Células tumorais circulantes e câncer de mama: estudo é reconhecido em congresso da SBOC-AACR

Células tumorais circulantes e câncer de mama: estudo é reconhecido em congresso da SBOC-AACR

Trabalho visa poupar pacientes metastáticas, que muitas vezes têm de fazer repetidas biópsias 

Células tumorais circulantes e câncer de mama. Estas duas temáticas nortearam um estudo conduzido pela Dra. Solange Sanches, oncologista clínica do A.C.Camargo, que contou com a orientação da Dra. Ludmilla Chinen, pesquisadora do Centro Internacional de Pesquisas (CIPE) da Instituição. 

Esse trabalho foi premiado no SBOC-AACR Joint Congress: a Translational Approach to Clinical Oncology, congresso realizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) em parceria inédita com a American Association for Cancer Research (AACR).

Com cerca de 1.100 inscritos e 65 atividades científicas, o evento classificou o pôster da Dra. Solange como o segundo melhor, um trabalho intitulado Role of Replacement of Metastatic Breast Cancer Rebiopsies by Circulating Tumor Cells (CTCS) – Comparison of Estrogen Receptor (ER), Progesterone Receptor (PR) and HER2 Expression in CTCS, Primary Tumors and Breast Cancer (BC) Metastases.


A ideia do estudo 

A Dra. Solange Sanches explica como surgiu o trabalho.

“Quando as pacientes com câncer de mama desenvolvem uma metástase, na maior parte das vezes, está indicado biopsiar de novo essa metástase. Assim, se vê se o tumor mantém o mesmo padrão do tumor primário de mama ou se ele se modificou”, conta a médica. 

“Mesmo que seja uma metástase de fácil acesso, é um procedimento invasivo e, com frequência, não se consegue rebiopsiar o número de vezes que a gente quer. O ideal seria rebiopsiar a cada progressão, mas, do ponto de vista prático, fica inviável”, afirma a Dra. Solange.


Células tumorais circulantes x biópsia 

A partir dessa dificuldade com a frequência da biópsia, a ideia foi analisar se as células tumorais circulantes (CTCs), nessas pacientes com metástase, poderiam substituir a biópsia. 

“O que fizemos foi, exatamente antes de a paciente ser submetida à biopsia, colher o sangue, procurar se havia CTCs e entender se o padrão dessas CTCs eram os mesmos ou se eram diferentes dos encontrados nas metástases”, diz a médica. 

Em tempo: as células tumorais circulantes têm esse nome porque se desprendem do tumor e vão para o sangue.


Resultados

Para a diferenciação entre tumores de mama triplo negativos e não triplo negativos, o estudo apresentou uma precisão de 84%.

“O que encontramos, no entanto, não foi uma correlação perfeita. A causa pode ser pelo tamanho da nossa amostragem, que foi relativamente pequeno, ou pelo método. Mas, apesar de os resultados não apresentarem uma aplicação prática clínica para agora, eles mostram que esta pode ser uma linha para continuar pesquisando, ampliando a amostra, observando outros métodos juntos, para conseguir poupar das biópsias essas pacientes com metástases”, projeta a Dra. Solange Sanches. 


CTCs: segundo prêmio do A.C.Camargo em 2020

Também orientado pela Dra. Ludmilla Chinen, do CIPE, um outro estudo do A.C.Camargo com células tumorais circulantes foi reconhecido este ano.

Apresentado pelo Dr. Douglas Guedes, médico da radioterapia, trata-se de uma análise das CTCs em câncer de mama com metástases cerebrais, que foi premiada no Congresso Anual da Sociedade Americana de Rádio-Oncologia (ASTRO), algo que mostra a importância do tema.

Fonte: A.C Camargo

Trabalho visa poupar pacientes metastáticas, que muitas vezes têm de fazer repetidas biópsias 

Células tumorais circulantes e câncer de mama. Estas duas temáticas nortearam um estudo conduzido pela Dra. Solange Sanches, oncologista clínica do A.C.Camargo, que contou com a orientação da Dra. Ludmilla Chinen, pesquisadora do Centro Internacional de Pesquisas (CIPE) da Instituição. 

Esse trabalho foi premiado no SBOC-AACR Joint Congress: a Translational Approach to Clinical Oncology, congresso realizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) em parceria inédita com a American Association for Cancer Research (AACR).

Com cerca de 1.100 inscritos e 65 atividades científicas, o evento classificou o pôster da Dra. Solange como o segundo melhor, um trabalho intitulado Role of Replacement of Metastatic Breast Cancer Rebiopsies by Circulating Tumor Cells (CTCS) – Comparison of Estrogen Receptor (ER), Progesterone Receptor (PR) and HER2 Expression in CTCS, Primary Tumors and Breast Cancer (BC) Metastases.


A ideia do estudo 

A Dra. Solange Sanches explica como surgiu o trabalho.

“Quando as pacientes com câncer de mama desenvolvem uma metástase, na maior parte das vezes, está indicado biopsiar de novo essa metástase. Assim, se vê se o tumor mantém o mesmo padrão do tumor primário de mama ou se ele se modificou”, conta a médica. 

“Mesmo que seja uma metástase de fácil acesso, é um procedimento invasivo e, com frequência, não se consegue rebiopsiar o número de vezes que a gente quer. O ideal seria rebiopsiar a cada progressão, mas, do ponto de vista prático, fica inviável”, afirma a Dra. Solange.


Células tumorais circulantes x biópsia 

A partir dessa dificuldade com a frequência da biópsia, a ideia foi analisar se as células tumorais circulantes (CTCs), nessas pacientes com metástase, poderiam substituir a biópsia. 

“O que fizemos foi, exatamente antes de a paciente ser submetida à biopsia, colher o sangue, procurar se havia CTCs e entender se o padrão dessas CTCs eram os mesmos ou se eram diferentes dos encontrados nas metástases”, diz a médica. 

Em tempo: as células tumorais circulantes têm esse nome porque se desprendem do tumor e vão para o sangue.


Resultados

Para a diferenciação entre tumores de mama triplo negativos e não triplo negativos, o estudo apresentou uma precisão de 84%.

“O que encontramos, no entanto, não foi uma correlação perfeita. A causa pode ser pelo tamanho da nossa amostragem, que foi relativamente pequeno, ou pelo método. Mas, apesar de os resultados não apresentarem uma aplicação prática clínica para agora, eles mostram que esta pode ser uma linha para continuar pesquisando, ampliando a amostra, observando outros métodos juntos, para conseguir poupar das biópsias essas pacientes com metástases”, projeta a Dra. Solange Sanches. 


CTCs: segundo prêmio do A.C.Camargo em 2020

Também orientado pela Dra. Ludmilla Chinen, do CIPE, um outro estudo do A.C.Camargo com células tumorais circulantes foi reconhecido este ano.

Apresentado pelo Dr. Douglas Guedes, médico da radioterapia, trata-se de uma análise das CTCs em câncer de mama com metástases cerebrais, que foi premiada no Congresso Anual da Sociedade Americana de Rádio-Oncologia (ASTRO), algo que mostra a importância do tema.

Fonte: A.C Camargo