Câncer infantil: A.C.Camargo avalia efeitos tardios em quem tratou um tumor e se curou na infância e na adolescência

Câncer infantil: A.C.Camargo avalia efeitos tardios em quem tratou um tumor e se curou na infância e na adolescência

O objetivo das consultas com o grupo de estudos GEPETTO é monitorar a pessoa como um todo e tentar identificar se o tratamento causou ou poderá causar algum transtorno para a vida dela – seja ele físico, emocional ou social

A cura de um câncer infantil, além de clínica, tem de ser psicológica e social.

Com o objetivo de avaliar eventuais consequências tardias do câncer em indivíduos que se trataram e se curaram na infância e na adolescência, o A.C.Camargo conta com o Grupo de Estudos Pediátricos dos Efeitos Tardios do Tratamento Oncológico, o GEPETTO.

Criado em 1999, mais uma iniciativa pioneira do A.C.Camargo no Brasil, o GEPETTO, que detém cerca de 1.300 pacientes registrados, faz uma abordagem multidisciplinar desses possíveis efeitos tardios, algo já praticado à época na Europa e nos EUA.  

“Eles já se preocupavam em saber o que a quimioterapia, a cirurgia e o próprio tumor poderiam acarretar para as crianças, mesmo após um longo tempo de ter realizado o tratamento, visto que a criança é um ser ainda em formação. Assim, ela tem um organismo mais suscetível aos efeitos tóxicos da quimioterapia e da radioterapia, mesmo a longo prazo”, explica a Dra. Cecilia Maria Lima da Costa, líder do Centro de Referência em Tumores Pediátricos.


Antever diagnósticos

O GEPETTO gera conhecimento ano após ano. Pois, a partir do momento em que se conhece esses efeitos tardios num determinado paciente, é possível rediscutir estratégias de tratamento para minimizar consequências futuras.
Exemplo: alguns quimioterápicos têm toxicidade para o coração, alteram a função cardíaca, mesmo anos após serem sido utilizados. 

“Então, precisamos monitorar os pacientes que usaram esse medicamento e ir acompanhando se não surge um problema cardíaco ao longo dos anos. Na consulta com o grupo de oncologia pediátrica, além do exame físico, é feito o monitoramento da função cardíaca por meio de exames complementares. Ao detectar alguma alteração, encaminhamos ao cardiologista para que haja o acompanhamento precoce”, diz a médica. 

Dependendo do tratamento realizado e da idade que a criança tinha, vários outros problemas de saúde podem ocorrer após anos do término do tratamento. Entre eles: distúrbios endocrinológicos, neurológicos, disfunção renal, auditiva e visual, aparecimento de um segundo câncer, déficit de atenção e dificuldade de aprendizagem, além de problemas psicoemocionais e sociais.

“Durante a consulta no GEPETTO, procuramos conhecer todas as queixas dos pacientes, assim poderemos identificar a necessidade de acompanhamento com a psicologia, a psiquiatria e a assistente social.”, conta a Dra. Cecilia.

“A gente quer que o paciente seja um indivíduo totalmente integrado à sociedade”, encerra.

Fonte: A.C Camargo

O objetivo das consultas com o grupo de estudos GEPETTO é monitorar a pessoa como um todo e tentar identificar se o tratamento causou ou poderá causar algum transtorno para a vida dela – seja ele físico, emocional ou social

A cura de um câncer infantil, além de clínica, tem de ser psicológica e social.

Com o objetivo de avaliar eventuais consequências tardias do câncer em indivíduos que se trataram e se curaram na infância e na adolescência, o A.C.Camargo conta com o Grupo de Estudos Pediátricos dos Efeitos Tardios do Tratamento Oncológico, o GEPETTO.

Criado em 1999, mais uma iniciativa pioneira do A.C.Camargo no Brasil, o GEPETTO, que detém cerca de 1.300 pacientes registrados, faz uma abordagem multidisciplinar desses possíveis efeitos tardios, algo já praticado à época na Europa e nos EUA.  

“Eles já se preocupavam em saber o que a quimioterapia, a cirurgia e o próprio tumor poderiam acarretar para as crianças, mesmo após um longo tempo de ter realizado o tratamento, visto que a criança é um ser ainda em formação. Assim, ela tem um organismo mais suscetível aos efeitos tóxicos da quimioterapia e da radioterapia, mesmo a longo prazo”, explica a Dra. Cecilia Maria Lima da Costa, líder do Centro de Referência em Tumores Pediátricos.


Antever diagnósticos

O GEPETTO gera conhecimento ano após ano. Pois, a partir do momento em que se conhece esses efeitos tardios num determinado paciente, é possível rediscutir estratégias de tratamento para minimizar consequências futuras.
Exemplo: alguns quimioterápicos têm toxicidade para o coração, alteram a função cardíaca, mesmo anos após serem sido utilizados. 

“Então, precisamos monitorar os pacientes que usaram esse medicamento e ir acompanhando se não surge um problema cardíaco ao longo dos anos. Na consulta com o grupo de oncologia pediátrica, além do exame físico, é feito o monitoramento da função cardíaca por meio de exames complementares. Ao detectar alguma alteração, encaminhamos ao cardiologista para que haja o acompanhamento precoce”, diz a médica. 

Dependendo do tratamento realizado e da idade que a criança tinha, vários outros problemas de saúde podem ocorrer após anos do término do tratamento. Entre eles: distúrbios endocrinológicos, neurológicos, disfunção renal, auditiva e visual, aparecimento de um segundo câncer, déficit de atenção e dificuldade de aprendizagem, além de problemas psicoemocionais e sociais.

“Durante a consulta no GEPETTO, procuramos conhecer todas as queixas dos pacientes, assim poderemos identificar a necessidade de acompanhamento com a psicologia, a psiquiatria e a assistente social.”, conta a Dra. Cecilia.

“A gente quer que o paciente seja um indivíduo totalmente integrado à sociedade”, encerra.

Fonte: A.C Camargo