Câncer de mama também atinge homens

Câncer de mama também atinge homens

Eles representam apenas 1% dos casos; apesar de raro é importante ficar de olho 

Ao contrário do que se pode pensar à primeira vista, o câncer de mama não atinge somente mulheres: os homens também podem desenvolvê-lo. Isso se deve ao fato de que eles também possuem glândulas mamárias e hormônios femininos, ainda que em baixa quantidade.  Por isso, esses tumores são raros: estima-se que entre os casos de câncer de mama, apenas 1% é masculino. Ou seja, para cada 100 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, há um homem com o mesmo diagnóstico.  

Grupo de risco

Os tumores de mama aparecem mais em homens acima dos 60 anos e podem ser mais frequentes naqueles cujas famílias apresentam muitos casos de câncer de mama em homens e mulheres e câncer de ovário. 

Fazer mamografia de rotina é recomendável?

Justamente por ser raro, não existe rastreamento de câncer de mama para homens. “O mais importante é conhecer o histórico da família e saber reconhecer o seu próprio corpo”, explica a head de Mastologia do A.C.Camargo Cancer Center, Fabiana Makdissi. 

Fique atento aos sintomas 

Ao primeiro sinal de uma caroço na mama, inchaço próximo do mamilo, dor unilateral ou secreção pelo mamilo, é bom agendar uma consulta com um médico. O aumento da mama no homem, ou mesmo o caroço, pode ser só uma ginecomastia – o que é mais comum –, que significa um aumento totalmente benigno da glândula mamária do homem, sem risco para câncer de mama. 

Tratamento 

Como a mama masculina é pequena e os nódulos são atrás do mamilo, geralmente não é possível fazer cirurgias conservadoras (que retiram apenas parte da mama). A cirurgia costuma ser a retirada de toda a mama com a aréola e o mamilo tendo de sair como margem de segurança (mastectomia total), com a cirurgia axilar (retirada de um gânglio – linfonodo sentinela – ou de vários gânglios da axila) no mesmo tempo cirúrgico.

Outros tratamentos podem ser necessários, como nas mulheres: quimioterapia, radioterapia, bloqueio dos hormônios. Tudo vai depender do tamanho do tumor e de suas características biológicas.

Estudo A.C.Camargo Cancer Center 

Para melhor caracterizar os dados clínicos, epidemiológicos, anatomo-patológicos e moleculares do câncer de mama nos homens brasileiros, o A.C.Camargo Cancer Center está conduzindo um estudo que inclui a análise dos tumores e o perfil de mutações germinativas na nossa população. Até o momento, foram incluídos 60 homens tratados na Instituição entre 2007 e 2019. 

“Os resultados iniciais confirmam os dados já descritos na literatura, sendo os tumores em maioria Luminais, a idade mediana ao diagnóstico de 58 anos e a maioria (90%) dos pacientes com história familiar de câncer de mama e ovário hereditários”, aponta doutora Elizabeth Santana, oncologista clínica e uma das pesquisadoras do projeto que conta ainda com a participação do Dr. Fernando Campos e Dra. Solange Sanches, do departamento de oncologia clínica, da Dra Cynthia Osório, da anatomia-patológica, e das Dras. Dirce Carraro e Giovana Torrezan, do Laboratório de Genômica e Biologia Molecular.    

O projeto encontra-se em andamento e nas próximas etapas serão avaliados o perfil de mutações germinativas encontradas no grupo de pacientes. Além disso, serão aprofundadas as análises moleculares em busca de fatores prognósticos e possíveis alvos terapêuticos.  

Eles representam apenas 1% dos casos; apesar de raro é importante ficar de olho 

Ao contrário do que se pode pensar à primeira vista, o câncer de mama não atinge somente mulheres: os homens também podem desenvolvê-lo. Isso se deve ao fato de que eles também possuem glândulas mamárias e hormônios femininos, ainda que em baixa quantidade.  Por isso, esses tumores são raros: estima-se que entre os casos de câncer de mama, apenas 1% é masculino. Ou seja, para cada 100 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, há um homem com o mesmo diagnóstico.  

Grupo de risco

Os tumores de mama aparecem mais em homens acima dos 60 anos e podem ser mais frequentes naqueles cujas famílias apresentam muitos casos de câncer de mama em homens e mulheres e câncer de ovário. 

Fazer mamografia de rotina é recomendável?

Justamente por ser raro, não existe rastreamento de câncer de mama para homens. “O mais importante é conhecer o histórico da família e saber reconhecer o seu próprio corpo”, explica a head de Mastologia do A.C.Camargo Cancer Center, Fabiana Makdissi. 

Fique atento aos sintomas 

Ao primeiro sinal de uma caroço na mama, inchaço próximo do mamilo, dor unilateral ou secreção pelo mamilo, é bom agendar uma consulta com um médico. O aumento da mama no homem, ou mesmo o caroço, pode ser só uma ginecomastia – o que é mais comum –, que significa um aumento totalmente benigno da glândula mamária do homem, sem risco para câncer de mama. 

Tratamento 

Como a mama masculina é pequena e os nódulos são atrás do mamilo, geralmente não é possível fazer cirurgias conservadoras (que retiram apenas parte da mama). A cirurgia costuma ser a retirada de toda a mama com a aréola e o mamilo tendo de sair como margem de segurança (mastectomia total), com a cirurgia axilar (retirada de um gânglio – linfonodo sentinela – ou de vários gânglios da axila) no mesmo tempo cirúrgico.

Outros tratamentos podem ser necessários, como nas mulheres: quimioterapia, radioterapia, bloqueio dos hormônios. Tudo vai depender do tamanho do tumor e de suas características biológicas.

Estudo A.C.Camargo Cancer Center 

Para melhor caracterizar os dados clínicos, epidemiológicos, anatomo-patológicos e moleculares do câncer de mama nos homens brasileiros, o A.C.Camargo Cancer Center está conduzindo um estudo que inclui a análise dos tumores e o perfil de mutações germinativas na nossa população. Até o momento, foram incluídos 60 homens tratados na Instituição entre 2007 e 2019. 

“Os resultados iniciais confirmam os dados já descritos na literatura, sendo os tumores em maioria Luminais, a idade mediana ao diagnóstico de 58 anos e a maioria (90%) dos pacientes com história familiar de câncer de mama e ovário hereditários”, aponta doutora Elizabeth Santana, oncologista clínica e uma das pesquisadoras do projeto que conta ainda com a participação do Dr. Fernando Campos e Dra. Solange Sanches, do departamento de oncologia clínica, da Dra Cynthia Osório, da anatomia-patológica, e das Dras. Dirce Carraro e Giovana Torrezan, do Laboratório de Genômica e Biologia Molecular.    

O projeto encontra-se em andamento e nas próximas etapas serão avaliados o perfil de mutações germinativas encontradas no grupo de pacientes. Além disso, serão aprofundadas as análises moleculares em busca de fatores prognósticos e possíveis alvos terapêuticos.