Diagnóstico e tratamento oncológico de adolescentes e jovens adultos é abordado por especialista do A.C.Camargo

Diagnóstico e tratamento oncológico de adolescentes e jovens adultos é abordado por especialista do A.C.Camargo

Você sabia que as neoplasias malignas são a principal causa de morte entre pacientes AYAs (Adolescents and Youngs Adults), quando excluído suicídio e acidentes inesperados? 

Foi sobre o desdobramento deste tema que a Dra. Viviane Sonaglio, líder do Centro de Referência em Tumores Pediátricos e Head da Pediatria do A.C.Camargo Cancer Center, abordou em uma das palestras realizadas na edição de 2023 do Next Frontiers to Cure Cancer

Como um dos principais ganchos, a Dra. Viviane falou sobre o grau de especificidade de tumores cerebrais em AYAs, que apresentam problemas adicionais, como comprometimento e deterioração cognitiva, deficiência e deterioração hormonal e alteração na aparência dos tumores e o alerta para o fato de que o cuidado oncológico deles, normalmente, não é uniforme. “Eles frequentemente ficam entre os serviços pediátricos e adultos em muitos países, levando a uma entrada deficiente em ensaios clínicos, a uma sobrevida mais pobre e a muitos problemas psicossociais”, relata a médica oncologista. 

Ela alertou também o quanto isso reflete a falta de melhoria na sobrevivência geral entre adolescentes e jovens adultos desde a década de 1970 até o início dos anos 2000, em relação às melhorias observadas em crianças e adultos mais velhos. Frente a crianças, por exemplo, foi relatada sobrevida inferior para AYAs para vários tipos de câncer, aumento da frequência e gravidade da toxicidade relacionada ao tratamento. 

Há defasagem na inscrição destes pacientes em ensaios clínicos, já que os protocolos têm sido tradicionalmente desenvolvidos por oncologistas pediátricos ou adultos, normalmente com pouca ou nenhuma colaboração entre os dois grupos. A biologia do tumor e o seu resultado clínico diferem entre as faixas etárias e, com isso, sugerem diferentes abordagens para cada idade

Não há diretrizes de diagnóstico ou tratamento consensuais definidas para pacientes nesta faixa etária

Dra. Viviane Sonaglio

Estes quadros geram uma clara necessidade de cuidados multidisciplinares, envolvendo neuro-oncologistas pediátricos e adultos, neurocirurgiões, oncologistas de radiação e neuropatologistas. No A.C.Camargo Cancer Center, por exemplo, temos uma unidade dedicada ao paciente adulto, que conta com suporte integrado e hiperespecializado. 

Embora as taxas de mortalidade entre AYAs com câncer como um todo tenham diminuído em aproximadamente 0,8% ao ano, a taxa de sobrevivência de AYAs com tumores do SNC não melhorou.

 

Fonte: A.C Camargo

Você sabia que as neoplasias malignas são a principal causa de morte entre pacientes AYAs (Adolescents and Youngs Adults), quando excluído suicídio e acidentes inesperados? 

Foi sobre o desdobramento deste tema que a Dra. Viviane Sonaglio, líder do Centro de Referência em Tumores Pediátricos e Head da Pediatria do A.C.Camargo Cancer Center, abordou em uma das palestras realizadas na edição de 2023 do Next Frontiers to Cure Cancer

Como um dos principais ganchos, a Dra. Viviane falou sobre o grau de especificidade de tumores cerebrais em AYAs, que apresentam problemas adicionais, como comprometimento e deterioração cognitiva, deficiência e deterioração hormonal e alteração na aparência dos tumores e o alerta para o fato de que o cuidado oncológico deles, normalmente, não é uniforme. “Eles frequentemente ficam entre os serviços pediátricos e adultos em muitos países, levando a uma entrada deficiente em ensaios clínicos, a uma sobrevida mais pobre e a muitos problemas psicossociais”, relata a médica oncologista. 

Ela alertou também o quanto isso reflete a falta de melhoria na sobrevivência geral entre adolescentes e jovens adultos desde a década de 1970 até o início dos anos 2000, em relação às melhorias observadas em crianças e adultos mais velhos. Frente a crianças, por exemplo, foi relatada sobrevida inferior para AYAs para vários tipos de câncer, aumento da frequência e gravidade da toxicidade relacionada ao tratamento. 

Há defasagem na inscrição destes pacientes em ensaios clínicos, já que os protocolos têm sido tradicionalmente desenvolvidos por oncologistas pediátricos ou adultos, normalmente com pouca ou nenhuma colaboração entre os dois grupos. A biologia do tumor e o seu resultado clínico diferem entre as faixas etárias e, com isso, sugerem diferentes abordagens para cada idade

Não há diretrizes de diagnóstico ou tratamento consensuais definidas para pacientes nesta faixa etária

Dra. Viviane Sonaglio

Estes quadros geram uma clara necessidade de cuidados multidisciplinares, envolvendo neuro-oncologistas pediátricos e adultos, neurocirurgiões, oncologistas de radiação e neuropatologistas. No A.C.Camargo Cancer Center, por exemplo, temos uma unidade dedicada ao paciente adulto, que conta com suporte integrado e hiperespecializado. 

Embora as taxas de mortalidade entre AYAs com câncer como um todo tenham diminuído em aproximadamente 0,8% ao ano, a taxa de sobrevivência de AYAs com tumores do SNC não melhorou.

 

Fonte: A.C Camargo