HPV: vacina previne vários tipos de câncer

HPV: vacina previne vários tipos de câncer

Saiba como a imunização contra o papilomavírus humano pode evitar o desenvolvimento de tumores de colo do útero, vagina e pênis, entre outros – e como o desconhecimento e as fake news impedem que vidas sejam salvas

O HPV, também conhecido como papilomavírus humano, é uma doença sexualmente transmissível (DST).

Esse vírus pode ser transmitido por relações sem proteção e infectar pele ou mucosas.

A boa notícia é que há uma vacina para inibir o HPV, mas o problema é que existe muito desconhecimento e preconceito sobre essa imunização.

Embora haja consolidados programas nacionais de imunização em boa parte do Brasil e da América Latina, eles seguem sendo pouco utilizados. 

É que, para conseguir uma melhor proteção, a vacina deve ser aplicada cedo.

Se isso não é feito, há um terreno fértil para a infecção por HPV, que pode desencadear, em casos extremos, vários tipos de câncer. 


HPV e os tipos de câncer relacionados

A infecção pelo HPV é comum, mas regride espontaneamente na maioria das vezes. 

Quando a infecção persiste e é causada por um tipo viral oncogênico, ocasionalmente acontecem lesões precursoras. Estas, se não identificadas e tratadas, podem evoluir para um câncer. 

Ocorre principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe.


Por que vacinar tão cedo?

Em 2014, o Ministério da Saúde implantou no SUS a vacinação gratuita tetravalente contra o HPV em meninas entre 9 e 13 anos. Na época, a recomendação era de três doses.

Tal faixa etária foi eleita por ser a que apresenta maior benefício pela grande produção de anticorpos e por ter sido menos exposta ao vírus por meio de relações sexuais.

Em 2017, o esquema vacinal do SUS foi ampliado para meninos de 11 a 14 anos, e as garotas de 14 anos também foram incluídas – passaram a ser recomendadas duas doses com intervalo de seis meses. Mulheres e homens com imunossupressão até 26 anos de idade também foram incluídos. Em março de 2021, o Ministério da Saúde ampliou esta proteção para mulheres imunossuprimidas até os 45 anos. No setor privado, a vacina já está disponível para mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos, independentemente de ser ou não imunodeprimido.

A dificuldade de alcançar crianças e adolescentes, que já não vão aos postos de saúde regularmente, como faziam na primeira infância, está longe de ser o maior problema para combater o HPV. 

Barreiras: desconhecimento e fake news

Vários são os obstáculos para a adesão à vacinação contra o HPV, mas dois são os principais:

  • Desconhecimento: se trata de uma vacina que previne alguns tipos de câncer, mas as pessoas não sabem;
  • Fake news: além de alguns grupos relacionarem vacinas a eventos adversos muitas vezes de forma errônea, há aqueles que associam a vacinação contra o HPV como estímulo ao início precoce da atividade sexual, algo que não é verdade.

É importante desmistificar esses conceitos equivocados e ratificar que a criança deve ser imunizada contra o HPV da mesma forma que ocorre com outras vacinas. Essa imunização é segura e deve ser realizada idealmente antes do início da atividade sexual, pois ainda não ocorreu a exposição ao HPV e se garante uma maior resposta protetora da vacina.

Se tiver outras dúvidas sobre o tema, clique aqui ou ouça o podcast abaixo, que foi dividido em duas partes.


Fonte: Doutora Andréa Gadêlha, oncologista clínica e vice-líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo

Saiba como a imunização contra o papilomavírus humano pode evitar o desenvolvimento de tumores de colo do útero, vagina e pênis, entre outros – e como o desconhecimento e as fake news impedem que vidas sejam salvas

O HPV, também conhecido como papilomavírus humano, é uma doença sexualmente transmissível (DST).

Esse vírus pode ser transmitido por relações sem proteção e infectar pele ou mucosas.

A boa notícia é que há uma vacina para inibir o HPV, mas o problema é que existe muito desconhecimento e preconceito sobre essa imunização.

Embora haja consolidados programas nacionais de imunização em boa parte do Brasil e da América Latina, eles seguem sendo pouco utilizados. 

É que, para conseguir uma melhor proteção, a vacina deve ser aplicada cedo.

Se isso não é feito, há um terreno fértil para a infecção por HPV, que pode desencadear, em casos extremos, vários tipos de câncer. 


HPV e os tipos de câncer relacionados

A infecção pelo HPV é comum, mas regride espontaneamente na maioria das vezes. 

Quando a infecção persiste e é causada por um tipo viral oncogênico, ocasionalmente acontecem lesões precursoras. Estas, se não identificadas e tratadas, podem evoluir para um câncer. 

Ocorre principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe.


Por que vacinar tão cedo?

Em 2014, o Ministério da Saúde implantou no SUS a vacinação gratuita tetravalente contra o HPV em meninas entre 9 e 13 anos. Na época, a recomendação era de três doses.

Tal faixa etária foi eleita por ser a que apresenta maior benefício pela grande produção de anticorpos e por ter sido menos exposta ao vírus por meio de relações sexuais.

Em 2017, o esquema vacinal do SUS foi ampliado para meninos de 11 a 14 anos, e as garotas de 14 anos também foram incluídas – passaram a ser recomendadas duas doses com intervalo de seis meses. Mulheres e homens com imunossupressão até 26 anos de idade também foram incluídos. Em março de 2021, o Ministério da Saúde ampliou esta proteção para mulheres imunossuprimidas até os 45 anos. No setor privado, a vacina já está disponível para mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos, independentemente de ser ou não imunodeprimido.

A dificuldade de alcançar crianças e adolescentes, que já não vão aos postos de saúde regularmente, como faziam na primeira infância, está longe de ser o maior problema para combater o HPV. 

Barreiras: desconhecimento e fake news

Vários são os obstáculos para a adesão à vacinação contra o HPV, mas dois são os principais:

  • Desconhecimento: se trata de uma vacina que previne alguns tipos de câncer, mas as pessoas não sabem;
  • Fake news: além de alguns grupos relacionarem vacinas a eventos adversos muitas vezes de forma errônea, há aqueles que associam a vacinação contra o HPV como estímulo ao início precoce da atividade sexual, algo que não é verdade.

É importante desmistificar esses conceitos equivocados e ratificar que a criança deve ser imunizada contra o HPV da mesma forma que ocorre com outras vacinas. Essa imunização é segura e deve ser realizada idealmente antes do início da atividade sexual, pois ainda não ocorreu a exposição ao HPV e se garante uma maior resposta protetora da vacina.

Se tiver outras dúvidas sobre o tema, clique aqui ou ouça o podcast abaixo, que foi dividido em duas partes.


Fonte: Doutora Andréa Gadêlha, oncologista clínica e vice-líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo