Falta de remédios para o câncer deixa pacientes sem tratamento

Falta de remédios para o câncer deixa pacientes sem tratamento

Os pacientes com câncer não estão conseguindo fazer o tratamento porque os remédios da quimioterapia estão em falta na rede pública. A reportagem do Bom Dia Brasil encontrou esse problema no Tocantins e no interior de São Paulo.

Quando a aposentada Maria de Lourdes Quirino recebeu o diagnóstico de câncer de mama no meio do ano passado, logo começou o tratamento. Mas cinco meses depois, já teve que parar. Está faltando remédio para quimioterapia na rede pública de Sorocaba (SP).

“Já faz dois meses, né filho? A gente não pode esperar, né? A gente quer para ontem isso aí”, disse a aposentada.

Desde dezembro ela tem ligado dia sim, dia não para o hospital. E sempre ouve a mesma resposta.

“Então, é para chegar amanhã, só que a gente precisa que…, você não pode ligar amanhã, por gentileza? Umas 11 horas da manhã, porque eles ficaram de entregar amanhã”, disse a atendente ao celular.

A falta de medicamento para sessões de quimioterapia afeta pacientes de 48 cidades da região de Sorocaba que dependem exclusivamente do hospital, o único que oferece esse tipo de tratamento pelo Sistema Único de Saúde. Funcionários do hospital confirmaram que o remédio acabou tem pelo menos duas semanas.

O medicamento em falta é a adriamicina. Esse remédio é usado para matar as células cancerosas e impedir que a doença avance para outras partes do corpo. Por isso, o tratamento não pode ser interrompido.

“Como qualquer outro tratamento de câncer, é importante a regularidade, a frequência, a dose correta, se foi indicado pelo médico, que seja feito da melhor forma para ter a melhor resposta”, disse a oncologista Alice Francisco.

A doméstica Marlene Luzia Chambó já fez a cirurgia para a retirada da mama, mas não conseguiu terminar o tratamento porque o remédio está em falta.

“Não tem para onde você ir procurar mais tratamento. Onde que eu vou procurar tratamento? É aqui, e aqui não tem o remédio. O que é que eu vou fazer?”, disse a doméstica.

Em Palmas, no Tocantins, dez pacientes com câncer também estão com o tratamento comprometido. Na quarta-feira (15) a técnica em enfermagem Coraci Araújo Ribeiro saiu mais uma vez do hospital sem o remédio que precisa tomar em casa por 14 dias. Há um ano ela trata de um câncer no colo do intestino que já avançou para o fígado.

“Interromper a medicação é muito difícil para a gente, a gente fica preocupada”, disse Coraci.

O Ministério Público e a Defensoria Pública do Tocantins pediram que a Justiça obrigue o governo do estado a fornecer os medicamentos aos pacientes do setor de oncologia do Hospital Geral Público de Palmas. Mas enquanto a decisão não sai, a situação só piora.

A Secretaria de Saúde do Tocantins disse que a empresa que venceu a licitação ainda não entregou o remédio e que já comunicou à Polícia Federal esse atraso.

A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que já comprou o remédio que estava em falta e que já cobrou urgência da fornecedora.

Fonte: Bom Dia Brasil

Os pacientes com câncer não estão conseguindo fazer o tratamento porque os remédios da quimioterapia estão em falta na rede pública. A reportagem do Bom Dia Brasil encontrou esse problema no Tocantins e no interior de São Paulo.

Quando a aposentada Maria de Lourdes Quirino recebeu o diagnóstico de câncer de mama no meio do ano passado, logo começou o tratamento. Mas cinco meses depois, já teve que parar. Está faltando remédio para quimioterapia na rede pública de Sorocaba (SP).

“Já faz dois meses, né filho? A gente não pode esperar, né? A gente quer para ontem isso aí”, disse a aposentada.

Desde dezembro ela tem ligado dia sim, dia não para o hospital. E sempre ouve a mesma resposta.

“Então, é para chegar amanhã, só que a gente precisa que…, você não pode ligar amanhã, por gentileza? Umas 11 horas da manhã, porque eles ficaram de entregar amanhã”, disse a atendente ao celular.

A falta de medicamento para sessões de quimioterapia afeta pacientes de 48 cidades da região de Sorocaba que dependem exclusivamente do hospital, o único que oferece esse tipo de tratamento pelo Sistema Único de Saúde. Funcionários do hospital confirmaram que o remédio acabou tem pelo menos duas semanas.

O medicamento em falta é a adriamicina. Esse remédio é usado para matar as células cancerosas e impedir que a doença avance para outras partes do corpo. Por isso, o tratamento não pode ser interrompido.

“Como qualquer outro tratamento de câncer, é importante a regularidade, a frequência, a dose correta, se foi indicado pelo médico, que seja feito da melhor forma para ter a melhor resposta”, disse a oncologista Alice Francisco.

A doméstica Marlene Luzia Chambó já fez a cirurgia para a retirada da mama, mas não conseguiu terminar o tratamento porque o remédio está em falta.

“Não tem para onde você ir procurar mais tratamento. Onde que eu vou procurar tratamento? É aqui, e aqui não tem o remédio. O que é que eu vou fazer?”, disse a doméstica.

Em Palmas, no Tocantins, dez pacientes com câncer também estão com o tratamento comprometido. Na quarta-feira (15) a técnica em enfermagem Coraci Araújo Ribeiro saiu mais uma vez do hospital sem o remédio que precisa tomar em casa por 14 dias. Há um ano ela trata de um câncer no colo do intestino que já avançou para o fígado.

“Interromper a medicação é muito difícil para a gente, a gente fica preocupada”, disse Coraci.

O Ministério Público e a Defensoria Pública do Tocantins pediram que a Justiça obrigue o governo do estado a fornecer os medicamentos aos pacientes do setor de oncologia do Hospital Geral Público de Palmas. Mas enquanto a decisão não sai, a situação só piora.

A Secretaria de Saúde do Tocantins disse que a empresa que venceu a licitação ainda não entregou o remédio e que já comunicou à Polícia Federal esse atraso.

A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que já comprou o remédio que estava em falta e que já cobrou urgência da fornecedora.

Fonte: Bom Dia Brasil