Estudo que gera o 1° consenso de diretrizes sobre câncer anal tem a coautoria de especialistas do A.C.Camargo
Dra. Rachel Riechelmann e Dr. Samuel Aguiar Junior contribuem com novidades sobre tratamento, prevenção, triagem e muito mais para toda a classe oncológica
Com o intuito de oferecer mais recursos em evidências científicas e compartilhar conhecimento em prol da vida, os nossos médicos oncologistas, Dra. Rachel Riechelmann, head do departamento oncologia clínica e vice-líder do Centro de Referência de Tumores Colorretais e o Dr. Samuel Aguiar Junior, líder do mesmo Centro de Referência, se uniram a um grupo de pesquisadores para desenvolver o 1º consenso de diretrizes sobre câncer anal, viabilizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Cirúrgica (SBCO).
O ponto de estopim para o início do estudo é de que, apesar de ser uma doença relativamente incomum e com baixo potencial metastático somente 15% ela tem se multiplicado nas últimas décadas e criado um alerta para sistemas de saúde do mundo inteiro.
Após analisarem 121 estudos e se balizarem em 30 tópicos importantes sobre a doença, o trabalho publicado no Journal of Surgical Oncology em abril deste ano, intitulado Guidelines for the management of anal canal cancer, apresenta, através de informações o mais claras e objetivas possíveis, novidades dedicadas para recomendações de rastreamento, prevenção e exames, estratégias de tratamento, avaliação de resposta após quimiorradioterapia, aspectos e recomendações de acompanhamento na técnica cirúrgica, entre outras.
Nova triagem e grupos de risco
Entre os destaques, a recomendação para a detecção precoce do câncer de ânus é de que os exames preventivos comecem já aos 35 anos, mesmo não havendo sintomas aparentes, já que estudos epidemiológicos mostraram que esta é uma idade na qual as chances desse tipo de câncer se desenvolver aumentam.
Afunilando esta parcela populacional para os grupos de risco, o rastreamento da doença é recomendado para pessoas imunossuprimidas, incluindo aquelas que passaram por transplante de órgãos sólidos e de medula óssea, as que vivem com HIV, mulheres com histórico de câncer de vulva e homens que tem relações sexuais com outros homens.
Vacinação como estratégia de prevenção
Um dos grandes vilões do câncer de ânus é a infecção viral causada pelo papiloma vírus humano, o HPV e também pelo vírus de imunodeficiência humana, HIV, este mais relacionado a imunossupressão causada no organismo. Além disso, também é possível citar o histórico de doenças sexualmente transmissíveis, entre outras questões.
Por isso, uma das grandes recomendações da equipe de cirurgiões, oncologistas e radioteraoeutas que realizou o estudo é também a vacinação contra HPV, que pode ser encontrada na rede do SUS (Sistema Único de Saúde) para pessoas entre 9 e 14 anos e também para todo o grupo de risco citado anteriormente.
Tratamento do câncer anal
Falando sobre tratamento, o estudo aponta que o principal a ser abordado neste tipo de câncer que, inclusive, é utilizado em experiências realizadas no próprio A.C.Camargo Cancer Center, é a combinação de quimioterapia e radioterapia com a moderna técnica IMRT (Intensidade Modulada de Radiação). “Esta técnica chega a curar mais de 90% dos pacientes tratados”, frisa a Dra. Rachel Riechelmann.
As diretrizes, pela primeira vez, também apontam recomendações de reabilitação pós-tratamento de quimio-radioterapia, como por exemplo, o tratamento preventivo de estenose (estreitamento) vaginal que pode acontecer com mulheres que ficam curadas.
Em sequência aos estudos, a Dra. Riechelmann têm liderado testes – com participação do Dr. Samuel – dentro da instituição com probióticos pelo objetivo de reduzir efeitos adversos do tratamento.
Fonte: A.C Camargo
Dra. Rachel Riechelmann e Dr. Samuel Aguiar Junior contribuem com novidades sobre tratamento, prevenção, triagem e muito mais para toda a classe oncológica
Com o intuito de oferecer mais recursos em evidências científicas e compartilhar conhecimento em prol da vida, os nossos médicos oncologistas, Dra. Rachel Riechelmann, head do departamento oncologia clínica e vice-líder do Centro de Referência de Tumores Colorretais e o Dr. Samuel Aguiar Junior, líder do mesmo Centro de Referência, se uniram a um grupo de pesquisadores para desenvolver o 1º consenso de diretrizes sobre câncer anal, viabilizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Cirúrgica (SBCO).
O ponto de estopim para o início do estudo é de que, apesar de ser uma doença relativamente incomum e com baixo potencial metastático somente 15% ela tem se multiplicado nas últimas décadas e criado um alerta para sistemas de saúde do mundo inteiro.
Após analisarem 121 estudos e se balizarem em 30 tópicos importantes sobre a doença, o trabalho publicado no Journal of Surgical Oncology em abril deste ano, intitulado Guidelines for the management of anal canal cancer, apresenta, através de informações o mais claras e objetivas possíveis, novidades dedicadas para recomendações de rastreamento, prevenção e exames, estratégias de tratamento, avaliação de resposta após quimiorradioterapia, aspectos e recomendações de acompanhamento na técnica cirúrgica, entre outras.
Nova triagem e grupos de risco
Entre os destaques, a recomendação para a detecção precoce do câncer de ânus é de que os exames preventivos comecem já aos 35 anos, mesmo não havendo sintomas aparentes, já que estudos epidemiológicos mostraram que esta é uma idade na qual as chances desse tipo de câncer se desenvolver aumentam.
Afunilando esta parcela populacional para os grupos de risco, o rastreamento da doença é recomendado para pessoas imunossuprimidas, incluindo aquelas que passaram por transplante de órgãos sólidos e de medula óssea, as que vivem com HIV, mulheres com histórico de câncer de vulva e homens que tem relações sexuais com outros homens.
Vacinação como estratégia de prevenção
Um dos grandes vilões do câncer de ânus é a infecção viral causada pelo papiloma vírus humano, o HPV e também pelo vírus de imunodeficiência humana, HIV, este mais relacionado a imunossupressão causada no organismo. Além disso, também é possível citar o histórico de doenças sexualmente transmissíveis, entre outras questões.
Por isso, uma das grandes recomendações da equipe de cirurgiões, oncologistas e radioteraoeutas que realizou o estudo é também a vacinação contra HPV, que pode ser encontrada na rede do SUS (Sistema Único de Saúde) para pessoas entre 9 e 14 anos e também para todo o grupo de risco citado anteriormente.
Tratamento do câncer anal
Falando sobre tratamento, o estudo aponta que o principal a ser abordado neste tipo de câncer que, inclusive, é utilizado em experiências realizadas no próprio A.C.Camargo Cancer Center, é a combinação de quimioterapia e radioterapia com a moderna técnica IMRT (Intensidade Modulada de Radiação). “Esta técnica chega a curar mais de 90% dos pacientes tratados”, frisa a Dra. Rachel Riechelmann.
As diretrizes, pela primeira vez, também apontam recomendações de reabilitação pós-tratamento de quimio-radioterapia, como por exemplo, o tratamento preventivo de estenose (estreitamento) vaginal que pode acontecer com mulheres que ficam curadas.
Em sequência aos estudos, a Dra. Riechelmann têm liderado testes – com participação do Dr. Samuel – dentro da instituição com probióticos pelo objetivo de reduzir efeitos adversos do tratamento.
Fonte: A.C Camargo