fora do período menstrual.
•    Sangramento ou dor após a relação sexual, ducha íntima ou exame ginecológico.

Prevenção e detecção precoce

A infecção por HPV é muito comum na população e, em grande parte das vezes, não causa nenhuma doença. Mas, em alguns casos, surgem alterações celulares que podem evoluir para um câncer. No caso do câncer de colo do útero, o HPV é responsável por cerca de 70% dos casos. 

A boa notícia é que existe vacina contra o HPV. A imunização é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; pessoas que vivem com HIV e pessoas transplantadas na faixa etária entre 9 e 26 anos também fazem parte deste público.

Já a detecção precoce é feita por um exame conhecido como papanicolau, um procedimento simples que analisa amostras de células recolhidas do colo do útero por meio de raspagem com uma espátula e escovinha. O material é analisado em laboratório e pode detectar lesões pré-cancerosas. Com isso, a paciente pode ser tratada precocemente, antes que a lesão resulte em um câncer.

Todas as mulheres devem fazer o papanicolau anualmente, a partir dos 21 anos ou do terceiro ano após o início de sua vida sexual. A partir dos 30 anos, mulheres que tiveram três exames de papanicolau normais seguidos podem fazê-lo a cada dois ou três anos ou a cada três anos junto com o teste de DNA de HPV, se negativo. Mulheres expostas ao HIV ou com problemas no sistema imunológico devem fazer o exame anualmente. Mulheres com 70 anos ou mais que tiveram três ou mais testes normais em sequência (e nenhum resultado anormal em 10 anos) podem parar de fazer esses exames.


FONTE: Dra. Andréa Gadêlha, oncologista clínica e vice-líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo
INCA